MAÇONARIA
ORIGENS INICIÁTICAS
12.6
OS FRANCO-MAÇONS
O COMPANHEIRO
6ª PARTE
O aprendiz com seu malho e seu cinzel, teve tempo de dar à pedra bruta de sua personalidade, uma forma bastante vizinha daquela que ele deve ter, mas sabe agora quanto esta pedra está longe do que ela deve ser.
Para que a pedra cúbica venha a ser admitida nos alicerces do Templo, é preciso ao obreiro, muitos trabalhos e conhecimentos que ele não possui ainda e não os obterá senão depois das experiências necessárias, quando então lhe será conferido o grau de companheiro.
Durante o seu estado de aprendiz, o maçom deve pensar e instruir-se, mostrar se compreenderá o simbolismo, que como já vimos, tem muito poucos segredos iniciáticos a ensinar.
No decurso da primeira viagem, com o malho e o cinzel que são os emblemas do grau que ele solicitou para passar e que lhe têm servido até o presente. Estes instrumentos de seu grau servem para fazer compreender a que ponto está à obra que ele executou, mesmo com toda a boa vontade possível, é insuficiente em presença de tudo o que fica ainda a fazer.
Como em todas as iniciações, o primeiro ponto a encarar é o conhecimento de si mesmo.
A natureza é o melhor livro em que o adepto pode tirar os mais úteis dados.
A segunda viagem é com o uso da régua (retidão) o caminho a ser seguido, e o compasso (a medida certa) da circunspecção. Passa conhecer as quatro principais ordens da arquitetura: a dórica, a jônica, a coríntia e a toscana. As outras ordens são compósitas e misturam todos os bens da Natureza aos planos estritos traçados pela vontade do homem.
A terceira viagem, com a régua e a alavanca (capaz de mover o mundo). Aprende sobre as sete artes liberais: gramática, retórica, lógica, aritmética, geometria, astronomia e música.
O simbolismo deste ensinamento é que o homem que desejar ser um iniciado, não deve confiar demasiadamente em suas próprias forças para atingir a iluminação divina.
No decurso da quarta viagem, o postulante aprende a servir-se do esquadro (o ângulo reto), aprende, assim, a submeter todas as suas ações à razão, à lei moral que representa a medida. O esquadro é o meio de estabelecer figuras geométricas de uma perfeita harmonia e de uma retidão completa. Tal deve ser a vida do adepto.
Em um cartaz estão escritos os quatro nomes dos Sábios gregos: Sólon, Sócrates, Licurgo e Pitágoras.
Sólon, que 600 anos A.C, foi o legislador de Atenas. Sua fórmula: Em tudo, é preciso considerar o fim, indicando, assim, que não é preciso ceder a estes lances inconsiderados sem se observar se eles merecem atenção.
Sócrates, 400 A.C, ensinou em Atenas a fé em um Deus único. Bebendo cicuta, morreu calmamente, testemunhando assim a sua inquebrantável confiança na imortalidade da alma. Seu ensinamento foi todo moral; tinha por divisa o adágio, da fachada do templo de Delfos: Conhece-te a ti mesmo.
Licurgo, no nono século A.C, foi o legislador de Esparta, estabeleceu uma igualdade perfeita entre os cidadãos.
Pitágoras, colocado por último e merece ser considerado como um dos limites do pensamento humano. Para ele, tudo é submetido à regra, ao número, manifestação da lei divina.
Os ensinamentos do Sábio de Samos afirmam antes de qualquer discussão: a alma que está purificada no decorrer de suas existências, não tem outro fim senão Deus; sua recompensa é a imortalidade.
A quinta viagem deve permitir ao adepto perceber a luz diretamente. O caminho a ser seguido, a estrela flamejante.
“A estrela flamejante é o emblema do gênio que eleva às grandes coisas. É a imagem do homem evolucionado”.
O iniciado desenvolveu forças; tirando do reservatório eterno que está aberto a todos aqueles que sabem achar o caminho. Ele participa de outra luz; acha-se, pelo fato de sua iniciação, em comunhão íntima com as luzes superiores, ele a irradia sobre aqueles que o rodeiam, atrai para a sua luz todos aqueles que a procuram e que sofrem, como a luz noturna, serve de guia aos viajantes cheios de fadiga e de medo.
O companheiro sabe que a mão direita sobre o coração é um sinal de amor fraternal, e segue os impulsos do coração, porque o seu coração compreendeu a necessidade de se submeter à lei que rege os irmãos, e não quer senão testemunhar uma ardente fraternidade, e que a sua mão esquerda elevada descreve um esquadro, sua pessoa moral, como se buscasse captar as forças cósmicas.
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terça-feira, 16 de fevereiro de 2010
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010
MAÇONARIA - ORIGENS INICIÁTICAS - 12.5 - OS FRANCO-MAÇONS - O APRENDIZ - 5ª PARTE
MAÇONARIA
ORIGENS INICIÁTICAS
12.5
OS FRANCO-MAÇONS
O APRENDIZ
5ª PARTE
Vejamos, rapidamente, em que consistem as experiências maçônicas, antes de tudo, tratemos das experiências do grau de aprendiz.
O profano que se apresenta na Franco-Maçonaria é introduzido em um lugar retirado em que deve despojar-se de todos os objetos de metal que traga.
Esta cerimônia tem por fim advertir que ele deve ser desprendido de todas as coisas que têm um brilho enganador, porque estes vãos atributos, não constituem o fim que o adepto deve atingir.
Em seguida é introduzido numa sala isolada, chamada Câmara de Reflexão, o fim desta curta reclusão é levar o novo adepto a cuidar daquilo que ele quer fazer, não considerando a Franco-Maçonaria como uma espécie de limite.
O adepto deve morrer para o mundo, separar-se – ao menos na parte de sua vida que consagra a estes estudos – das preocupações cotidianas, uma vez na Loja, deve morrer para estas preocupações mundanas e mercantis.
O postulante deve, então, fazer o seu testamento, que não é a disposição de seus bens depois de sua morte, mas um testamento filosófico, no qual ele renuncia a sua vida passada e adota um novo projeto de vida futura.
O postulante deve imitar o grau de trigo que já tivemos ocasião de encontrar nos Mistérios de Eleusis; vai ser privado de uma parte de suas vestimentas, tendo este simbolismo a sua razão de ser.
Nos Mistérios, os hierofantes deviam explicar aos iniciados o mito do grão que se fende, brota e renasce à superfície do solo para recomeçar um novo ciclo, com tanto ardor que cada primavera parece surpreender a terra pelo brotar espontâneo de tantos germes, mortos em aparência e, entretanto, vivos.
O recipiendário, introduzido no Templo, com os olhos vendados. Não é ainda adepto, nem mesmo um um aprendiz; nada sabe; ainda não vê; não lhe é permitido senão sentir, então, passa pela experiência do gládio.
A primeira viagem é a do Ar, reminiscência das iniciações egípcias; o vento afasta as impurezas do trigo e de outros grãos quando eles são colocados em lugar de sopro de ar; assim o homem, transportado pelo sopro do espírito, é purificado de suas impurezas.
É durante a segunda viagem que se realiza a purificação pela Água. Nenhuma purificação foi mais usada nas iniciações antigas. Vimo-la no Egito. Encontramo-la na Judéia com o batismo de João, que a retomou na Igreja cristã. Vimos, também, que uma imersão total precedia à iniciação dos Mistérios de Eleusis. De qualquer maneira, esta purificação do corpo é a imagem da purificação da alma, primeiro resultado da iniciação.
A terceira viagem é a que comporta a experiência do Fogo. Nenhuma experiência é mais qualificada para notar as tradições do Egito. Vimos que no interior da Pirâmide, o adepto devia fazer seu caminho no meio dos braseiros. O cerimonial maçônico simplificou esta experiência. O iniciado deixa-se penetrar pelo calor que se desprende sem queimar.
Vitorioso entre as chamas, o postulante é submetido a uma nova experiência: a do Cálice de amargura. Apresenta-se ao postulante uma bebida doce que se torna em amargor.
Se cumprir verdadeiramente a filosofia iniciática, a adversidade passageira deste mundo não poderá abatê-lo; a ingratidão e a maldade dos homens não devem surpreendê-lo.
Colocado diante do altar, candidato promete aplicar as suas forças e toda a sua inteligência à pesquisa da verdade, consagrar-se inteiramente ao triunfo sublime da justiça.
A luz lhe é concedida.
O Venerável Mestre o investe no grau de aprendiz, e o proclama membro ativo da Loja. O aprendiz recebe os pares de luvas brancas que simbolizam pureza.
O trabalho dos aprendizes, que é o aperfeiçoamento de sua personalidade, é assim descrito pelo ritual: “Eles trabalham em desbastar a pedra bruta, a fim de que a despoje de suas asperezas e a aproxime de uma forma em relação com o seu destino”.
A pedra bruta, como vimos, é o homem tal como o te feito a natureza e a sociedade; é ainda completamente penetrado de matéria e seu julgamento adormecido é falsificado pela anteposição dos interesses materiais e pelas paixões.
Dois utensílios lhe são para isso: o malho e o cinzel.
O cinzel é o julgamento, mas o julgamento é sem ação, do mesmo modo que é sem força, se o malho não lhe presta o seu rude apoio.
Este malho representa a vontade quando é bem dirigida. Um não pode passar sem o outro e o seu desenvolvimento criou já um feliz equilíbrio na personalidade do aprendiz.
Se o malho existisse só, seria uma força cega que, batendo sobre a pedra, a quebraria em mil pedaços, em lugar de lapidá-la.
A vontade é uma força admirável, mas também, se ela não for conduzida por um juízo esclarecido, será má, tanto para aquele que a possui, como para aqueles que sofrem os seus efeitos.
Tais são os ensinamentos do grau de aprendiz. Tal é o simbolismo de suas experiências e de seus ritos. Seu fim parece-nos claramente: leva o homem ao conhecimento próprio, a aperfeiçoar-se, porém, não chegará a esse fim senão com os utensílios confiados ao companheiro.
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ORIGENS INICIÁTICAS
12.5
OS FRANCO-MAÇONS
O APRENDIZ
5ª PARTE
Vejamos, rapidamente, em que consistem as experiências maçônicas, antes de tudo, tratemos das experiências do grau de aprendiz.
O profano que se apresenta na Franco-Maçonaria é introduzido em um lugar retirado em que deve despojar-se de todos os objetos de metal que traga.
Esta cerimônia tem por fim advertir que ele deve ser desprendido de todas as coisas que têm um brilho enganador, porque estes vãos atributos, não constituem o fim que o adepto deve atingir.
Em seguida é introduzido numa sala isolada, chamada Câmara de Reflexão, o fim desta curta reclusão é levar o novo adepto a cuidar daquilo que ele quer fazer, não considerando a Franco-Maçonaria como uma espécie de limite.
O adepto deve morrer para o mundo, separar-se – ao menos na parte de sua vida que consagra a estes estudos – das preocupações cotidianas, uma vez na Loja, deve morrer para estas preocupações mundanas e mercantis.
O postulante deve, então, fazer o seu testamento, que não é a disposição de seus bens depois de sua morte, mas um testamento filosófico, no qual ele renuncia a sua vida passada e adota um novo projeto de vida futura.
O postulante deve imitar o grau de trigo que já tivemos ocasião de encontrar nos Mistérios de Eleusis; vai ser privado de uma parte de suas vestimentas, tendo este simbolismo a sua razão de ser.
Nos Mistérios, os hierofantes deviam explicar aos iniciados o mito do grão que se fende, brota e renasce à superfície do solo para recomeçar um novo ciclo, com tanto ardor que cada primavera parece surpreender a terra pelo brotar espontâneo de tantos germes, mortos em aparência e, entretanto, vivos.
O recipiendário, introduzido no Templo, com os olhos vendados. Não é ainda adepto, nem mesmo um um aprendiz; nada sabe; ainda não vê; não lhe é permitido senão sentir, então, passa pela experiência do gládio.
A primeira viagem é a do Ar, reminiscência das iniciações egípcias; o vento afasta as impurezas do trigo e de outros grãos quando eles são colocados em lugar de sopro de ar; assim o homem, transportado pelo sopro do espírito, é purificado de suas impurezas.
É durante a segunda viagem que se realiza a purificação pela Água. Nenhuma purificação foi mais usada nas iniciações antigas. Vimo-la no Egito. Encontramo-la na Judéia com o batismo de João, que a retomou na Igreja cristã. Vimos, também, que uma imersão total precedia à iniciação dos Mistérios de Eleusis. De qualquer maneira, esta purificação do corpo é a imagem da purificação da alma, primeiro resultado da iniciação.
A terceira viagem é a que comporta a experiência do Fogo. Nenhuma experiência é mais qualificada para notar as tradições do Egito. Vimos que no interior da Pirâmide, o adepto devia fazer seu caminho no meio dos braseiros. O cerimonial maçônico simplificou esta experiência. O iniciado deixa-se penetrar pelo calor que se desprende sem queimar.
Vitorioso entre as chamas, o postulante é submetido a uma nova experiência: a do Cálice de amargura. Apresenta-se ao postulante uma bebida doce que se torna em amargor.
Se cumprir verdadeiramente a filosofia iniciática, a adversidade passageira deste mundo não poderá abatê-lo; a ingratidão e a maldade dos homens não devem surpreendê-lo.
Colocado diante do altar, candidato promete aplicar as suas forças e toda a sua inteligência à pesquisa da verdade, consagrar-se inteiramente ao triunfo sublime da justiça.
A luz lhe é concedida.
O Venerável Mestre o investe no grau de aprendiz, e o proclama membro ativo da Loja. O aprendiz recebe os pares de luvas brancas que simbolizam pureza.
O trabalho dos aprendizes, que é o aperfeiçoamento de sua personalidade, é assim descrito pelo ritual: “Eles trabalham em desbastar a pedra bruta, a fim de que a despoje de suas asperezas e a aproxime de uma forma em relação com o seu destino”.
A pedra bruta, como vimos, é o homem tal como o te feito a natureza e a sociedade; é ainda completamente penetrado de matéria e seu julgamento adormecido é falsificado pela anteposição dos interesses materiais e pelas paixões.
Dois utensílios lhe são para isso: o malho e o cinzel.
O cinzel é o julgamento, mas o julgamento é sem ação, do mesmo modo que é sem força, se o malho não lhe presta o seu rude apoio.
Este malho representa a vontade quando é bem dirigida. Um não pode passar sem o outro e o seu desenvolvimento criou já um feliz equilíbrio na personalidade do aprendiz.
Se o malho existisse só, seria uma força cega que, batendo sobre a pedra, a quebraria em mil pedaços, em lugar de lapidá-la.
A vontade é uma força admirável, mas também, se ela não for conduzida por um juízo esclarecido, será má, tanto para aquele que a possui, como para aqueles que sofrem os seus efeitos.
Tais são os ensinamentos do grau de aprendiz. Tal é o simbolismo de suas experiências e de seus ritos. Seu fim parece-nos claramente: leva o homem ao conhecimento próprio, a aperfeiçoar-se, porém, não chegará a esse fim senão com os utensílios confiados ao companheiro.
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sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
MAÇONARIA - ORIGENS INICIÁTICAS - 12.4 - OS FRANCO-MAÇONS - 4ª PARTE
MAÇONARIA
ORIGENS INICIÁTICAS
12.4
OS FRANCO-MAÇONS
4ª PARTE
O grau de companheiro, no esclarecimento primitivo, correspondia ao período da iluminação das iniciações antigas. Os dois utensílios que foram entregues ao aprendiz lhe são ainda úteis, mas ele necessita ainda de outros para dar à pedra uma forma perfeita.
O esquadro, a régua, o compasso e a alavanca correspondem a esta obra.
Quanto ao símbolo de iluminação que o adepto recebe neste momento, é a estrela de cinco pontas, a estrela flamejante.
Esta estrela, colocada de tal forma que uma só ponta esteja para o alto, representa o homem aprumado, com a cabeça erguida para o céu. É a imagem do iniciado que tira das esferas superiores, esta verdadeira luz que esclarece todo homem vindo a este mundo, mas aqueles que ainda estão nas trevas, não a compreenderam. Esta iluminação preparada por uma ascese apropriada dá ao homem, faculdades especiais, novos sentidos que o põem em contato com vibrações mais sutis do que aquelas às quais tinha o hábito de fazer apelo.
Infelizmente para a maçonaria atual, esta ascese não existe mais entre eles, e os maçons cessaram de desenvolver em si mesmos o sentido intuitivo.
No terceiro grau, o de mestre, o maçom que recebeu a iluminação aprende a servir-se de seus poderes e de suas faculdades no meio da coletividade.
O fim primitivo da Franco-Maçonaria foi libertar o espírito de toda tirania; o que hoje não se faz.
Por isso, a maçonaria entrou em decadência; desde o momento em que cessou de representar a liberdade, do momento em que esta mesma razão desapareceu, cessou de ser espiritualista.
Apesar de tudo, o mestre se viu diante do maior problema que pode inquietar o cérebro de um homem: - Para onde vamos nós depois da morte? – É neste momento que o iniciado entra na posse da verdade relativa às reencarnações; porém, tudo isso se perdeu.
Examinaremos, em breves detalhes, quais são atualmente as experiências maçônicas. Indicando o fim destas cerimônias, veremos que estes gestos singulares, que hoje fazem sorrir, tiveram outrora a sua razão de ser e que bastaria explicá-las para que se encontrasse mesmo certa beleza.
Antes de abrir o ritual maçônico, estudemos a lugar onde se dá a iniciação: é a Loja.
Esta Loja, no pensamento daqueles que estabeleceram as características, é propriamente um símbolo; é a imagem do Universo; seu teto, uma abóbada azulada e constelada de estrelas, é a imagem do firmamento todo bordado de astros.
Outrora, os iniciados conheciam o sentido destes astros e o que eles podiam dizer àquele que obteve a ciência; mas, repetimos mais uma vez, com raras exceções, esta tradição não existe mais.
O solo é lajeado coberto por grandes losangos brancos e negros, indicando para os iniciados nos altos graus, a harmonia que nasce do equilíbrio dos contrários; para os adeptos de ordem inferior, este mosaico simboliza todas as raças, todas as doutrinas, todas as opiniões misturadas e unidas; é a imagem da fraternidade que deve reinar entre todos os homens.
O verdadeiro maçom – e isto deveria fazer refletir aquele que prega a opressão, daqueles que não partilham de seu conselho – o verdadeiro maçom deve assistir e esclarecer indiferentemente todos os homens, de qualquer raça, país ou religião a que pertençam.
No Oriente há um estrado de três degraus, onde se encontra a poltrona do Venerável Mestre. Os três degraus dizem que ele deve ultrapassar os seus discípulos sobre os três domínios: físico, sentimental e intelectual; que está colocado acima deles como um exemplo antes que como mestre.
Deve-lhes o ensino, a luz do espírito; eis porque seu lugar apresenta como vindo do Oriente, onde o dia nasce, porque é ele que esclarece os espíritos.
A terra é como a pedra bruta, símbolo do homem antes de sua iniciação.
A pedra tomará a forma geométrica à medida da iniciação do maçom.
A poltrona do Venerável está sob um dossel. De um lado deste dossel, vê-se o sol, imagem da luz direta, que se espalha sobre o mundo, conduzindo a vida e calor.
Tal deve ser o iniciado.
Quando ele está de posse da luz, da verdade, dos poderes que q iniciação nele desenvolveu, deve fazê-los irradiar sobre o mundo, de tal maneira que todos tirem proveito e vantagem, porque ninguém recebeu o bem da iniciação senão para beneficiar aqueles que são menos favorecidos.
De outro lado do dossel vê-se a lua, princípio passivo que melhor exprime a situação dos discípulos: a lua recebe a claridade do sol e ela a refletiu na noite. Do mesmo modo, o adepto que recebeu a palavra de seus superiores, deve, na medida de suas forças, irradiá-la sobre aqueles que ainda estão nas trevas. O aprendiz, o companheiro, o próprio mestre, devem receber a doutrina que lhes é dada, com a alegre passividade com que a luz recebe os raios gloriosos do sol, porque a razão torna-se assim seu patrimônio e a herança de todos. De todos os lados, vêem-se diversos instrumentos de trabalho, aqueles que já tivemos ocasião de mencionar e o nível que é o emblema da igualdade social, sempre difícil de atingir, porém, que floresceu nos grupos iniciáticos em que se deve ignorar toda a preocupação mercantil para não trabalhar senão pela evolução.
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ORIGENS INICIÁTICAS
12.4
OS FRANCO-MAÇONS
4ª PARTE
O grau de companheiro, no esclarecimento primitivo, correspondia ao período da iluminação das iniciações antigas. Os dois utensílios que foram entregues ao aprendiz lhe são ainda úteis, mas ele necessita ainda de outros para dar à pedra uma forma perfeita.
O esquadro, a régua, o compasso e a alavanca correspondem a esta obra.
Quanto ao símbolo de iluminação que o adepto recebe neste momento, é a estrela de cinco pontas, a estrela flamejante.
Esta estrela, colocada de tal forma que uma só ponta esteja para o alto, representa o homem aprumado, com a cabeça erguida para o céu. É a imagem do iniciado que tira das esferas superiores, esta verdadeira luz que esclarece todo homem vindo a este mundo, mas aqueles que ainda estão nas trevas, não a compreenderam. Esta iluminação preparada por uma ascese apropriada dá ao homem, faculdades especiais, novos sentidos que o põem em contato com vibrações mais sutis do que aquelas às quais tinha o hábito de fazer apelo.
Infelizmente para a maçonaria atual, esta ascese não existe mais entre eles, e os maçons cessaram de desenvolver em si mesmos o sentido intuitivo.
No terceiro grau, o de mestre, o maçom que recebeu a iluminação aprende a servir-se de seus poderes e de suas faculdades no meio da coletividade.
O fim primitivo da Franco-Maçonaria foi libertar o espírito de toda tirania; o que hoje não se faz.
Por isso, a maçonaria entrou em decadência; desde o momento em que cessou de representar a liberdade, do momento em que esta mesma razão desapareceu, cessou de ser espiritualista.
Apesar de tudo, o mestre se viu diante do maior problema que pode inquietar o cérebro de um homem: - Para onde vamos nós depois da morte? – É neste momento que o iniciado entra na posse da verdade relativa às reencarnações; porém, tudo isso se perdeu.
Examinaremos, em breves detalhes, quais são atualmente as experiências maçônicas. Indicando o fim destas cerimônias, veremos que estes gestos singulares, que hoje fazem sorrir, tiveram outrora a sua razão de ser e que bastaria explicá-las para que se encontrasse mesmo certa beleza.
Antes de abrir o ritual maçônico, estudemos a lugar onde se dá a iniciação: é a Loja.
Esta Loja, no pensamento daqueles que estabeleceram as características, é propriamente um símbolo; é a imagem do Universo; seu teto, uma abóbada azulada e constelada de estrelas, é a imagem do firmamento todo bordado de astros.
Outrora, os iniciados conheciam o sentido destes astros e o que eles podiam dizer àquele que obteve a ciência; mas, repetimos mais uma vez, com raras exceções, esta tradição não existe mais.
O solo é lajeado coberto por grandes losangos brancos e negros, indicando para os iniciados nos altos graus, a harmonia que nasce do equilíbrio dos contrários; para os adeptos de ordem inferior, este mosaico simboliza todas as raças, todas as doutrinas, todas as opiniões misturadas e unidas; é a imagem da fraternidade que deve reinar entre todos os homens.
O verdadeiro maçom – e isto deveria fazer refletir aquele que prega a opressão, daqueles que não partilham de seu conselho – o verdadeiro maçom deve assistir e esclarecer indiferentemente todos os homens, de qualquer raça, país ou religião a que pertençam.
No Oriente há um estrado de três degraus, onde se encontra a poltrona do Venerável Mestre. Os três degraus dizem que ele deve ultrapassar os seus discípulos sobre os três domínios: físico, sentimental e intelectual; que está colocado acima deles como um exemplo antes que como mestre.
Deve-lhes o ensino, a luz do espírito; eis porque seu lugar apresenta como vindo do Oriente, onde o dia nasce, porque é ele que esclarece os espíritos.
A terra é como a pedra bruta, símbolo do homem antes de sua iniciação.
A pedra tomará a forma geométrica à medida da iniciação do maçom.
A poltrona do Venerável está sob um dossel. De um lado deste dossel, vê-se o sol, imagem da luz direta, que se espalha sobre o mundo, conduzindo a vida e calor.
Tal deve ser o iniciado.
Quando ele está de posse da luz, da verdade, dos poderes que q iniciação nele desenvolveu, deve fazê-los irradiar sobre o mundo, de tal maneira que todos tirem proveito e vantagem, porque ninguém recebeu o bem da iniciação senão para beneficiar aqueles que são menos favorecidos.
De outro lado do dossel vê-se a lua, princípio passivo que melhor exprime a situação dos discípulos: a lua recebe a claridade do sol e ela a refletiu na noite. Do mesmo modo, o adepto que recebeu a palavra de seus superiores, deve, na medida de suas forças, irradiá-la sobre aqueles que ainda estão nas trevas. O aprendiz, o companheiro, o próprio mestre, devem receber a doutrina que lhes é dada, com a alegre passividade com que a luz recebe os raios gloriosos do sol, porque a razão torna-se assim seu patrimônio e a herança de todos. De todos os lados, vêem-se diversos instrumentos de trabalho, aqueles que já tivemos ocasião de mencionar e o nível que é o emblema da igualdade social, sempre difícil de atingir, porém, que floresceu nos grupos iniciáticos em que se deve ignorar toda a preocupação mercantil para não trabalhar senão pela evolução.
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terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
MAÇONARIA - ORIGENS INICIÁTICAS - 12.3 - OS FRANCO-MAÇONS - 3ª PARTE
MAÇONARIA
ORIGENS INICIÁTICAS
12.3
OS FRANCO-MAÇONS
3ª PARTE
Antes de 1730, a Franco-Maçonaria não comportava senão dois graus. No século XVII, parece que as lojas inglesas não tinham tido outro fim senão recrudescer em qualquer condição que fosse.
Em seguida, produziram-se numerosas modificações na doutrina e os ritos foram complicados em extremo.
Introduziu-se uma enorme quantidade de experiências que não se assemelhavam em nada àquelas das iniciações passadas e que não justificam nenhum esoterismo.
Ao princípio, não havia senão três graus na Franco-Maçonaria: Aprendiz, Companheiro e Mestre, que encontramos em todas as formas de maçonaria; mas, em muitos ritos, estes graus serviram de ponto de partida de muitos outros.
É assim que o Rito Escocês antigo aceitou 33 graus iniciáticos.
Os três primeiros graus – Aprendiz, Companheiro e Mestre – correspondem, sobretudo às experiências que procedem na verdadeira tradição sagrada.
Se nos colocarmos sob o ponto de vista dos grandes iniciados, o maçom vem a ser mestre quando está prestes a receber o ensinamento, mas não o tendo ainda recebido.
Além deste grau, começa, ou melhor, deveria começar a verdadeira iniciação.
Em algumas lojas, nos séculos passados, o iniciado que havia ultrapassado estes graus, recebia ensinamentos tocando certos lados das ciências psíquicas.
Que resta de tudo isso? Muito pouca coisa.
Nos ritos, cujos graus se elevam a mais de três, estes três primeiros graus se combinam facilmente.
É mais estrito e mais difícil no que concerne aos graus superiores, porque a verdadeira iniciação deveria começar com eles.
No Rito Escocês Antigo e Aceito, a iniciação é repartida em 33 graus iniciáticos. Estes graus são divididos em cinco séries.
1ª – Graus Simbólicos
2ª – Graus de Perfeição
3ª – Graus Capitulares
4ª – Graus Filosóficos
5ª – Graus Administrativos ou Superiores
Os três primeiros graus – que são comuns a todas as iniciações – Aprendiz, Companheiro e Mestre, são graus simbólicos.
Guardaram alguma coisa das tradições passadas. O aprendiz é submetido a experiências e seus estudos representarão para nós uma das palavras da Esfinge – Saber. O companheiro é submetido a experiências morais; sua iniciação corresponde à outra palavra – Querer; o mestre é submetido a experiências intelectuais: deve Ousar e todos os três têm o dever comum de Calar.
Dissemos que os três primeiros graus (aprendiz, companheiro e mestre), correspondendo às experiências antigas, não davam direito a um conhecimento profundo dos ensinamentos sagrados.
A princípio, estes ensinamentos deveriam começar pelo Mestre Secreto, mas constatamos com desgosto, na maçonaria moderna, que o Mestre não tem grande coisa a guardar e, de um grau a outro, quaisquer que sejam as preocupações dos membros da Ordem, pode-se dizer que, sob o ponto de vista iniciático, os elementos destes graus são totalmente ignorados por aqueles que o possuem.
Aflitos pela decadência da Franco-Maçonaria, alguns raros maçons, que conservavam a lembrança do antigo esplendor da Ordem, tentaram dar-lhe novamente o seu valor iniciático; seus esforços tenderam a renovar os elos da iniciação antiga.
Oswald Wirth diz: - “O ritual francês de três primeiros graus foi progressivamente transformado em um verdadeiro primor de esoterismo. Para quem sabe compreender, ensina a conquistar realmente a Luz. Nenhum dos detalhes do cerimonial que ele prevê é arbitrário; tudo alcança, sendo o conjunto logicamente coordenado e cada parte dando lugar a interpretações do mais alto interesse. Não se saberia dizer tanto do ritualismo dos graus ditos superiores, que traíssem freqüentemente, da parte de seus autores, uma ignorância deplorável em matéria de simbolismo. Por piores que eles fossem, estes graus não representavam nada menos do que uma utilidade prática...” (Livro do Aprendiz).
Segundo Ragon, de quem Oswald Wirth tirou esta idéia, os três primeiros graus encerram três enigmas que se relacionam aos da Esfinge grega.
A primeira questão apresentada ao Aprendiz é: de onde viemos?
A segunda é apresentada ao Companheiro: Que somos?
A terceira é apresentada ao Mestre: Para onde vamos?
O futuro iniciado, semelhante a Édipo, deve responder a estas três questões, à medida que elas lhe são apresentadas e ele sai a seu modo desta experiência, sendo verdadeiramente digno se decifrar convenientemente os enigmas que seguem a sua iniciação.
Porém, depois de muito tempo, como constata Oswald Wirth, os graus superiores não pesquisam mais ensinamentos que foram a sua razão de ser.
O ensinamento supremo perdeu-se.
Tudo se limita a pesquisas curiosas ou simplesmente oratórias, mas a alta iniciação, o grande pensamento dos renascimentos conduzindo à evolução suprema cessou, faz muito tempo, de fazer parte da iniciação maçônica.
Ela caiu do espiritualismo mais elevado ao mais deplorável materialismo.
Entretanto, alguns grandes espíritos esforçaram-se para reviver a tradição perdida, para entregar à Franco-Maçonaria todo o seu valor iniciático.
Eliphas Levi, Ragon, Estanislau de Guaita e Oswald Wirth conheceram esta tradição lentamente obliterada e se esforçaram por torná-la presente e sensível aos seus continuadores.
Depois de muitos anos, Oswald Wirth esforçou-se por levar uma luz pura sobre os mistérios complicados e inúteis da Franco-Maçonaria moderna; assim como ele mesmo diz, esforçava-se para “tornar a Franco-Maçonaria inteligível a seus adeptos”.
É ele que, demonstrando a beleza iniciática dos primeiros graus, elucida a maneira pela qual devem resolver os três enigmas que lhes são respectivamente apresentados.
Sendo o espaço limitado em um estudo coletivo da tradição iniciática no tempo e nas religiões, percorreremos rapidamente a senda que é traçada.
Como dissemos, os três estados correspondem, sobretudo às experiências iniciáticas que, no Egito, precediam a verdadeira iniciação.
O primeiro grau é um estado e purificação. O aprendiz é submetido às experiências antigas que separavam o profano de suas antigas relações; conhecia por sua vez os subterrâneos obscuros, as experiências da água, do ar e do fogo.
No ensino iniciático é preciso assegurar-se em primeiro lugar se as forças físicas do neófito são capazes de suportar certo esforço; se as qualidades morais são a experiência do medo e da tentação; se as suas faculdades intelectuais, depois de exercício necessário, podem suportar as idéias novas que precisará registrar.
É o estado da pedra informe, contendo todas as qualidades que lhe serão necessárias, contendo-as, porém, em potência.
É preciso desbastá-la de todo com o cinzel, que é o julgamento, o discernimento das qualidades boas ou más, a conservar ou a eliminar, e é o malho, símbolo da vontade bem dirigida, que levará o cinzel sobre os pontos em que a sua ação é necessária, de tal maneira que a pedra adquira sumariamente a forma que ele precisará aperfeiçoar para vir a ser digno do edifício a construir.
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ORIGENS INICIÁTICAS
12.3
OS FRANCO-MAÇONS
3ª PARTE
Antes de 1730, a Franco-Maçonaria não comportava senão dois graus. No século XVII, parece que as lojas inglesas não tinham tido outro fim senão recrudescer em qualquer condição que fosse.
Em seguida, produziram-se numerosas modificações na doutrina e os ritos foram complicados em extremo.
Introduziu-se uma enorme quantidade de experiências que não se assemelhavam em nada àquelas das iniciações passadas e que não justificam nenhum esoterismo.
Ao princípio, não havia senão três graus na Franco-Maçonaria: Aprendiz, Companheiro e Mestre, que encontramos em todas as formas de maçonaria; mas, em muitos ritos, estes graus serviram de ponto de partida de muitos outros.
É assim que o Rito Escocês antigo aceitou 33 graus iniciáticos.
Os três primeiros graus – Aprendiz, Companheiro e Mestre – correspondem, sobretudo às experiências que procedem na verdadeira tradição sagrada.
Se nos colocarmos sob o ponto de vista dos grandes iniciados, o maçom vem a ser mestre quando está prestes a receber o ensinamento, mas não o tendo ainda recebido.
Além deste grau, começa, ou melhor, deveria começar a verdadeira iniciação.
Em algumas lojas, nos séculos passados, o iniciado que havia ultrapassado estes graus, recebia ensinamentos tocando certos lados das ciências psíquicas.
Que resta de tudo isso? Muito pouca coisa.
Nos ritos, cujos graus se elevam a mais de três, estes três primeiros graus se combinam facilmente.
É mais estrito e mais difícil no que concerne aos graus superiores, porque a verdadeira iniciação deveria começar com eles.
No Rito Escocês Antigo e Aceito, a iniciação é repartida em 33 graus iniciáticos. Estes graus são divididos em cinco séries.
1ª – Graus Simbólicos
2ª – Graus de Perfeição
3ª – Graus Capitulares
4ª – Graus Filosóficos
5ª – Graus Administrativos ou Superiores
Os três primeiros graus – que são comuns a todas as iniciações – Aprendiz, Companheiro e Mestre, são graus simbólicos.
Guardaram alguma coisa das tradições passadas. O aprendiz é submetido a experiências e seus estudos representarão para nós uma das palavras da Esfinge – Saber. O companheiro é submetido a experiências morais; sua iniciação corresponde à outra palavra – Querer; o mestre é submetido a experiências intelectuais: deve Ousar e todos os três têm o dever comum de Calar.
Dissemos que os três primeiros graus (aprendiz, companheiro e mestre), correspondendo às experiências antigas, não davam direito a um conhecimento profundo dos ensinamentos sagrados.
A princípio, estes ensinamentos deveriam começar pelo Mestre Secreto, mas constatamos com desgosto, na maçonaria moderna, que o Mestre não tem grande coisa a guardar e, de um grau a outro, quaisquer que sejam as preocupações dos membros da Ordem, pode-se dizer que, sob o ponto de vista iniciático, os elementos destes graus são totalmente ignorados por aqueles que o possuem.
Aflitos pela decadência da Franco-Maçonaria, alguns raros maçons, que conservavam a lembrança do antigo esplendor da Ordem, tentaram dar-lhe novamente o seu valor iniciático; seus esforços tenderam a renovar os elos da iniciação antiga.
Oswald Wirth diz: - “O ritual francês de três primeiros graus foi progressivamente transformado em um verdadeiro primor de esoterismo. Para quem sabe compreender, ensina a conquistar realmente a Luz. Nenhum dos detalhes do cerimonial que ele prevê é arbitrário; tudo alcança, sendo o conjunto logicamente coordenado e cada parte dando lugar a interpretações do mais alto interesse. Não se saberia dizer tanto do ritualismo dos graus ditos superiores, que traíssem freqüentemente, da parte de seus autores, uma ignorância deplorável em matéria de simbolismo. Por piores que eles fossem, estes graus não representavam nada menos do que uma utilidade prática...” (Livro do Aprendiz).
Segundo Ragon, de quem Oswald Wirth tirou esta idéia, os três primeiros graus encerram três enigmas que se relacionam aos da Esfinge grega.
A primeira questão apresentada ao Aprendiz é: de onde viemos?
A segunda é apresentada ao Companheiro: Que somos?
A terceira é apresentada ao Mestre: Para onde vamos?
O futuro iniciado, semelhante a Édipo, deve responder a estas três questões, à medida que elas lhe são apresentadas e ele sai a seu modo desta experiência, sendo verdadeiramente digno se decifrar convenientemente os enigmas que seguem a sua iniciação.
Porém, depois de muito tempo, como constata Oswald Wirth, os graus superiores não pesquisam mais ensinamentos que foram a sua razão de ser.
O ensinamento supremo perdeu-se.
Tudo se limita a pesquisas curiosas ou simplesmente oratórias, mas a alta iniciação, o grande pensamento dos renascimentos conduzindo à evolução suprema cessou, faz muito tempo, de fazer parte da iniciação maçônica.
Ela caiu do espiritualismo mais elevado ao mais deplorável materialismo.
Entretanto, alguns grandes espíritos esforçaram-se para reviver a tradição perdida, para entregar à Franco-Maçonaria todo o seu valor iniciático.
Eliphas Levi, Ragon, Estanislau de Guaita e Oswald Wirth conheceram esta tradição lentamente obliterada e se esforçaram por torná-la presente e sensível aos seus continuadores.
Depois de muitos anos, Oswald Wirth esforçou-se por levar uma luz pura sobre os mistérios complicados e inúteis da Franco-Maçonaria moderna; assim como ele mesmo diz, esforçava-se para “tornar a Franco-Maçonaria inteligível a seus adeptos”.
É ele que, demonstrando a beleza iniciática dos primeiros graus, elucida a maneira pela qual devem resolver os três enigmas que lhes são respectivamente apresentados.
Sendo o espaço limitado em um estudo coletivo da tradição iniciática no tempo e nas religiões, percorreremos rapidamente a senda que é traçada.
Como dissemos, os três estados correspondem, sobretudo às experiências iniciáticas que, no Egito, precediam a verdadeira iniciação.
O primeiro grau é um estado e purificação. O aprendiz é submetido às experiências antigas que separavam o profano de suas antigas relações; conhecia por sua vez os subterrâneos obscuros, as experiências da água, do ar e do fogo.
No ensino iniciático é preciso assegurar-se em primeiro lugar se as forças físicas do neófito são capazes de suportar certo esforço; se as qualidades morais são a experiência do medo e da tentação; se as suas faculdades intelectuais, depois de exercício necessário, podem suportar as idéias novas que precisará registrar.
É o estado da pedra informe, contendo todas as qualidades que lhe serão necessárias, contendo-as, porém, em potência.
É preciso desbastá-la de todo com o cinzel, que é o julgamento, o discernimento das qualidades boas ou más, a conservar ou a eliminar, e é o malho, símbolo da vontade bem dirigida, que levará o cinzel sobre os pontos em que a sua ação é necessária, de tal maneira que a pedra adquira sumariamente a forma que ele precisará aperfeiçoar para vir a ser digno do edifício a construir.
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quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
MAÇONARIA - ORIGENS INICIÁTICAS - 12.2 - OS FRANCO-MAÇONS - 2ª PARTE
MAÇONARIA
ORIGENS INICIÁTICAS
12.2
OS FRANCO-MAÇONS
2ª PARTE
Para compreender a evolução e as mudanças de um grupo iniciático desta importância, é necessário fazer aqui um histórico sucinto.
Ao princípio, os maçons e pedreiros foram uma corporação das mais possantes e mais afamadas da Idade Média; por isso, encontramos sobre grande número de catedrais e monumentos, tanto civis como religiosos, os emblemas que acabamos de ver nos ritos dos Franco-Maçons. Como todas as corporações, esta possuía ramificações em toda a Europa. Tinha então, como hoje, insígnias e palavras de passe para que um intrujão não se fizesse hospedar por companheiros, sob o pretexto de camaradagem.
Não era então, senão uma espécie de empresa internacional limitada a uma só profissão e é um fato nitidamente averiguado, pois que, encontramos arquitetos estrangeiros levantando monumentos em França, como encontramos arquitetos franceses no estrangeiro. Naturalmente, os companheiros que se visitavam para se aperfeiçoarem no trabalho, consultavam-se uns aos outros e transmitiam oralmente os segredos de sua arte, para chegar a fazer obra mais perfeita que tenha saído da mão do homem.
Por essa razão, a maioria não assinava os seus trabalhos, considerando-os como uma obra coletiva. Era o que se dizia: Todos são um só.
Em certas épocas, especialmente em uma festa do santo patrono da corporação, os ágapes fraternais reuniam os maçons e eles se conformavam com os usos antigos.
É este o curso desta viagem?
Foi este o momento em que Felipe o Belo, destruiu os Templários?
Não se sabe qual o momento em que um ideal iniciático se misturou ao sentimento corporativo.
Certos autores pensam que os Templários não foram estranhos a isso, porque eles haviam tirado do Oriente uma iniciação que inquietou a Igreja oficial e, quando desapareceram tanto quanto a Ordem, deveriam ser tentados a se velarem atrás de uma corporação poderosa, que esposasse seu ideal e seus rancores. Os Templários eram Cavalheiros de São João e veremos que a Franco-Maçonaria não conhece outros Evangelhos, senão o seu Evangelho Iniciático.
Outro indício é o dos símbolos escolhidos, que provêm do Oriente. Como no Oriente, encontramos o ser tal como a Natureza e a Sociedade o formam, figurado pela pedra bruta que deve sofrer o rude contato dos utensílios, antes de vir a ser utilizável. Não foi senão depois da ascese e da iniciação que a pedra bruta se tornou a pedra cúbica, o elemento material purificado e utilizado.
Nada é mais antigo do que este símbolo, que foi dado pelo oráculo de Delfos, como resposta a uma questão de Samianos.
Enfim, o pensamento de construir um Templo a Deus, conforme os dados em que o número goza um papel preponderante parece virem de Jerusalém.
Todavia, toda a fraseologia é tirada da corporação dos maçons e das fórmulas de companheirismo.
Primeiramente, a iniciação comporta três etapas de base ou graus:
O primeiro grau é o do Aprendiz. Que é aquele da criança, do principiante ainda ignorante da profissão que quer abraçar.
Depois, vem o grau de Companheiro. Neste estado, o maçom conhece o mais importante do seu meio de ação, mas ainda não se fez conhecer por uma obra perfeita.
Enfim, sucede o grau de Mestre. O maçom possui neste momento, todos os segredos de sua arte.
Os emblemas são tomados igualmente em um simbolismo das ocupações.
No primeiro grau, graças ao malho e ao cinzel, o aprendiz desbasta a pedra informe.
No segundo grau, servindo-se da régua, do compasso, da alavanca e do esquadro, o companheiro tira do bloco da pedra bruta um cubo perfeito.
Enfim, no terceiro grau, o mestre se utilizará desta pedra cúbica, que virá a ser limpa e polida.
Esta pedra, junta às outras, servirá ao levantar-se o Templo ao qual ela está destinada de antemão.
O próprio Deus é o mestre mais perfeito, pois é o Grande Arquiteto do Universo.
Esta constante mudança, este aperfeiçoamento da pedra, este domínio de si mesmo que se obtém de grau em grau, é o salário, sempre aumentando segundo os méritos do maçom.
Ao abrigo destas aparências, vê-se, pois, que existiam elementos iniciáticos, porém, este ensino foi muito transformado. Ao começo, era o mesmo ensinamento que encontramos em todas as iniciações, ensinamento adaptado às necessidades do Ocidente e da classe, aliás, muito extensa, na qual era administrado.
Certamente, no começo da maçonaria, a teoria dos renascimentos fazia parte das revelações concedidas ao adepto. Não é, pois, efetivamente, o fim de todas as iniciações? Mas, em nossos dias, sob o efeito de uma ciência absolutamente materialista, a parte mais elevada da iniciação maçônica, a tradição das reencarnações desapareceu; a cadeia iniciática rompeu-se.
Como os antigos companheiros, os Franco-Maçons guardaram sinais e palavras de passe que lhes servem para reconhecimento em todos os países, apesar das diferenças de línguas. Estas palavras e insígnias são as mesmas em todos os países.
Vimos que os Franco-Maçons, foram primeiramente um agrupamento corporativo que, após certos acontecimentos, tomaram uma direção iniciática, conservando, para seu ritual e seus meios de reconhecimento entre irmãos, a antiga tradição dos velhos corpos da idade média.
Vimos, também, que esta iniciação é descoroada de seu mais alto conhecimento e que, se os maçons atuais conhecem em parte a significação dos símbolos de que se servem, guardando a lembrança da utilidade das experiências, como um meio de julgar o caráter e o domínio dos adeptos, ignoram quase totalmente o elemento final que fez a glória dos Mistérios antigos: O símbolo do grão de trigo posto na terra, a necessidade de morrer para renascer em uma vida mais elevada e mais perfeita.
De um centro iniciático, os Franco-Maçons atuais fizeram um organismo social que não é sem utilidade, pois ele teve o pensamento de estender a necessidade da educação pessoal a uma educação coletiva.
Mas este pensamento generoso foi obscurecido por visões políticas, e o processo de educação não se conservou puro.
Longe de compreender como as iniciações de que ela descende, a unidade de todas as religiões em um simbolismo apenas modificado pelos ritos e climas, a Franco-Maçonaria veio a ser um organismo de luta anti-religiosa, o que é contraditório com a tradição esotérica dos santuários.
É a primeira vez que vemos, sob o nome de iniciação, o cometimento de tais erros.
Muito longe destes processos, está o de um Pitágoras ou de um Sócrates, que preferiram amar o mal a praticá-lo.
Estes guardavam a alta direção do verdadeiro iniciado, que pode e deve ser ardente em suas convicções, porém que não se reconhece, jamais, com o direito de violentar consciências; que pensa e deixa pensar livremente, sabendo que a verdade é imortal e que nenhum meio humano pode atingi-la.
Enfim, como chega a superstição quando a tradição se extingue, os ramos são multiplicados em detrimento da unidade do tronco; os ritos são complicados e deformados; as cisões são produzidas e as bases mais essenciais são discutidas.
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12.2
OS FRANCO-MAÇONS
2ª PARTE
Para compreender a evolução e as mudanças de um grupo iniciático desta importância, é necessário fazer aqui um histórico sucinto.
Ao princípio, os maçons e pedreiros foram uma corporação das mais possantes e mais afamadas da Idade Média; por isso, encontramos sobre grande número de catedrais e monumentos, tanto civis como religiosos, os emblemas que acabamos de ver nos ritos dos Franco-Maçons. Como todas as corporações, esta possuía ramificações em toda a Europa. Tinha então, como hoje, insígnias e palavras de passe para que um intrujão não se fizesse hospedar por companheiros, sob o pretexto de camaradagem.
Não era então, senão uma espécie de empresa internacional limitada a uma só profissão e é um fato nitidamente averiguado, pois que, encontramos arquitetos estrangeiros levantando monumentos em França, como encontramos arquitetos franceses no estrangeiro. Naturalmente, os companheiros que se visitavam para se aperfeiçoarem no trabalho, consultavam-se uns aos outros e transmitiam oralmente os segredos de sua arte, para chegar a fazer obra mais perfeita que tenha saído da mão do homem.
Por essa razão, a maioria não assinava os seus trabalhos, considerando-os como uma obra coletiva. Era o que se dizia: Todos são um só.
Em certas épocas, especialmente em uma festa do santo patrono da corporação, os ágapes fraternais reuniam os maçons e eles se conformavam com os usos antigos.
É este o curso desta viagem?
Foi este o momento em que Felipe o Belo, destruiu os Templários?
Não se sabe qual o momento em que um ideal iniciático se misturou ao sentimento corporativo.
Certos autores pensam que os Templários não foram estranhos a isso, porque eles haviam tirado do Oriente uma iniciação que inquietou a Igreja oficial e, quando desapareceram tanto quanto a Ordem, deveriam ser tentados a se velarem atrás de uma corporação poderosa, que esposasse seu ideal e seus rancores. Os Templários eram Cavalheiros de São João e veremos que a Franco-Maçonaria não conhece outros Evangelhos, senão o seu Evangelho Iniciático.
Outro indício é o dos símbolos escolhidos, que provêm do Oriente. Como no Oriente, encontramos o ser tal como a Natureza e a Sociedade o formam, figurado pela pedra bruta que deve sofrer o rude contato dos utensílios, antes de vir a ser utilizável. Não foi senão depois da ascese e da iniciação que a pedra bruta se tornou a pedra cúbica, o elemento material purificado e utilizado.
Nada é mais antigo do que este símbolo, que foi dado pelo oráculo de Delfos, como resposta a uma questão de Samianos.
Enfim, o pensamento de construir um Templo a Deus, conforme os dados em que o número goza um papel preponderante parece virem de Jerusalém.
Todavia, toda a fraseologia é tirada da corporação dos maçons e das fórmulas de companheirismo.
Primeiramente, a iniciação comporta três etapas de base ou graus:
O primeiro grau é o do Aprendiz. Que é aquele da criança, do principiante ainda ignorante da profissão que quer abraçar.
Depois, vem o grau de Companheiro. Neste estado, o maçom conhece o mais importante do seu meio de ação, mas ainda não se fez conhecer por uma obra perfeita.
Enfim, sucede o grau de Mestre. O maçom possui neste momento, todos os segredos de sua arte.
Os emblemas são tomados igualmente em um simbolismo das ocupações.
No primeiro grau, graças ao malho e ao cinzel, o aprendiz desbasta a pedra informe.
No segundo grau, servindo-se da régua, do compasso, da alavanca e do esquadro, o companheiro tira do bloco da pedra bruta um cubo perfeito.
Enfim, no terceiro grau, o mestre se utilizará desta pedra cúbica, que virá a ser limpa e polida.
Esta pedra, junta às outras, servirá ao levantar-se o Templo ao qual ela está destinada de antemão.
O próprio Deus é o mestre mais perfeito, pois é o Grande Arquiteto do Universo.
Esta constante mudança, este aperfeiçoamento da pedra, este domínio de si mesmo que se obtém de grau em grau, é o salário, sempre aumentando segundo os méritos do maçom.
Ao abrigo destas aparências, vê-se, pois, que existiam elementos iniciáticos, porém, este ensino foi muito transformado. Ao começo, era o mesmo ensinamento que encontramos em todas as iniciações, ensinamento adaptado às necessidades do Ocidente e da classe, aliás, muito extensa, na qual era administrado.
Certamente, no começo da maçonaria, a teoria dos renascimentos fazia parte das revelações concedidas ao adepto. Não é, pois, efetivamente, o fim de todas as iniciações? Mas, em nossos dias, sob o efeito de uma ciência absolutamente materialista, a parte mais elevada da iniciação maçônica, a tradição das reencarnações desapareceu; a cadeia iniciática rompeu-se.
Como os antigos companheiros, os Franco-Maçons guardaram sinais e palavras de passe que lhes servem para reconhecimento em todos os países, apesar das diferenças de línguas. Estas palavras e insígnias são as mesmas em todos os países.
Vimos que os Franco-Maçons, foram primeiramente um agrupamento corporativo que, após certos acontecimentos, tomaram uma direção iniciática, conservando, para seu ritual e seus meios de reconhecimento entre irmãos, a antiga tradição dos velhos corpos da idade média.
Vimos, também, que esta iniciação é descoroada de seu mais alto conhecimento e que, se os maçons atuais conhecem em parte a significação dos símbolos de que se servem, guardando a lembrança da utilidade das experiências, como um meio de julgar o caráter e o domínio dos adeptos, ignoram quase totalmente o elemento final que fez a glória dos Mistérios antigos: O símbolo do grão de trigo posto na terra, a necessidade de morrer para renascer em uma vida mais elevada e mais perfeita.
De um centro iniciático, os Franco-Maçons atuais fizeram um organismo social que não é sem utilidade, pois ele teve o pensamento de estender a necessidade da educação pessoal a uma educação coletiva.
Mas este pensamento generoso foi obscurecido por visões políticas, e o processo de educação não se conservou puro.
Longe de compreender como as iniciações de que ela descende, a unidade de todas as religiões em um simbolismo apenas modificado pelos ritos e climas, a Franco-Maçonaria veio a ser um organismo de luta anti-religiosa, o que é contraditório com a tradição esotérica dos santuários.
É a primeira vez que vemos, sob o nome de iniciação, o cometimento de tais erros.
Muito longe destes processos, está o de um Pitágoras ou de um Sócrates, que preferiram amar o mal a praticá-lo.
Estes guardavam a alta direção do verdadeiro iniciado, que pode e deve ser ardente em suas convicções, porém que não se reconhece, jamais, com o direito de violentar consciências; que pensa e deixa pensar livremente, sabendo que a verdade é imortal e que nenhum meio humano pode atingi-la.
Enfim, como chega a superstição quando a tradição se extingue, os ramos são multiplicados em detrimento da unidade do tronco; os ritos são complicados e deformados; as cisões são produzidas e as bases mais essenciais são discutidas.
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segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
MAÇONARIA - ORIGENS INICIÁTICAS - 12.1 - OS FRANCO-MAÇONS - 1ª PARTE
MAÇONARIA
ORIGENS INICIÁTICAS
12.1
OS FRANCO–MAÇONS
1ª PARTE
Os fins da Franco-Maçonaria é formar pensadores e sábios, elevando acima da condição comum, os seus contemporâneos, ao mesmo tempo por seleção e por iniciação.
Como todas as iniciações, a Franco-Maçonaria comporta experiências renovadas pela maioria dos Mistérios egípcios.
Para adaptá-los ao ponto de vista ocidental, estas experiências não deixaram de ser profundamente deformadas e aumentadas por cenas bastante infantis e de um simbolismo que não atingia em magnificência ao dos ritos antigos.
Entretanto, no pensamento dos criadores, as experiências tinham o mesmo fim que tinham para os sacerdotes de Menfis ou de Tebas.
É sempre para conhecer o caráter do futuro adepto que se submete o mesmo, a seus temores mais ou menos fundados.
É preciso primeiramente assegurar a firmeza de seu caráter sendo bom, por isso, apresentar perigos imaginários naturalmente, diante dos quais deve ficar impassível.
É preciso saber ainda qual a sua resistência à suas impulsividades, porque há muitos seres que, a sangue frio, não temem coisa alguma, e são tomados bruscamente por uma sensação inesperada.
Tentações lhe são oferecidas, de tal maneira que possa julgar a sua força contra os apelos da carne.
As mesmas coisas produzindo os mesmos efeitos; não é surpreendente que encontrássemos na Franco-Maçonaria, a maioria dos elementos que temos visto já nos estudos precedentes sobre todos os esoterismos.
As experiências não mudaram; são sempre subterrâneos obscuros, o fogo, a água e o ar, com as variantes bem restritas segundo os ritos.
Aos Mistérios de Isis e de Osiris, o fim das experiências era julgar a intrepidez do adepto.
O segredo que lhe devia ser confiado ultrapassa o entendimento da massa; era o ensinamento esotérico relativo à lei das reencarnações. Nos nossos dias, o ritual maçônico mostra, por diversos meios que vamos estudar que o renascimento é, efetivamente, o fim da vida e que a evolução – que estes renascimentos devem animar – é o único digno de nós, que seja proposto aos nossos esforços.
No antigo Egito, este ensinamento, que devia ser ritualmente figurado, para marcar no espírito do iniciado a impressão de uma imagem nítida e mesmo violenta, necessitava, pois, de uma aparência de morte para fazer compreender que a morte abre as portas de uma vida nova, mas, para o iniciado, uma vez que, pela iniciação, está morto para o mundo, não podia ser mais reencarnado, a menos que cometesse uma falta grave, porque a iniciação lhe abriria inteiramente as áureas portas do Absoluto.
Assim, depois de vigília de preces, deixava-se isolado aquele que se iniciava, em um recinto sobre onde espessas trevas se formavam lentamente. Abandonado às suas reflexões. Rogava à Divindade, esperava, obtinha esta iluminação divina que era o coroamento de seus trabalhos. Comungava com Deus na revelação perfeita.
Todas as iniciações antigas, baseadas sobre os renascimentos, eram espiritualistas.
A Franco-Maçonaria, cedendo à influência do meio, em lugar de dirigi-lo, perdeu o sentido deste rito, embora esta morte aparente faça parte das experiências que dão acesso ao grau de mestre.
Há sempre um simulacro de morte numa encenação bastante pueril, mas o mesmo sentido esotérico está completamente obliterado nas iniciações atuais.
Mas, em raras exceções, os adeptos ignoram o valor espiritualista deste rito. O ritual ficou, mas a tradição extinguiu-se.
Aqueles que, em nossos dias, quiseram simplificar o ritual maçônico, desprendendo-o de um aparato que julgavam bastante inúteis, tiveram razão de seu ponto de vista, porque, se o sentido destas ações é obliterado, é perfeitamente supérfluo cumpri-las.
As experiências subsistem, mas elas perderam todo o seu valor iniciático, pois que se pede ao recém-chegado para guardar um segredo que não lhe é dado, pelo fato simples de que quase ninguém o possui.
Os símbolos dos ensinamentos secretos foram guardados, mas não representam mais este renascimento que é o fim real da vida e dos estudos que deveriam preparar uma existência perfeita, libertando-nos do porvir.
Em nossos dias a Franco-Maçonaria, veio a ser inteiramente materialista, o que é completamente oposto à doutrina que ela pretende perpetuar.
Em suma, o simbolismo maçônico, tirado dos mais antigos rituais, é muito belo.
Do mesmo modo que certos agrupamentos gnósticos, o postulante à Franco-Maçonaria, é comparado à pedra bruta informe, que não tomará a sua forma definitiva senão pelas picadas do cinzel.
Deve aperfeiçoar-se, pois, é por este meio que virá a ser o que deve ser: A pedra cúbica representando o iniciado. Esta pedra cúbica, própria para misturar-se àquelas que servirão para construir o edifício social, simboliza o papel do maçom, que deve ficar misturado na vida diária, fazer-se útil, incorporar-se com os outros maçons na obra durável que eles edificam.
Este edifício é simbolizado por um Templo, que os Franco-Maçons erigem à Glória do Grande Arquiteto do Universo: Deus.
É necessário, pois, que o postulante seja submetido a um ensinamento que o disponha a esta bela função.
Então, antes de receber a iniciação, o espírito do futuro adepto é a pedra bruta com as impurezas que o mancham.
Os emblemas do primeiro grau da iniciação serão, pois, os utensílios necessários de sua obra, à lapidação, ao desbastamento da pedra bruta: Isto é, o malho e o cinzel.
O malho é a vontade; o cinzel o julgamento.
A vontade pode ser dirigida em um sentido útil, mas se ela agir às cegas arriscará a comprometer a própria ação que deseja fazer.
Todavia, é necessário querer com força e persistência, e é por isso que a vontade do futuro adepto é longamente experimentada e exercida.
Mas é preciso também, que o juízo e a clarividência lógica dirijam os surtos muitas vezes inconsiderados da vontade: Eis porque o postulante deve exercer com continuidade, durante longos meses, este discernimento, sem o qual a vontade não é submetida senão a mais efêmera imaginação.
Somente quando chegou a tal estado, quando tiver nas mãos os dois instrumentos simbólicos, que o grau seguinte lhe é conferido.
A pedra, uma vez polida, está bem longe de ser perfeita e imediatamente utilizável. O martelo e o cinzel não bastam. Eis porque o segundo grau é representado pelos utensílios que servem para dar à pedra, vagamente polida, uma aparência pura e nítida. Então, tudo concorre para ensinar ao Franco-Maçom, a retidão e o ritmo, sem o qual nada de perfeito se estabelece.
Recebe a régua, o compasso, a alavanca e o esquadro, que não são mais as armas do pedreiro, mas as do arquiteto; que não são mais os utensílios daquele que trabalha somente no momento presente, sem procurar compreender, porém, que prepara uma obra durável. Régua, compasso, alavanca e esquadro, são os instrumentos de trabalho de um espírito mais esclarecido, que quer conceber o conjunto de um plano no qual colabora, que quer saber como se adaptarão as superfícies polidas e regulares que obtém, atacando a pedra com o cinzel, sob o impulso do malho.
No terceiro grau, o companheiro torna-se mestre. Guarda os emblemas dos graus precedentes, mas então compreende que ele deve ser útil à coletividade. Ele é conduzido a estudar a construção da obra geométrica, a obra perfeita e durável, elevada por seus irmãos à glória de Deus.
Mas, atualmente, esta nobre ambição transformou-se em uma efêmera terminologia.
A tradição espiritualista perdeu-se na Franco-Maçonaria.
Se a ordem chega, modelando a pedra bruta, a criar um homem perfeito, não sabe mais qual o verdadeiro fim a que deve levar esta perfeição. Aquele que foi purificado deveria, como nos santuários antigos, ser penetrado do fim da vida; deveria conhecer o que significa renascimento e os magníficos horizontes que este pensamento abre diante do espírito do adepto.
Porém, a noção dos renascimentos desapareceu totalmente dos ensinamentos maçônicos. A mais bela e mais útil obra iniciática foi esquecida.
Como todos os iniciadores, os fundadores da Franco-Maçonaria, realizaram a necessidade de não confiar a todos a verdade tão útil, porém, que o vulgo não saberia compreender.
Portanto, velaram seu ensinamento, mas o fim achou-se coberto de véus tão espesso, que o tempo, fazendo a sua obra, fez com que poucos se lembrassem do que foi o objeto da iniciação.
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ORIGENS INICIÁTICAS
12.1
OS FRANCO–MAÇONS
1ª PARTE
Os fins da Franco-Maçonaria é formar pensadores e sábios, elevando acima da condição comum, os seus contemporâneos, ao mesmo tempo por seleção e por iniciação.
Como todas as iniciações, a Franco-Maçonaria comporta experiências renovadas pela maioria dos Mistérios egípcios.
Para adaptá-los ao ponto de vista ocidental, estas experiências não deixaram de ser profundamente deformadas e aumentadas por cenas bastante infantis e de um simbolismo que não atingia em magnificência ao dos ritos antigos.
Entretanto, no pensamento dos criadores, as experiências tinham o mesmo fim que tinham para os sacerdotes de Menfis ou de Tebas.
É sempre para conhecer o caráter do futuro adepto que se submete o mesmo, a seus temores mais ou menos fundados.
É preciso primeiramente assegurar a firmeza de seu caráter sendo bom, por isso, apresentar perigos imaginários naturalmente, diante dos quais deve ficar impassível.
É preciso saber ainda qual a sua resistência à suas impulsividades, porque há muitos seres que, a sangue frio, não temem coisa alguma, e são tomados bruscamente por uma sensação inesperada.
Tentações lhe são oferecidas, de tal maneira que possa julgar a sua força contra os apelos da carne.
As mesmas coisas produzindo os mesmos efeitos; não é surpreendente que encontrássemos na Franco-Maçonaria, a maioria dos elementos que temos visto já nos estudos precedentes sobre todos os esoterismos.
As experiências não mudaram; são sempre subterrâneos obscuros, o fogo, a água e o ar, com as variantes bem restritas segundo os ritos.
Aos Mistérios de Isis e de Osiris, o fim das experiências era julgar a intrepidez do adepto.
O segredo que lhe devia ser confiado ultrapassa o entendimento da massa; era o ensinamento esotérico relativo à lei das reencarnações. Nos nossos dias, o ritual maçônico mostra, por diversos meios que vamos estudar que o renascimento é, efetivamente, o fim da vida e que a evolução – que estes renascimentos devem animar – é o único digno de nós, que seja proposto aos nossos esforços.
No antigo Egito, este ensinamento, que devia ser ritualmente figurado, para marcar no espírito do iniciado a impressão de uma imagem nítida e mesmo violenta, necessitava, pois, de uma aparência de morte para fazer compreender que a morte abre as portas de uma vida nova, mas, para o iniciado, uma vez que, pela iniciação, está morto para o mundo, não podia ser mais reencarnado, a menos que cometesse uma falta grave, porque a iniciação lhe abriria inteiramente as áureas portas do Absoluto.
Assim, depois de vigília de preces, deixava-se isolado aquele que se iniciava, em um recinto sobre onde espessas trevas se formavam lentamente. Abandonado às suas reflexões. Rogava à Divindade, esperava, obtinha esta iluminação divina que era o coroamento de seus trabalhos. Comungava com Deus na revelação perfeita.
Todas as iniciações antigas, baseadas sobre os renascimentos, eram espiritualistas.
A Franco-Maçonaria, cedendo à influência do meio, em lugar de dirigi-lo, perdeu o sentido deste rito, embora esta morte aparente faça parte das experiências que dão acesso ao grau de mestre.
Há sempre um simulacro de morte numa encenação bastante pueril, mas o mesmo sentido esotérico está completamente obliterado nas iniciações atuais.
Mas, em raras exceções, os adeptos ignoram o valor espiritualista deste rito. O ritual ficou, mas a tradição extinguiu-se.
Aqueles que, em nossos dias, quiseram simplificar o ritual maçônico, desprendendo-o de um aparato que julgavam bastante inúteis, tiveram razão de seu ponto de vista, porque, se o sentido destas ações é obliterado, é perfeitamente supérfluo cumpri-las.
As experiências subsistem, mas elas perderam todo o seu valor iniciático, pois que se pede ao recém-chegado para guardar um segredo que não lhe é dado, pelo fato simples de que quase ninguém o possui.
Os símbolos dos ensinamentos secretos foram guardados, mas não representam mais este renascimento que é o fim real da vida e dos estudos que deveriam preparar uma existência perfeita, libertando-nos do porvir.
Em nossos dias a Franco-Maçonaria, veio a ser inteiramente materialista, o que é completamente oposto à doutrina que ela pretende perpetuar.
Em suma, o simbolismo maçônico, tirado dos mais antigos rituais, é muito belo.
Do mesmo modo que certos agrupamentos gnósticos, o postulante à Franco-Maçonaria, é comparado à pedra bruta informe, que não tomará a sua forma definitiva senão pelas picadas do cinzel.
Deve aperfeiçoar-se, pois, é por este meio que virá a ser o que deve ser: A pedra cúbica representando o iniciado. Esta pedra cúbica, própria para misturar-se àquelas que servirão para construir o edifício social, simboliza o papel do maçom, que deve ficar misturado na vida diária, fazer-se útil, incorporar-se com os outros maçons na obra durável que eles edificam.
Este edifício é simbolizado por um Templo, que os Franco-Maçons erigem à Glória do Grande Arquiteto do Universo: Deus.
É necessário, pois, que o postulante seja submetido a um ensinamento que o disponha a esta bela função.
Então, antes de receber a iniciação, o espírito do futuro adepto é a pedra bruta com as impurezas que o mancham.
Os emblemas do primeiro grau da iniciação serão, pois, os utensílios necessários de sua obra, à lapidação, ao desbastamento da pedra bruta: Isto é, o malho e o cinzel.
O malho é a vontade; o cinzel o julgamento.
A vontade pode ser dirigida em um sentido útil, mas se ela agir às cegas arriscará a comprometer a própria ação que deseja fazer.
Todavia, é necessário querer com força e persistência, e é por isso que a vontade do futuro adepto é longamente experimentada e exercida.
Mas é preciso também, que o juízo e a clarividência lógica dirijam os surtos muitas vezes inconsiderados da vontade: Eis porque o postulante deve exercer com continuidade, durante longos meses, este discernimento, sem o qual a vontade não é submetida senão a mais efêmera imaginação.
Somente quando chegou a tal estado, quando tiver nas mãos os dois instrumentos simbólicos, que o grau seguinte lhe é conferido.
A pedra, uma vez polida, está bem longe de ser perfeita e imediatamente utilizável. O martelo e o cinzel não bastam. Eis porque o segundo grau é representado pelos utensílios que servem para dar à pedra, vagamente polida, uma aparência pura e nítida. Então, tudo concorre para ensinar ao Franco-Maçom, a retidão e o ritmo, sem o qual nada de perfeito se estabelece.
Recebe a régua, o compasso, a alavanca e o esquadro, que não são mais as armas do pedreiro, mas as do arquiteto; que não são mais os utensílios daquele que trabalha somente no momento presente, sem procurar compreender, porém, que prepara uma obra durável. Régua, compasso, alavanca e esquadro, são os instrumentos de trabalho de um espírito mais esclarecido, que quer conceber o conjunto de um plano no qual colabora, que quer saber como se adaptarão as superfícies polidas e regulares que obtém, atacando a pedra com o cinzel, sob o impulso do malho.
No terceiro grau, o companheiro torna-se mestre. Guarda os emblemas dos graus precedentes, mas então compreende que ele deve ser útil à coletividade. Ele é conduzido a estudar a construção da obra geométrica, a obra perfeita e durável, elevada por seus irmãos à glória de Deus.
Mas, atualmente, esta nobre ambição transformou-se em uma efêmera terminologia.
A tradição espiritualista perdeu-se na Franco-Maçonaria.
Se a ordem chega, modelando a pedra bruta, a criar um homem perfeito, não sabe mais qual o verdadeiro fim a que deve levar esta perfeição. Aquele que foi purificado deveria, como nos santuários antigos, ser penetrado do fim da vida; deveria conhecer o que significa renascimento e os magníficos horizontes que este pensamento abre diante do espírito do adepto.
Porém, a noção dos renascimentos desapareceu totalmente dos ensinamentos maçônicos. A mais bela e mais útil obra iniciática foi esquecida.
Como todos os iniciadores, os fundadores da Franco-Maçonaria, realizaram a necessidade de não confiar a todos a verdade tão útil, porém, que o vulgo não saberia compreender.
Portanto, velaram seu ensinamento, mas o fim achou-se coberto de véus tão espesso, que o tempo, fazendo a sua obra, fez com que poucos se lembrassem do que foi o objeto da iniciação.
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domingo, 13 de dezembro de 2009
MAÇONARIA - ORIGENS INICIÁTICAS - 11.1 - OS NEOGNÓSTICOS
MAÇONARIA
ORIGENS INICIÁTICAS
11.1
OS NEOGNÓSTICOS
Fora desta forma de gnosticismo, formou-se recentemente outro agrupamento que, embora reclamando a mesma doutrina, leva notáveis variantes nas manifestações.
Intitula-se neognosticismo e é representado atualmente, na França Srs. Dr. Fugairon e Johannés Bricaud.
Estes neognósticos dispuseram as fases de sua iniciação segundo as estações do ano e de maneira a simbolizar, pela idade do Sol anual, os estados da alma e de espírito do novo adepto; assim se perpetua o pensamento da existência cíclica da alma humana, que percorre alternadamente cada estação, sofre os dias e as noites até o momento em que o tempo desaparecerá para cada alma chegar, enfim, ao termo de sua existência terrestre.
O primeiro estado do discípulo ou Aprendiz Gnóstico é simbolizado pelo inverno. Neste momento, o ser está no caos e na obscuridade, porém, como a terra está no inverno, contém todas as possibilidades de esperança em uma renovação próxima.
Está na matéria, mas o trigo semeado não deseja senão crescer e florescer, com o tempo e os cuidados que lhe são necessários.
No grau seguinte, vem a ser discípulo ou Companheiro Gnóstico. É a primavera. A palavra dos mestres, como o Sol propício, espalhou o calor que faz brotar os germes.
Aquele que estava na sombra compreende, enfim, a claridade e tende todas as suas forças para ela. O mundo renasce para a força e a alegria. O ano novo surge.
O adepto vem a ser, em seguida, Mestre Gnóstico. É o estio, a expansão do que não era primeiramente senão uma promessa. O trigo morto na terra vem a ser uma colheita abundante. O Sol da verdade elevou-se sobre a inteligência. Uma alegria imensa radia sobre o universo que não é senão o emblema da alma renovada. Ela goza o fruto de seus esforços.
Enfim, vem o grau de Mestre Eleito Gnóstico.
Os mistérios são cumpridos. As colheitas estão na granja.
Aquele que nesta vida atinge ao cúmulo do que lhe é permitido receber, pode regozijar-se de seu trabalho, mas o outono é a estação das lembranças e meditações.
O verdadeiro adepto sabe que seu reino não é deste mundo. Prepara-se para nova etapa de sua evolução pela meditação e pelo estudo, pela prática das obras de beneficência, a fim de que seus irmãos tenham parte em seus bens e de que saia da matéria, rico das obras cumpridas.
Estas quatro etapas comportam 7 graus e, para os neognósticos, estes 7 graus correspondem a sete períodos da vida de Jesus.
Estes graus são conferidos por festas especiais no momento do ano correspondente à sua estação.
A iniciação não é, pois, no seu ponto de vista, mais que o nascimento e o desenvolvimento da vida do Cristo em nós. Aqui, os cristãos de São João retomam um pensamento de São Paulo, que apresenta o Cristo como exemplo que todo ser deve tender a reproduzir tão perfeitamente quanto possa. Mas, também, para a maioria dos homens, a morte e as vidas sucessivas são necessárias a esta adaptação; a iniciação é para o adepto o meio de substituir estas longas etapas pela única existência inteiramente dada às obras, aos pensamentos e às práticas que fazem uma verdadeira morte, depois da qual não resta mais senão renascer. Entre os gnósticos, esta idéia, constante em todas as iniciações, tem isto de particular, que faz reviver cada pessoa nas diversas épocas da vida do Cristo.
As sete festas iniciáticas e comemorativas são:
1º - O nascimento de Jesus (25 de Dezembro).
2º - Sua conversação com os Doutores (2 de Fevereiro).
Estas duas festas pertencem ao solstício de inverno, quando a vida está encerrada na matéria; o Natal corresponde ao grau de Estudante Secreto e a discussão com os doutores a de Estudante Perfeito.
Na primavera, encontramos:
3º - O batismo (25 de Março).
4º - A pregação, as lutas, a lapidação (2 de Maio).
Estas duas festas representam o despertar da primavera correspondente ao batismo e às graças que se derivam para o adepto. Elas conferem os graus de Sublime Maçom Gnóstico no que concerne a primeira e de Cavalheiro da Trolha e da Espada, no que toca à segunda.
5º - A transfiguração (1º de Julho).
6º - A entrada triunfal em Jerusalém e a ceia (1º de Agosto).
Estas duas festas, em que o poder de Cristo é exaltado, são a expansão real em pleno estio. A primeira dá ao iniciado o grau de Mestre Adepto. A festa de 1º de Agosto lhe confere o grau de Mestre do Segredo Real.
7º - Enfim, a festa da morte e da ressurreição (25 de Setembro) dá os últimos segredos àqueles que permitam as meditações antes que a desencarnação arrebate o iniciado às fadigas deste mundo.
O último grau que recebe é o de Ministro da Serpente de Bronze e da Estrela Flamejante. O outono veio. Fazendo partilhar aos fiéis os frutos de sua iniciação, prepara-se para acabar a sua vida na paz e harmonia que convêm ao Sábio.
A cada um destes 7 graus há correspondentes das experiências materiais.
No primeiro grau, o Estudante Secreto, sofre o espanto da sombra e da inquietação de achar-se sem guia em subterrâneos.
No segundo grau, o Estudante Perfeito, passa provas intelectuais e morais que permitam conhecer sua fé e iniciativa.
No terceiro grau, o Sublime Maçom Gnóstico, passa as experiências da água e da fumaça.
No quarto grau, o Cavalheiro da Trolha e da Espada, passa o Mistério da Unção do Crisma (que corresponde parcialmente à confirmação).
No quinto grau, o Mestre Adepto, passa os Mistérios do Fogo e do Ar, que correspondem a uma parte da confirmação.
No sexto grau, o Mestre do Segredo Real, depois das experiências morais, é admitido ao Mistério Inefável (ceia ou Eucaristia).
Enfim, no sétimo grau, o Ministro da Serpente de Bronze ou da Estrela Flamejante, é submetido a experiências que demonstram a pureza e a força de sua alma. Então é admitido ao Mistério do Grande Nome, que assim como a Ordem na religião católica, confere o sacerdócio e seus poderes.
Tal é o ensinamento dos neognosticos, assim como é dado pelos Srs. Dr. Fugarion e J. Bricaud. Uma última festa fecha o ano: a dos Mortos e a de Todos os Santos (1º e 2º de Novembro), onde os adeptos que são dignos são admitidos aos Mistérios das Unções pneumáticas.
Este mistério corresponde àquele da Extrema Unção, mas dá também o poder das curas e exorcismos.
Todas as etapas de iniciação gnóstica deveriam ser celebradas por solenidades magníficas, mas, apesar do entusiasmo dos instrutores, o número restrito dos adeptos rende culto, por assim dizer, teórico.
A Igreja Gnóstica morreu; e, entretanto, a tradição sobreviveu, embora sofresse sempre, pela natureza própria das coisas, imensas modificações.
Como todas as iniciações, a iniciação gnóstica é a luta do espírito contra a matéria, em vista de elevar esta última e de se aproximar de seu termo divino. É a idéia essencial de todos aqueles que procuram esclarecer a humanidade e reencontrá-la-emos em todas as suas obras, que tenham dado um aspecto exclusivamente filosófico, quer se tenham enfeitado das magnificências de um culto cujo ritual apresenta, muitas vezes, um simbolismo profundo, digno de reter e cativar o nosso interesse.
Resumimos todas estas correspondências no quadro aqui incluso.
GRAUS E EXPERIÊNCIAS INICIÁTICAS
NOME MODERNOS NOMES ANTIGOS MISTÉRIOS
1º Grau Estudante Secreto- Borborianos- Experiências físicas nos subterrâneos
2º Grau Estudante Perfeito- Codianista ou Mendigo-Experiências intelectuais e morais
3º Grau Sublime Maçom Gnóstico- Ninfiusita ou Banhista- Mistério da água e da fumaça
4º Grau Cavalheiro da Trolha-Stratiotita ou Soldado- Mistério da Unção do Crisma
5º Grau Mestre Adepto- Fibionista/Pobre de Espírito-Mistério do fogo e do vento
6º Grau Mestre do Real Segredo-Zacheita/que recebe Jesus- Mistério Inefável
7º Grau Ministro Serpente Bronze-Barbelita/Filho do Senhor- Mistério do Grande Nome
FESTAS RELIGIOSAS
ESTAÇÕES DATAS FESTAS COMEMORATIVAS
Inverno 25 de Dezembro Nascimento de Cristo
02 de Fevereiro Conversação com os Doutores
Primavera 25 de Março Batismo
02 de Maio Pregação e luta – Lapidação
Verão 1º de Julho Transfiguração
1º de Agosto Entrada Triunfal e Ceia
Outono 25 de Setembro Morte e Ressurreição
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11.1
OS NEOGNÓSTICOS
Fora desta forma de gnosticismo, formou-se recentemente outro agrupamento que, embora reclamando a mesma doutrina, leva notáveis variantes nas manifestações.
Intitula-se neognosticismo e é representado atualmente, na França Srs. Dr. Fugairon e Johannés Bricaud.
Estes neognósticos dispuseram as fases de sua iniciação segundo as estações do ano e de maneira a simbolizar, pela idade do Sol anual, os estados da alma e de espírito do novo adepto; assim se perpetua o pensamento da existência cíclica da alma humana, que percorre alternadamente cada estação, sofre os dias e as noites até o momento em que o tempo desaparecerá para cada alma chegar, enfim, ao termo de sua existência terrestre.
O primeiro estado do discípulo ou Aprendiz Gnóstico é simbolizado pelo inverno. Neste momento, o ser está no caos e na obscuridade, porém, como a terra está no inverno, contém todas as possibilidades de esperança em uma renovação próxima.
Está na matéria, mas o trigo semeado não deseja senão crescer e florescer, com o tempo e os cuidados que lhe são necessários.
No grau seguinte, vem a ser discípulo ou Companheiro Gnóstico. É a primavera. A palavra dos mestres, como o Sol propício, espalhou o calor que faz brotar os germes.
Aquele que estava na sombra compreende, enfim, a claridade e tende todas as suas forças para ela. O mundo renasce para a força e a alegria. O ano novo surge.
O adepto vem a ser, em seguida, Mestre Gnóstico. É o estio, a expansão do que não era primeiramente senão uma promessa. O trigo morto na terra vem a ser uma colheita abundante. O Sol da verdade elevou-se sobre a inteligência. Uma alegria imensa radia sobre o universo que não é senão o emblema da alma renovada. Ela goza o fruto de seus esforços.
Enfim, vem o grau de Mestre Eleito Gnóstico.
Os mistérios são cumpridos. As colheitas estão na granja.
Aquele que nesta vida atinge ao cúmulo do que lhe é permitido receber, pode regozijar-se de seu trabalho, mas o outono é a estação das lembranças e meditações.
O verdadeiro adepto sabe que seu reino não é deste mundo. Prepara-se para nova etapa de sua evolução pela meditação e pelo estudo, pela prática das obras de beneficência, a fim de que seus irmãos tenham parte em seus bens e de que saia da matéria, rico das obras cumpridas.
Estas quatro etapas comportam 7 graus e, para os neognósticos, estes 7 graus correspondem a sete períodos da vida de Jesus.
Estes graus são conferidos por festas especiais no momento do ano correspondente à sua estação.
A iniciação não é, pois, no seu ponto de vista, mais que o nascimento e o desenvolvimento da vida do Cristo em nós. Aqui, os cristãos de São João retomam um pensamento de São Paulo, que apresenta o Cristo como exemplo que todo ser deve tender a reproduzir tão perfeitamente quanto possa. Mas, também, para a maioria dos homens, a morte e as vidas sucessivas são necessárias a esta adaptação; a iniciação é para o adepto o meio de substituir estas longas etapas pela única existência inteiramente dada às obras, aos pensamentos e às práticas que fazem uma verdadeira morte, depois da qual não resta mais senão renascer. Entre os gnósticos, esta idéia, constante em todas as iniciações, tem isto de particular, que faz reviver cada pessoa nas diversas épocas da vida do Cristo.
As sete festas iniciáticas e comemorativas são:
1º - O nascimento de Jesus (25 de Dezembro).
2º - Sua conversação com os Doutores (2 de Fevereiro).
Estas duas festas pertencem ao solstício de inverno, quando a vida está encerrada na matéria; o Natal corresponde ao grau de Estudante Secreto e a discussão com os doutores a de Estudante Perfeito.
Na primavera, encontramos:
3º - O batismo (25 de Março).
4º - A pregação, as lutas, a lapidação (2 de Maio).
Estas duas festas representam o despertar da primavera correspondente ao batismo e às graças que se derivam para o adepto. Elas conferem os graus de Sublime Maçom Gnóstico no que concerne a primeira e de Cavalheiro da Trolha e da Espada, no que toca à segunda.
5º - A transfiguração (1º de Julho).
6º - A entrada triunfal em Jerusalém e a ceia (1º de Agosto).
Estas duas festas, em que o poder de Cristo é exaltado, são a expansão real em pleno estio. A primeira dá ao iniciado o grau de Mestre Adepto. A festa de 1º de Agosto lhe confere o grau de Mestre do Segredo Real.
7º - Enfim, a festa da morte e da ressurreição (25 de Setembro) dá os últimos segredos àqueles que permitam as meditações antes que a desencarnação arrebate o iniciado às fadigas deste mundo.
O último grau que recebe é o de Ministro da Serpente de Bronze e da Estrela Flamejante. O outono veio. Fazendo partilhar aos fiéis os frutos de sua iniciação, prepara-se para acabar a sua vida na paz e harmonia que convêm ao Sábio.
A cada um destes 7 graus há correspondentes das experiências materiais.
No primeiro grau, o Estudante Secreto, sofre o espanto da sombra e da inquietação de achar-se sem guia em subterrâneos.
No segundo grau, o Estudante Perfeito, passa provas intelectuais e morais que permitam conhecer sua fé e iniciativa.
No terceiro grau, o Sublime Maçom Gnóstico, passa as experiências da água e da fumaça.
No quarto grau, o Cavalheiro da Trolha e da Espada, passa o Mistério da Unção do Crisma (que corresponde parcialmente à confirmação).
No quinto grau, o Mestre Adepto, passa os Mistérios do Fogo e do Ar, que correspondem a uma parte da confirmação.
No sexto grau, o Mestre do Segredo Real, depois das experiências morais, é admitido ao Mistério Inefável (ceia ou Eucaristia).
Enfim, no sétimo grau, o Ministro da Serpente de Bronze ou da Estrela Flamejante, é submetido a experiências que demonstram a pureza e a força de sua alma. Então é admitido ao Mistério do Grande Nome, que assim como a Ordem na religião católica, confere o sacerdócio e seus poderes.
Tal é o ensinamento dos neognosticos, assim como é dado pelos Srs. Dr. Fugarion e J. Bricaud. Uma última festa fecha o ano: a dos Mortos e a de Todos os Santos (1º e 2º de Novembro), onde os adeptos que são dignos são admitidos aos Mistérios das Unções pneumáticas.
Este mistério corresponde àquele da Extrema Unção, mas dá também o poder das curas e exorcismos.
Todas as etapas de iniciação gnóstica deveriam ser celebradas por solenidades magníficas, mas, apesar do entusiasmo dos instrutores, o número restrito dos adeptos rende culto, por assim dizer, teórico.
A Igreja Gnóstica morreu; e, entretanto, a tradição sobreviveu, embora sofresse sempre, pela natureza própria das coisas, imensas modificações.
Como todas as iniciações, a iniciação gnóstica é a luta do espírito contra a matéria, em vista de elevar esta última e de se aproximar de seu termo divino. É a idéia essencial de todos aqueles que procuram esclarecer a humanidade e reencontrá-la-emos em todas as suas obras, que tenham dado um aspecto exclusivamente filosófico, quer se tenham enfeitado das magnificências de um culto cujo ritual apresenta, muitas vezes, um simbolismo profundo, digno de reter e cativar o nosso interesse.
Resumimos todas estas correspondências no quadro aqui incluso.
GRAUS E EXPERIÊNCIAS INICIÁTICAS
NOME MODERNOS NOMES ANTIGOS MISTÉRIOS
1º Grau Estudante Secreto- Borborianos- Experiências físicas nos subterrâneos
2º Grau Estudante Perfeito- Codianista ou Mendigo-Experiências intelectuais e morais
3º Grau Sublime Maçom Gnóstico- Ninfiusita ou Banhista- Mistério da água e da fumaça
4º Grau Cavalheiro da Trolha-Stratiotita ou Soldado- Mistério da Unção do Crisma
5º Grau Mestre Adepto- Fibionista/Pobre de Espírito-Mistério do fogo e do vento
6º Grau Mestre do Real Segredo-Zacheita/que recebe Jesus- Mistério Inefável
7º Grau Ministro Serpente Bronze-Barbelita/Filho do Senhor- Mistério do Grande Nome
FESTAS RELIGIOSAS
ESTAÇÕES DATAS FESTAS COMEMORATIVAS
Inverno 25 de Dezembro Nascimento de Cristo
02 de Fevereiro Conversação com os Doutores
Primavera 25 de Março Batismo
02 de Maio Pregação e luta – Lapidação
Verão 1º de Julho Transfiguração
1º de Agosto Entrada Triunfal e Ceia
Outono 25 de Setembro Morte e Ressurreição
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