quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

MAÇONARIA - ORIGENS INICIÁTICAS - 12.2 - OS FRANCO-MAÇONS - 2ª PARTE

MAÇONARIA
ORIGENS INICIÁTICAS
12.2
OS FRANCO-MAÇONS
2ª PARTE
Para compreender a evolução e as mudanças de um grupo iniciático desta importância, é necessário fazer aqui um histórico sucinto.
Ao princípio, os maçons e pedreiros foram uma corporação das mais possantes e mais afamadas da Idade Média; por isso, encontramos sobre grande número de catedrais e monumentos, tanto civis como religiosos, os emblemas que acabamos de ver nos ritos dos Franco-Maçons. Como todas as corporações, esta possuía ramificações em toda a Europa. Tinha então, como hoje, insígnias e palavras de passe para que um intrujão não se fizesse hospedar por companheiros, sob o pretexto de camaradagem.
Não era então, senão uma espécie de empresa internacional limitada a uma só profissão e é um fato nitidamente averiguado, pois que, encontramos arquitetos estrangeiros levantando monumentos em França, como encontramos arquitetos franceses no estrangeiro. Naturalmente, os companheiros que se visitavam para se aperfeiçoarem no trabalho, consultavam-se uns aos outros e transmitiam oralmente os segredos de sua arte, para chegar a fazer obra mais perfeita que tenha saído da mão do homem.
Por essa razão, a maioria não assinava os seus trabalhos, considerando-os como uma obra coletiva. Era o que se dizia: Todos são um só.
Em certas épocas, especialmente em uma festa do santo patrono da corporação, os ágapes fraternais reuniam os maçons e eles se conformavam com os usos antigos.
É este o curso desta viagem?
Foi este o momento em que Felipe o Belo, destruiu os Templários?
Não se sabe qual o momento em que um ideal iniciático se misturou ao sentimento corporativo.
Certos autores pensam que os Templários não foram estranhos a isso, porque eles haviam tirado do Oriente uma iniciação que inquietou a Igreja oficial e, quando desapareceram tanto quanto a Ordem, deveriam ser tentados a se velarem atrás de uma corporação poderosa, que esposasse seu ideal e seus rancores. Os Templários eram Cavalheiros de São João e veremos que a Franco-Maçonaria não conhece outros Evangelhos, senão o seu Evangelho Iniciático.
Outro indício é o dos símbolos escolhidos, que provêm do Oriente. Como no Oriente, encontramos o ser tal como a Natureza e a Sociedade o formam, figurado pela pedra bruta que deve sofrer o rude contato dos utensílios, antes de vir a ser utilizável. Não foi senão depois da ascese e da iniciação que a pedra bruta se tornou a pedra cúbica, o elemento material purificado e utilizado.
Nada é mais antigo do que este símbolo, que foi dado pelo oráculo de Delfos, como resposta a uma questão de Samianos.
Enfim, o pensamento de construir um Templo a Deus, conforme os dados em que o número goza um papel preponderante parece virem de Jerusalém.
Todavia, toda a fraseologia é tirada da corporação dos maçons e das fórmulas de companheirismo.
Primeiramente, a iniciação comporta três etapas de base ou graus:
O primeiro grau é o do Aprendiz. Que é aquele da criança, do principiante ainda ignorante da profissão que quer abraçar.
Depois, vem o grau de Companheiro. Neste estado, o maçom conhece o mais importante do seu meio de ação, mas ainda não se fez conhecer por uma obra perfeita.
Enfim, sucede o grau de Mestre. O maçom possui neste momento, todos os segredos de sua arte.
Os emblemas são tomados igualmente em um simbolismo das ocupações.
No primeiro grau, graças ao malho e ao cinzel, o aprendiz desbasta a pedra informe.
No segundo grau, servindo-se da régua, do compasso, da alavanca e do esquadro, o companheiro tira do bloco da pedra bruta um cubo perfeito.
Enfim, no terceiro grau, o mestre se utilizará desta pedra cúbica, que virá a ser limpa e polida.
Esta pedra, junta às outras, servirá ao levantar-se o Templo ao qual ela está destinada de antemão.
O próprio Deus é o mestre mais perfeito, pois é o Grande Arquiteto do Universo.
Esta constante mudança, este aperfeiçoamento da pedra, este domínio de si mesmo que se obtém de grau em grau, é o salário, sempre aumentando segundo os méritos do maçom.
Ao abrigo destas aparências, vê-se, pois, que existiam elementos iniciáticos, porém, este ensino foi muito transformado. Ao começo, era o mesmo ensinamento que encontramos em todas as iniciações, ensinamento adaptado às necessidades do Ocidente e da classe, aliás, muito extensa, na qual era administrado.
Certamente, no começo da maçonaria, a teoria dos renascimentos fazia parte das revelações concedidas ao adepto. Não é, pois, efetivamente, o fim de todas as iniciações? Mas, em nossos dias, sob o efeito de uma ciência absolutamente materialista, a parte mais elevada da iniciação maçônica, a tradição das reencarnações desapareceu; a cadeia iniciática rompeu-se.
Como os antigos companheiros, os Franco-Maçons guardaram sinais e palavras de passe que lhes servem para reconhecimento em todos os países, apesar das diferenças de línguas. Estas palavras e insígnias são as mesmas em todos os países.
Vimos que os Franco-Maçons, foram primeiramente um agrupamento corporativo que, após certos acontecimentos, tomaram uma direção iniciática, conservando, para seu ritual e seus meios de reconhecimento entre irmãos, a antiga tradição dos velhos corpos da idade média.
Vimos, também, que esta iniciação é descoroada de seu mais alto conhecimento e que, se os maçons atuais conhecem em parte a significação dos símbolos de que se servem, guardando a lembrança da utilidade das experiências, como um meio de julgar o caráter e o domínio dos adeptos, ignoram quase totalmente o elemento final que fez a glória dos Mistérios antigos: O símbolo do grão de trigo posto na terra, a necessidade de morrer para renascer em uma vida mais elevada e mais perfeita.
De um centro iniciático, os Franco-Maçons atuais fizeram um organismo social que não é sem utilidade, pois ele teve o pensamento de estender a necessidade da educação pessoal a uma educação coletiva.
Mas este pensamento generoso foi obscurecido por visões políticas, e o processo de educação não se conservou puro.
Longe de compreender como as iniciações de que ela descende, a unidade de todas as religiões em um simbolismo apenas modificado pelos ritos e climas, a Franco-Maçonaria veio a ser um organismo de luta anti-religiosa, o que é contraditório com a tradição esotérica dos santuários.
É a primeira vez que vemos, sob o nome de iniciação, o cometimento de tais erros.
Muito longe destes processos, está o de um Pitágoras ou de um Sócrates, que preferiram amar o mal a praticá-lo.
Estes guardavam a alta direção do verdadeiro iniciado, que pode e deve ser ardente em suas convicções, porém que não se reconhece, jamais, com o direito de violentar consciências; que pensa e deixa pensar livremente, sabendo que a verdade é imortal e que nenhum meio humano pode atingi-la.
Enfim, como chega a superstição quando a tradição se extingue, os ramos são multiplicados em detrimento da unidade do tronco; os ritos são complicados e deformados; as cisões são produzidas e as bases mais essenciais são discutidas.
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