segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

MAÇONARIA - ORIGENS INICIÁTICAS - 12.5 - OS FRANCO-MAÇONS - O APRENDIZ - 5ª PARTE

MAÇONARIA
ORIGENS INICIÁTICAS
12.5
OS FRANCO-MAÇONS
O APRENDIZ
5ª PARTE

Vejamos, rapidamente, em que consistem as experiências maçônicas, antes de tudo, tratemos das experiências do grau de aprendiz.
O profano que se apresenta na Franco-Maçonaria é introduzido em um lugar retirado em que deve despojar-se de todos os objetos de metal que traga.
Esta cerimônia tem por fim advertir que ele deve ser desprendido de todas as coisas que têm um brilho enganador, porque estes vãos atributos, não constituem o fim que o adepto deve atingir.
Em seguida é introduzido numa sala isolada, chamada Câmara de Reflexão, o fim desta curta reclusão é levar o novo adepto a cuidar daquilo que ele quer fazer, não considerando a Franco-Maçonaria como uma espécie de limite.
O adepto deve morrer para o mundo, separar-se – ao menos na parte de sua vida que consagra a estes estudos – das preocupações cotidianas, uma vez na Loja, deve morrer para estas preocupações mundanas e mercantis.
O postulante deve, então, fazer o seu testamento, que não é a disposição de seus bens depois de sua morte, mas um testamento filosófico, no qual ele renuncia a sua vida passada e adota um novo projeto de vida futura.
O postulante deve imitar o grau de trigo que já tivemos ocasião de encontrar nos Mistérios de Eleusis; vai ser privado de uma parte de suas vestimentas, tendo este simbolismo a sua razão de ser.
Nos Mistérios, os hierofantes deviam explicar aos iniciados o mito do grão que se fende, brota e renasce à superfície do solo para recomeçar um novo ciclo, com tanto ardor que cada primavera parece surpreender a terra pelo brotar espontâneo de tantos germes, mortos em aparência e, entretanto, vivos.
O recipiendário, introduzido no Templo, com os olhos vendados. Não é ainda adepto, nem mesmo um um aprendiz; nada sabe; ainda não vê; não lhe é permitido senão sentir, então, passa pela experiência do gládio.
A primeira viagem é a do Ar, reminiscência das iniciações egípcias; o vento afasta as impurezas do trigo e de outros grãos quando eles são colocados em lugar de sopro de ar; assim o homem, transportado pelo sopro do espírito, é purificado de suas impurezas.
É durante a segunda viagem que se realiza a purificação pela Água. Nenhuma purificação foi mais usada nas iniciações antigas. Vimo-la no Egito. Encontramo-la na Judéia com o batismo de João, que a retomou na Igreja cristã. Vimos, também, que uma imersão total precedia à iniciação dos Mistérios de Eleusis. De qualquer maneira, esta purificação do corpo é a imagem da purificação da alma, primeiro resultado da iniciação.
A terceira viagem é a que comporta a experiência do Fogo. Nenhuma experiência é mais qualificada para notar as tradições do Egito. Vimos que no interior da Pirâmide, o adepto devia fazer seu caminho no meio dos braseiros. O cerimonial maçônico simplificou esta experiência. O iniciado deixa-se penetrar pelo calor que se desprende sem queimar.
Vitorioso entre as chamas, o postulante é submetido a uma nova experiência: a do Cálice de amargura. Apresenta-se ao postulante uma bebida doce que se torna em amargor.
Se cumprir verdadeiramente a filosofia iniciática, a adversidade passageira deste mundo não poderá abatê-lo; a ingratidão e a maldade dos homens não devem surpreendê-lo.
Colocado diante do altar, candidato promete aplicar as suas forças e toda a sua inteligência à pesquisa da verdade, consagrar-se inteiramente ao triunfo sublime da justiça.
A luz lhe é concedida.
O Venerável Mestre o investe no grau de aprendiz, e o proclama membro ativo da Loja. O aprendiz recebe os pares de luvas brancas que simbolizam pureza.
O trabalho dos aprendizes, que é o aperfeiçoamento de sua personalidade, é assim descrito pelo ritual: “Eles trabalham em desbastar a pedra bruta, a fim de que a despoje de suas asperezas e a aproxime de uma forma em relação com o seu destino”.
A pedra bruta, como vimos, é o homem tal como o te feito a natureza e a sociedade; é ainda completamente penetrado de matéria e seu julgamento adormecido é falsificado pela anteposição dos interesses materiais e pelas paixões.
Dois utensílios lhe são para isso: o malho e o cinzel.
O cinzel é o julgamento, mas o julgamento é sem ação, do mesmo modo que é sem força, se o malho não lhe presta o seu rude apoio.
Este malho representa a vontade quando é bem dirigida. Um não pode passar sem o outro e o seu desenvolvimento criou já um feliz equilíbrio na personalidade do aprendiz.
Se o malho existisse só, seria uma força cega que, batendo sobre a pedra, a quebraria em mil pedaços, em lugar de lapidá-la.
A vontade é uma força admirável, mas também, se ela não for conduzida por um juízo esclarecido, será má, tanto para aquele que a possui, como para aqueles que sofrem os seus efeitos.
Tais são os ensinamentos do grau de aprendiz. Tal é o simbolismo de suas experiências e de seus ritos. Seu fim parece-nos claramente: leva o homem ao conhecimento próprio, a aperfeiçoar-se, porém, não chegará a esse fim senão com os utensílios confiados ao companheiro.
Sites maçônicos:
www.pedroneves.recantodasletras.com.br
www.trabalhosmaconicos.blogspot.com
SAIBA COMO ADQUIRIR O LIVRO: ANÁLISE DO RITUAL DE APRENDIZ MAÇOM – REAA VISITE O SITE: www.pedroneves.recantodasletras.com.br
CLICAR EM LIVROS À VENDA.

Nenhum comentário: