domingo, 5 de outubro de 2008

RESUMO DAS SETE INSTRUÇÕES

Resumo das Sete Instruções

“Pai se vedes que estou trilhando o caminho que conduz à Verdade e ao Bem, que não me faltem os recursos necessários!”

Limitado pela escassez de espaço e de meus conhecimentos para resumir em duas páginas as Sete Instruções obrigatórias recebidas, apresento itens inclusos nas mesmas.
São elas tão importantes que mesmo não havendo Aprendizes, em uma sessão de Grau I, a Instrução será ministrada para recapitulação e recordação de seus ensinamentos.
. É imprescindível, porém, que os Irmãos, ao receber seu Ritual, façam dele seu “livro de cabeceira”, não apenas acompanhando sua leitura na “Ordem do Dia”, mas acima de tudo, praticando os ensinamentos nele contidos.
O título de Aprendiz significa em qualquer dos ritos, “um que aprende”. Eis porque os Irmãos desse Grau não têm direito de discutir e votarem os assuntos em debate dentro da Loja, salvo os que referirem à admissão de profanos, filiações ou regularizações de outros Irmãos. Enquanto não alcançar a plenitude dos seus direitos, a missão do Aprendiz resume-se em estudar, ouvir¸ ver e calar.
Ao iniciar este trabalho, verifiquei logo no início da primeira instrução um ensinamento muito profundo que é: O aperfeiçoamento humano, desvencilhando-se o homem de seus defeitos e paixões, para poder igualmente junto com seus irmãos dedicar-se à construção do edifício da moral da humanidade, obra primeira da Maçonaria.
A união da família maçônica, fraterna, leal e sincera, forma uma corrente de elos tão fortes, capaz de remover montanhas.
Citada tantas vezes, ”desbastar a Pedra Bruta”, de grande e elevado significado, consiste em trabalhar no desbastamento das arestas da mesma para adquirir conhecimentos do simbolismo e da respectiva interpretação filosófica orientados pelos nossos Mestres.
As três colunas de nossa Loja, Sabedoria, Força e Beleza, são a nossa orientação e a sustentação perante todas as dificuldades apresentadas no dia-a-dia. Paralelamente, irmanadas do mesmo espírito de divindade, encontramos três palavras de grande significado moral: Fé, Esperança e Caridade que devem ornar o espírito e o coração de qualquer ser humano e principalmente dos maçons, cujos ensinamentos de moral, de amor ao próximo, de fraternidade, devem ser espalhados aos quatro ventos da Terra.. A sinceridade, a coragem e a perseverança, deverão ser companheiros inseparáveis do maçom.
A existência do Grande Arquiteto, Criador do Universo e de tudo que existiu, existe e existirá é uma verdade comum entre nós. Crer num ente superior não é exclusivo do maçom, mas de qualquer um que consiga observar ou sentir a natureza.
A Maçonaria é um culto para conservar e defender a crença na existência de DEUS, para ajudar o Maçom regular a sua vida e conduta sobre os princípios de sua própria religião.
A Maçonaria tem tido todo o cuidado de não definir o G.’.A.’.D.’.U.’., deixando plena liberdade aos seus adeptos para que dele façam uma idéia, de acordo com a sua fé e a sua filosofia. Nada se inculca aos neófitos, nem se lhes pede menhum ato de fé, em relação a qualquer revelação sobrenatural.
O Pavimento de Mosaico (ou simplesmente Pavimento Mosaico) formado de ladrilhos quadriláteros, alternados em branco e negro, símbolo de relevante importância. O significado simbólico compreende várias interpretações, sendo a mais comum a mistura das raças, das condições sociais¸do dualismo em todoxs os aspectos exotéricos e esotéricos.
A rigor todo o piso da Loja deveria ser ladrilhado com alternância do branco e negro; por comoididade e economia, é feito apenas um símbolo e colocado na parte central e nobre.
Os Irmãos das suas colunas observam frontalmente esse pavimento para ter sempre presente o simbolismo do dualismo. O dualismo impõe uma escolha; não se pode abarcar ao mesmo tempo a presença e a ausência, o dia e a noite.
A Solidariedade, ou seja, “União”, correspondência daqueles que estão unidos por um ideal, de modo que, o que afeta um, afeta também o outro.
A Solidariedade é ação recíproca. Na Ética, é o dever moral de assistência entre os membros de uma sociedade, que se julga formando um todo.
Em Maçonaria, a idéia de solidariedade é apresentada com maior ênfase e como a própria base da fraternidade que deve existir entre os Maçons.
O maçom cultiva a Solidariedade, não apenas no aspecto da solidariedade, mas na forma do misticismo, na permuta dos pensamentos, na Cadeia de União, nos bons e maus momentos. Este sentimento é continuamente lembrado pelo giro do Tronco de Solidariedade que circula em todas as Reuniões Maçônicas.
Um templo maçônico é sustentado por 12 colunas que representam os 12 signos, assim, fica claramente demonstrado o quanto que simbólicamente o nosso Templo representa o Universo. Temos também as romãs, que mostram os bens produzidos pela influência das estações, representam as L ojas e os maçons espalhados pela superfície da terra; suas sementes intimamente unidas nos lembram a fraternidade e a união.
Mas, para podermos estar em condições de receber a Luz da verdade, cuja doutrina tem por base O Grande Arquiteto do Universo, que é Deus, é necessário desvencilharmo-nos dos defeitos e paixões, simbolizados no desbastar das asperezas da Pedra Bruta.
Trabalhando do meio-dia à meia-noite, com o maço, que representa a inteligência e o cinzel, a razão; inteligência e razão nos tornam capazes de discernir o Bem do Mal.
Na Maçonaria, para só falarmos de um número, dizemos que tudo gira em torno do número três; é empregado em variadas facetas dos trabalhos, dos embremas e dos escritos maçônicos; desde a bateria do Grau, de sua idade simbólica. A entrada do Templo, na marcha deste Grau, o maçom desenvolve três passos terminados por três esquadrias; em seguida faz três saudações às três Luzes que representam três virtudes: Sabedoria, Força, Beleza. Simboliza esotericamente os três pontos que apomos ao nosso nome, as qualidades trinárias que devem ornar todo coração formado na forja maçônica¸ quais seja o Amor (Sabedoria), a Virtude (Força) e a inteligência (beleza).
Convém se ter em vista o lema principal da Ordem, definido em três palavras inspiradoras de três princípios: Liberdade, Igualdade, Fraternidade.
Concluindo – Procuramos selecionar e apresentar, dentro de cada uma das sete instruções, o tema que mais nos cativou o espírito, louvado em nosso julgamento ou apreciação pessoal. Se nos fosse perguntado qual o critério adotamos para opção dos assuntos abordados em duas páginas, diria que foi o mesmo que usaria para fazer um retrato falado em sete minutos, das regiões de meu Brasil.
Falaria das belezas naturais do Pantanal, a maior bacia inundável do mundo, de sua vegetação e fauna variadas; da arquitetura de Brasília; discorreria sobre os grandes rios das bacias Amazônicas e Tocantins, do “Rio Mar”, da vegetação, da floresta tropical, do estrondo da pororoca; realçaria a contribuição do negro escravo e de sua contribuição; dos imigrantes estrangeiros e da migração dos nordestinos, das atrações de Campos do Jordão/SP, de Ouro Preto/MG, das praias catarinenses, do Parque Nacional do Iguaçu; das Serras gaúchas; da pradaria que se perde no horizonte do Rio Grande do Sul; da Imagem do Cristo Redentor, engastado no alto Corcovado/RJ; do Sol de ouro, do céu de anil, onde desponta o Cruzeiro do Sul e assim resumiria o amor que devoto a Maçonaria e ao meu País.

Valdemar Sansão – M.’.M.’.
vsansão@uol.com.br

Fonte de Consulta – Obra “Benvindo à Maçonaria” - Valdemar Sansão (aguardando publicação).

Um comentário:

anatolio pereverzieff disse...

Para quem não conhece e sempre faz críticas aí está um tema de relevante importância. Que bom termos "livres pensadores" operando as pedras brutas para termos uma qualificação melhor. Erguendo templos a virtude e sepulcro aos vícios que enodoam nossos cerébros.
anatoliopereverzieff