domingo, 5 de outubro de 2008

MAÇONARIA - ORIGENS INICIÁTICAS - 7.5 - A GRÉCIA - OS MISTÉRIOS DE ISIS

MAÇONARIA
ORIGENS INICIÁTICAS

7.5
A GRÉCIA
OS MISTÉRIOS DE ISIS

Os Mistérios de Isis, que estudamos no Egito, sobreviveram na Grécia e exerceram uma grande influência.
É verossímil que estes Mistérios sofreram profundas modificações. As cerimônias magníficas foram suprimidas, os ritos simplificados. Isis, na forma egípcia, não foi jamais, propriamente falando, uma divindade adorada na Grécia.
Mas, o que é certo é que este culto foi a origem de novas formas religiosas e filosóficas. Pode-se afirmar que os cultos isíacos foram os inspiradores de numerosos cultos e de diversos agrupamentos secretos, de que os mais célebres foram os Mistérios de Eleusis que, com elementos, completamente transformados, haviam conservado a fórmula religiosa e um ritual tão complicado quanto harmonioso. São os Mistérios que guardam os ensinamentos do grande Orfeu. Os ensinamentos de Pitágoras, ainda que profundamente penetrados de ensinamentos do Egito iniciático, foram exclusivamente laicos. Seus iniciados não rendiam a Deus um outro culto senão o de seu próprio aperfeiçoamento e sua adoração não se traduzia por cerimônias de espécie alguma.
Veremos, em seguida a este estudo, que Pitágoras não veta seu ensinamento propriamente dito, mas restringe, por diversas medidas e experiências severas, o número daqueles que se tornam seus discípulos, não guardando senão aqueles que eram verdadeiramente dignos.
Consideramos hoje este conhecimento como uma idéia das mais simples e naturais, porém homens foram mortos – Sócrates é o mais célebre – por terem falado abertamente em uma época onde esta certeza não se confiava senão aos iniciados dos Templos.
O iniciado recebia comunicação da doutrina dos renascimentos corroborando a da imortalidade da alma.
Plutarco resume este ensinamento com a legítima altivez do iniciado, quando diz: “O vulgo crê que não existe mais nada além da morte. Para nós, iniciados como todos somos nos ritos secretos de Baco e testemunhas destas cerimônias santas, sabemos que existe um futuro”.
Este futuro era muito explicitamente demonstrado. Segundo as lições secretas, a alma existia antes do corpo, e estava em vista de um aperfeiçoamento para o qual era submetida às encarnações sucessivas, que a punha em constante e cruel contato com a matéria. Esta matéria devia acabar por ser submetida; mas antes era preciso que ela fosse dominada pelo espírito, que ela se destacasse tão completamente quanto possível.
Os mistérios ensinavam, pois, uma superior moral, feita para divinizar o homem, dar-lhe a mais alta consciência de seus deveres e de sua personalidade.
Aos olhos dos adeptos, a iniciação era a passagem desta vida a uma vida quase divina.
Vê-se que o iniciado, no Egito, devia, em última análise, sofrer a experiência do sepulcro, deixar-se enterrar, morrer, em uma palavra, merecendo assim o nome dado aos adeptos hindus, o de dwija: duas vezes nascido.
É o mesmo na Grécia, e todos os heróis, todos os grandes desceram aos infernos. Vê-se por Ulisses, Hércules, Orfeu e Teseu que, por diversos motivos, desceram ao reino da sombra e se tornaram vencedores.
Morrer e ser iniciado se exprimem por termos semelhantes.
Segundo a característica que se queria fazer representar pela lenda, dava-se ao iniciado um ou outro motivo para esta descida aos Infernos, mas os trabalhos e os resultados eram sensivelmente os mesmos.
No Egito, a crença geral era que, quando o julgamento que segue o morto era favorável, ele ia gozar a felicidade perfeita, confundindo-se na luz clara e eterna de Amom-Ra.
Na Grécia, o morto vivia no Tártaro ou nos Campos Elísios, segundo o que ele tinha merecido por sua vida precedente.
No ensino místico, tanto na Grécia como no Egito, uma nova vida começava para o defunto.
Os Mistérios de Isis foram os inspiradores de todos os Mistérios que se espalharam logo em todos os paises civilizados, como também os dos Cabiras, os deuses do fogo, adorados na ilha de Chipre, de Júpiter em Creta, de Mitra na Pérsia e na Ásia Menor, de Baco e de Ceres na Grécia.
Estes últimos celebravam-se, sobretudo, em Eleusis e reclamam um estudo particular.
São ainda, como vimos, aos Mistérios de Isis que se referem aos ensinamentos de Orfeu e de Pitágoras, este último puramente moral e social, ao contrário do primeiro que unia mística à poesia.
Os três maiores movimentos iniciáticos que floresceram na Grécia, foram os de Orfeu, Pitágoras e os Mistérios de Eleusis.

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