quinta-feira, 10 de abril de 2008

MAÇONARIA - INICIAÇÃO - SESSÃO SOLENE

SESSÃO SOLENE DE INICIAÇÃO

CAPÍTULO 1

COMENTÁRIOS

CANDIDATOS

São aceitos aqueles a quem consideramos que tenham bons costumes, que acreditem em um Ser Supremo Criador do Universo, de tudo que existiu, existe e existirá, e na sobrevivência do espírito após a morte. Que seja livre, ou seja, que não esteja sujeito a entraves sociais, que o privem, momentaneamente, de parte de sua liberdade e o que é pior, o tornem escravo de suas próprias paixões e de seus preconceitos. È, precisamente desse jugo que se deve libertar aquele que aspire pertencer a Ordem Maçônica. Assim, o homem que voluntariamente, abdica de sua liberdade, deve ser excluído da Ordem, porque, não sendo senhor de sua própria individualidade, não pode contrair nenhum compromisso sério.



CAPÍTULO 2

A LOJA

Sobre uma câmara, tem a forma de um quadrilongo, possuí três portas, uma no oriente, uma no ocidente e uma ao sul , em cima de cada uma as palavras, Sinceridade, Coragem, Perseverança. A sua entrada principal era pela porta do ocidente, onde havia duas colunas ocas de bronze, encimadas por romãs, e que era antecedida por uma imensa sala.
No seu interior, havia uma abóbada azul, sustentada por doze colunas, semeada de estrelas e nuvens, com os emblemas do Sol, da Lua e inúmeros outros astros, o seu piso, era um pavimento com quadrados brancos e pretos, tendo a sua orla dentada. No centro há um livro representando o Código de Moral, baseado no amor ao próximo; que cada um respeita e segue; a filosofia, que cada qual adota e, enfim a fé, que os governa. No oriente o local de assento do Venerável Mestre, no ocidente e no sul se assentam os seus dois Vigilantes. Em cada um destes locais há uma janela, só não há janela em sua parte norte.

COMENTÁRIOS

As Lojas, podem variar em sua estrutura física ou de posicionamento dos oficiais, devido aos ritos adotados e disponibilidade dos irmãos, mas, o básico geralmente é sempre o mesmo.

CAPÍTLO 3

A CAMARA DE REFLEXÕES

O seu acesso era através da ampla sala que antecedia a entrada do palácio.
No local reina a escuridão iluminada por uma vela, ali, os pretendentes aguardam as respostas de seus pedidos de ingresso, como candidatos e, em caso afirmativo, fazem o seu testamento. Tem uma cadeira, uma pequena mesa com um candelabro de uma vela, papel, tinta e pena para se escrever, uma bilha de água, um pedaço de pão, um crânio e duas tíbias cruzadas, uma ampulheta, a figura de uma foice e de um galo, a palavra VITRIOL, as letras ALFA e ÔMEGA. Traçado nas paredes, as seguintes palavras: Vigilância e Perseverança! Se a curiosidade aqui te conduz, retira-te! Se temes ser descoberto os teus defeitos, sentir-te-ás mal entre nos! Se fores capaz de dissimulação, treme, porque te penetraremos e leremos o fundo de teu coração! Tem-se apego às distinções humanas, sai, porque não se conhece isso aqui! Se tua alma sentiu medo, não vás mais longe! Se perseverar, serás purificado pelos Elementos, sairás do abismo das trevas e verás a Luz! Poder-se-á exigir de ti os maiores sacrifícios, mesmo o de tua vida; és capaz de fazê-lo?

COMENTÁRIOS

O ambiente é propício para meditação e pensar sobre a instabilidade da vida humana.
Recebem então, a informação sobre o que é ser Maçom. São homens escolhidos, cuja doutrina tem por base o Supremo Ser Universal, o GADU, que é Deus; como regra, a Lei Natural; por causa, a Verdade, a Liberdade e a Lei Moral, por princípio, a Caridade, a Fraternidade e a Igualdade; por frutos, a Virtude, a sociabilidade e o progresso; por fim, a felicidade dos povos, que, incessantemente, ela procura reunir sob sua bandeira de paz. Assim, Ordem Maçônica nunca deixará de existir, enquanto houver o gênero humano.
Toma ciência de quais são seus deveres em caso de ser aceito. Honrar e venerar o Deus de seu coração, a quem agradece, as boas ações que pratica para com o próximo e os bens que lhe couberem em partilha; tratar todos os homens, sem distinção de classe e de raça, como seus iguais; combater a ambição, o orgulho, o erro e os preconceitos; lutar contra a ignorância, a mentira, o fanatismo e a superstição, que são os flagelos causadores de todos os males que afligem a Humanidade e entravam o progresso; praticar a Justiça recíproca, como verdadeira salvaguarda dos direitos e dos interesses de todos, e a tolerância, que deixa a cada um um o direito de escolher e seguir sua religião e suas opiniões; deplorar os que erram, esforçando-se, porém, para reconduzi-los ao verdadeiro caminho; enfim ir em socorro do infortúnio e da aflição. O Maçom cumprirá todos esses deveres porque tem a Fé, que lhe dá coragem; a perseverança, que vence os obstáculos e o devotamento,que o leva a fazer o Bem, mesmo com o risco de sua vida e sem esperar outra recompensa que a tranqüilidade de consciência.


CAPÍTULO 4

PREPARAÇÃO

Na câmara de reflexões para onde é conduzido vendado, o candidato, é recebido por um guia que lhe diz: “eu sou vosso guia; tendes confiança em mim e nada receeis”.
O candidato devera ter nu, o lado esquerdo do peito e a perna direita, até o joelho e, substituído o sapato do pé direito por um chinelo.
Deverão ser lhe arrecadados os valores monetários e colocados em uma bandeja e guardados com o tesoureiro.
Depois de assim preparado, o guia, retira-lhe a venda por traz e diz-lhe: “profano, eu vos deixo entregue às vossas reflexões; não estareis sós, pois Deus, que tudo vê, será testemunha da sinceridade com que ides responder as nossas perguntas”. A sociedade a que desejais fazer parte pede que respondais as perguntas que vos apresento; de vossas respostas depende a vossa admissão no seu seio. Quando tiver terminado chame através desta campainha.
As perguntas são:
Quais são meus deveres para com o criador do Universo?
Quais são meus deveres para com a humanidade?
Quais são meus deveres para com a Pátria?
Quais são meus deveres para com a família?
Quais são meus deveres para com o próximo?
Quais são meus deveres para convosco?
Data e assinatura

COMENTÁRIOS

Nas iniciações, em fraternidades iniciáticas, o modo de preparar o candidato pode variar, de acordo com ritos adotados, tudo com a finalidade de levar o candidato a pensar sobre a instabilidade da vida humana, não se trata de querer humilhar os candidatos, tudo tem a sua razão de ser.




INICIAÇÃO


o Venerável diz: (após sua aprovação em loja),. Guia, podeis informar-me se na câmara das reflexões está algum candidato que pretenda ser iniciado em nossos augustos mistérios?
Sim, venerável, o profano F... , aguarda na câmara o momento de ser iniciado.
O venerável: Meus irmãos, tendo ocorrido regularmente o processo para a admissão do profano F... , é chegado o momento de sua recepção como sabeis, esse ato é um dos mais solenes da nossa Sublime Instituição, pois não devemos esquecer que, com a aceitação de um novo membro nesta Loja, vamos dar um novo irmão à Família Maçônica Universal. se algum de vós tem observações a fazer contra essa admissão, deve declara-las leal e francamente.

Venerável: Os irmãos que aprovam que se proceda a iniciação do candidato F.... , queiram se manifestar. (se for aprovado).
Guia, ide ao lugar onde está o profano e dizei-lhe que, sendo perigosas as provas por que tem de passar, é conveniente que faça o seu testamento e, ao mesmo tempo nos traga as respostas das questões que submetemos ao seu espírito para bem conhecermos os seus princípios e do merecimento de suas virtudes. Após cumprir a solicitação o guia entrega as respostas ao orador, que as lê em voz alta.
Venerável: Meus irmãos, estão satisfeitos com as respostas do profano? ( se for sim).
Irmão Orador, dai-me as vossas conclusões.
Venerável, se razões especiais não impuserem o contrário à vossa sabedoria e prudência, eu, em nome desta Loja e de acordo com as Leis que regem a nossa Instituição, respeitosamente vos solicito que se proceda a iniciação do profano F... .´
O Venerável diz: Guia, acercai-vos do profano e dizei-lhe que dele esperamos a necessária coragem para sair vitorioso da provas a que vamos submete-lo. Preparai-o segundo nossos usos e trazei-o à porta do Templo. Recolhamo-nos, meus irmãos, ao mais absoluto silencio.
O Guia, cumpre as determinações e conduzindo o profano à porta, onde bate.
O Guarda do Templo, entreabre a porta e diz em voz áspera e alta: Quem és temerário, que te arrojas a querer forçar a entrada deste Templo? O guia responde por ele, suspendei vossa espada, pois, ninguém ousaria entrar neste recinto sagrado sem vossa permissão. Desejoso de ver a luz, este profano vem humildemente pedi-la. Ao que o guarda Diz: Admiro-me muito, meu irmão, que em vez de virdes meditar conosco nos augustos mistérios que procuramos desvendar, deles vos alheeis, conduzindo a este Templo, um curioso, talvez um dissimulado. E para o interior do Templo diz: è o irmão guia, que conduz à porta do Templo um profano desejoso de ver a luz.
O Venerável pergunta ao Guia: Porque viestes interromper nosso silêncio, conduzindo à nossa Loja um profano para participar de nossos mistérios? Como poderia ele conceber tal esperança?
Ao que o Guia responde: que o pretendente é livre e de bons costumes, informando seus dados
O venerável pergunta: Meus irmãos, ouvistes o que declarou o Guia. Se concordais com o desejo do profano, se o julgais digno de receber a revelação de nossos mistérios, manifestai-vos. (Sendo aprovado).
Sendo então franqueado o ingresso do candidato no Templo, com a ponta da espada em seu peito.
O Venerável pergunta: Senhor, Vedes alguma coisa, sentis alguma impressão?
O candidato: .......
O Venerável diz: A arma cuja ponta sentis, simboliza que, ferindo vosso coração, há de perseguir-vos, se fordes traidor à associação a que desejais pertencer. Também serve para advertir-vos de que deveis vos mostrar acessível às verdades que se sentem e não se exprimem. O estado de cegueira em que vos encontrais é o símbolo das trevas que cercam o mortal que ainda não recebeu a Luz para guia-lo na estrada da virtude. Que quereis, senhor? Por que vindes perturbar as nossas cogitações?
O candidato: ....
O Venerável diz: E esse desejo é filho do seu coração? É por vossa vontade, sem constrangimento algum, que vindes pedir admissão entre nós?
O candidato: ....
O Venerável diz: Refletir bem! Não conheceis os dogmas, as leis e os fins da Sublime Ordem a que desejais pertencer. A Maçonaria não é uma sociedade de auxílios mútuos ou de caridade; Ela tem responsabilidades e deveres para com a sociedade e para com a humanidade. Preocupada com o progresso e adstrita aos princípios de uma severa Moral, assiste-lhe o direito de exigir de seus integrantes o cumprimento de sérios deveres, além de enormes sacrifícios.
Somos partículas da humanidade, e guiamo-nos pelo ideal com os quais obtemos sempre todas as certezas humanas. Abraão, preparando-se para sacrificar o próprio filho, representa uma grande alegoria de devotamento e de obediência. Assim também a sociedade e a Pátria podem levar seus filhos ao altar do sacrifício, quando necessário for, para o bem das gerações vindouras. Nossa Ordem exigirá de vós um juramento solene e terrível, prestado já por muitos benfeitores do reino. Todo aquele que não cumprir os deveres de Maçom em qualquer oportunidade, nós o consideramos traidor à Maçonaria.
Já passastes pela primeira prova – a da Terra – pois é isso o que representa o compartimento em que estivestes encerrado e em que fizestes as vossa últimas disposições. Ainda vos restam, porém, outras provas para as quais é necessária toda a vossa coragem. Ainda uma vez, refleti, senhor, se vos tornardes Maçom, encontrareis nos nossos símbolos a realidade do dever. Não deveis combater somente vossas paixões e trabalhar para o vosso aperfeiçoamento, mas tereis, ainda, de combater outros inimigos da humanidade, como sejam os hipócritas que a enganam, os pérfidos que a defraudam, os ambiciosos que a usurpam, e os corruptos e sem princípios que abusam da confiança dos povos. A estes não se combate sem perigos.
Tendes a firmeza precisa para afrontar todos os perigos a que vai ser exposta a vossa coragem? Senti-vos com energia, coragem e dedicação para combater o obscurantismo, a perfídia e o erro?
Candidato:.....
O Venerável diz: Pois que essa é vossa resolução, não respondo pelo que possa acontecer, diz o Rei.
Guia Levai o candidato e o conduzi-o por esses caminhos escabrosos por onde passam os temerários que aspiram conhecer nossos arcanos.
O guia o conduz até um plano inclinado de onde é arrojado e, antes de cair e sustentado, dando prova de resignação e coragem.
Senhor, é somente através dos perigos, e das dificuldades que se podem vencer as provas. Embora a Maçonaria não seja uma religião e proclame a liberdade de consciência, tem, contudo uma crença: Ela proclama a existência de um princípio criador ao qual denomina G .’. A .’. D .’. U .’.. É por isso que nenhum Maçom se empenha em uma empresa sem primeiro invocá-lo. Guia fazei o candidato se ajoelhar ante o altar do 2º Vigilante.
Senhor, tomai parte na oração que, em vosso favor, vou dirigir ao senhor dos mundos e autor de todas as coisas. Ajoelhe-se.
Eis-nos, oh! G .’. A .’. D .’. U .’. , em quem reconhecemos o infinito poder, e a infinita misericórdia, humilde e reverentes a teus pés.
Contém nossos corações nos limites da retidão e dirige nossos passos pela estrada da virtude, dá-nos que, por nossas obras, nos aproximemos de ti, que és uno, e subsistes por ti mesmo, e a quem todos os seres devem a existência. Tudo sabe e tudo domina; invisível aos nossos olhos, vês no fundo de nossas consciências. Digna-te, oh! G .’. A .’. D .’. U .’., proteger os obreiros da paz, aqui reunidos; anima o nosso zelo, fortifica nossas almas na luta das paixões, inflama nossos corações com o amor da virtude e guia-nos para que, sempre perseverantes, cumpramos as tuas leis. Presta a este pretendente, agora e sempre, tua proteção e ampara-o com teu braço onipotente em todos os perigos por que vai passar.
Assim Seja!
Senhor, nos extremos lances de vossa vida, em quem depositais a vossa confiança?
Candidato: .....
Pois que confiais em Deus, levantai-vos e segui com passo seguro o vosso guia e nada receeis.
O candidato, é levado ao ocidente do Templo.
O Venerável diz: Senhor, antes que esta assembléia consinta em admitir-vos às provas, deveis sondar o vosso coração, esperando que respondais, com sinceridade e franqueza, pois, vossas respostas não nos ofenderão.
Que idéias, que pensamentos, vos ocorreram quando estáveis no lugar sombrio de meditação onde vos pediram que escrevesses a vossa última vontade?
Candidato: .....
Em parte já vos dissemos com que fim fostes submetido à primeira prova – A da Terra.
Os antigos diziam existir quatro elementos. A Terra, a Água, o Ar e o Fogo. Vós estáveis na escuridão e no silêncio, como um encarcerado numa masmorra, e cercado por emblemas da mortalidade e de pensamentos alusivos, principalmente para compelir-vos a refletir séria e profundamente antes de realizardes um ato tão importante como o da iniciação em nossos mistérios. A caverna onde estivestes, como tudo que nos cerca, é simbólica. Os emblemas que aqui existem vos leva, certamente, a refletir sobre a instabilidade da vida humana, lição trivial sempre ensinada e sempre desprezada. Desejais vos tornar um verdadeiro Maçom, deveis, primeiramente extinguir as vossas paixões, os vícios e os preconceitos mundanos que ainda possuirdes, para viverdes com virtude, honra e sabedoria.
Senhor, credes em um princípio criador?
Candidato: .....
Essa crença, que enobrece vosso coração, não é exclusivo patrimônio do filósofo nem do Maçom.
Desde que o selvagem compreende que não pode existir por si mesmo, que alguém deveria ter criado a majestosa natureza que o cerca, é levado, instintivamente, a admirar e a cultuar esse Criador incriado, a quem rende tosco, mas sincero culto como o Ente Supremo e Grande Arquiteto dos Mundos.
Senhor, que entendeis por virtude?
Candidato: .....
Senhor, é também, uma disposição da alma que nos induz à prática do bem.
Que pensais ser o vício?
Candidato:.......
Senhor, é também, tudo que avilta o homem. É o hábito desgraçado que nos arrasta para o mal. É para impormos um freio salutar a essa impetuosa propensão, para elevar-nos acima dos vis interesses que atormentam o ser humano comum, e acalmar o ardor de nossas paixões, que nos reunimos neste Templo;Aqui, trabalhamos para adaptar nosso espírito às grandes afeições e a só concebermos idéias sólidas de virtude, porque, somente regulando nossos costumes pelos eternos princípios da moral é que poderemos dar à nossa alma esse equilíbrio de força e sensibilidade que constitui a ciência da vida.
Esse trabalho é muito penoso e, por isso, deveis refletir bem antes de vos fazerdes Maçom; Pois se fores admitido entre nós, a ele tendes de vos sujeitar com satisfação.
Senhor, preferis seguir o caminho da virtude ou do vício? O da Maçonaria ou do mundo profano?
Candidato:.....
Senhor, toda ordem tem leis particulares e todos associados deveres a cumprir, como não seja justo sujeitar-vos a obrigações que não conheceis, ouvi a natureza desses deveres. Irmão Orador, dizei ao profano quais são os deveres que terá de cumprir se persistir em partilhar dos bens da Ordem.
Orador: O primeiro é o mais absoluto silêncio acerca de tudo quanto para o futuro chegardes a ouvir, ver saber e descobrir entre nós!
O segundo dos vosso deveres, o que faz com que a Maçonaria, seja o mais puro dos ideais, sobre ser uma das mais nobre e respeitáveis instituição humana, é o de vencer as paixões ignóbeis que desonram o homem e o tornam desgraçado, cabendo-vos a prática constante das virtudes, socorrer os irmãos em suas aflições e necessidades, encaminha-los na senda da virtude, desviá-los da prática do mal e estimula-los a fazerem o bem, pelo exemplo que derdes de tolerância, de justiça, do respeito à liberdade, exigências primordiais da nossa Sublime Instituição.
O que, em um profano, seria uma qualidade rara, não passa no Maçom, do cumprimento elementar de um dever. Toda a ocasião que ele perde de ser útil é uma infidelidade, todo socorro que recusa dar é um perjúrio e, se a terna e consoladora amizade tem o seu culto em nossos templos, é menos por ser um sentimento do que por ser um dever que transforma em virtude.
O terceiro de vosso deveres, e a cujo cumprimento só ficareis obrigado depois de vossa iniciação, é o de vos sujeitardes conscientemente à Constituição, aos estatutos e aos regulamentos que nos regem.
Agora, que conheceis os principais deveres de um Maçom, dizei-me se vos sentis com forças e se persistis na resolução de vos sujeitardes à sua prática.
Candidato: ......
Senhor, ainda exigimos de vós um juramento de honra que deve ser prestado sobre a taça sagrada. Se sois sincero, bebei sem receio, mas, se no fundo de vosso coração se oculta alguma falsidade, não jureis! Afastai antes essa taça e temei o pronto e terrível efeito dessa bebida. Consentis no juramento?
Candidato:......
O Guia leva o candidato ao oriente e Apresenta-lhe a Taça Sagrada.
Repeti, comigo o vosso juramento: Juro guardar o mais profundo silêncio – sobre todas as provas a que for exposta minha coragem. – Se eu for perjuro e trair os meus deveres, - se o espírito da curiosidade aqui me conduz, consinto que a doçura desta bebida (bebe alguns goles) se converta em amargor, - e o seu efeito salutar em sutil veneno ( bebe o restante).
O Venerável lhe diz em voz alta: Que vejo, altera-se o vosso semblante, A vossa consciência desmentiria, porventura, as vossas palavras de sinceridade? A doçura dessa bebida mudar-se-ia em amargor? Retirai o pretendente!
O candidato é arrastado para fora do oriente.
Após alguns instantes, ouve novamente a voz que lhe diz: Senhor, não quero crer que tenhais o intuito de enganar-nos. Entretanto, ainda podeis vos retirar se assim o quiserdes.
Bebestes da Taça Sagrada da boa ou da má sorte, que é a taça da vida humana. Consentimos que provásseis a doçura da bebida e, ao mesmo tempo, foste levado a esgotar o amargo do seu fel. Isso vos lembrará que o Maçom, deve gozar os prazeres da vida com moderação, não fazendo ostentação do bem que goza, desde que vá ofender o infortúnio. Refleti bem, senhor; qualquer irreflexão vos poderá ser prejudicial, porque se avançardes mais um passo será tarde para recuardes. Persistis em entrar para a Maçonaria?
Candidato:....
O Venerável diz: Guia, fazei o candidato sentar-se na cadeira das reflexões.
Senhor, Que a obscuridade que vos cerca e o horror da solidão seja os vossos únicos companheiros. Um longo tempo se passa.
Já refletiste, senhor, nas conseqüências de vossa pretensão? Pela última vez dizei-me, quereis voltar para o mundo profano ou persistis em conquistar um lugar entre os Maçons?
Candidato: .....
O Venerável diz: Guia, apoderai-vos desse profano e fazei-o praticar sua primeira viagem. Empregai todos os esforços para livra-lo do perigo e vós, senhor concentrai vossa atenção nas provas a que vos submeterdes para que possais aprender o seu caráter misterioso e emblemático. Procurai penetrar a sua significação oculta, porque a escuridão que estais não pode interceptar a vossa vista intelectual. Na Maçonaria, nada faz que não tenha razão de ser. Esforçai-vos por compreender, porque dos resultados desses esforços dependerá toda a extensão dos conhecimentos que, como Maçom, deveis adquirir.
O Guia, faz o candidato, percorrer um caminho cheio de obstáculos, estranhamente ele ouve sons de trovão, subitamente uma ventania parece querer arrasta-los, chegando ao altar do 2º Vigilante, da três pancadas, é perguntado com a voz firme. Quem vem lá?
O guia responde: É um profano que deseja iniciar-se em nossos augustos mistérios.
E como ele pode conceber tal esperança?
Porque é um homem livre e de bons costumes, porque quer contribuir para a realização da solidariedade humana e porque, estando nas trevas, deseja a luz.
Se assim é, que passe.
O candidato é conduzido até o ocidente e, o guia diz que o profano terminou com coragem, a sua primeira viagem.
O Venerável diz: Esta primeira viagem, com seus ruídos e obstáculos, representa o segundo elemento - o Ar – símbolo da vitalidade, emblema da vida humana com seus tumultos de paixões e suas dificuldades; os ódios, as traições, as desgraças que ferem o homem virtuoso, em uma palavra, a vida humana na luta dos interesses e das ambições, cheia de embaraços aos nossos intentos. Vendado como vos achais, representais a ignorância, incapaz de dirigir seus esforços sem um guia esclarecido. Este símbolo, porém se adapta a uma série de grandes concepções.
É o símbolo da Família, onde a criança, incapaz de se dirigir, necessita do amparo e guia de seus pais; da Sociedade, onde a inteligência de um pequeno grupo conduz as massas ignorantes que não podem se governar; da Humanidade, onde os povos mais inteligentes conduzem e dominam os mais atrasados.
Se quiserdes, ainda, um símbolo mais elevado, vede os mundos, no seu caminhar incessante através do éter, girando com velocidade vertiginosa, sem o mínimo rumor, qual um pássaro que fende o ar com as suas asas. Esses mundos infinitos em número, pesando milhões e milhões de toneladas, estão sujeitos a leis fixas e imutáveis, às quais obedecem cegamente, qual vós ao vosso guia.
Mas senhor, a expressão simbólica de vossa cegueira e da necessidade que tendes de quem vos conduza, representa o domínio que o vosso espírito, esclarecido pelos sãos ensinamentos, deve exercer sobre a cegueira das vossas paixões, transformando a materialidade dos sentimentos comuns, que acaso existam em vós, em puros sentimentos de Maçônicos, criando em vós mesmo um outro ser pela espiritualização e elevação de vossos sentimentos; tereis, então, retirado a venda material que prende vossa alma e não mais precisareis de guia em vosso caminho. Foi para isso que aqui batestes, pedindo para ver a luz.
São estes os ensinamentos dessa primeira viagem. A Maçonaria, porém ensina-nos a suportar todos os reveses da sorte, proporcionando-nos consolação salutar e grandes compensações.
Estais disposto a vos expor aos riscos de uma outra prova.
Candidato:....
O Venerável diz: Guia, fazei o profano praticar a segunda viagem, livrando-o dos abismos e enchendo-o de coragem.
O guia o leva a percorrer um caminho mais plano. Mas, durante o trajeto ouve-se o tinir de espadas, grito, sente o suor de outros corpos contra o seu, sente que o bramir de espadas às vezes passa perto de seu corpo, o seu guia o livra de abismos e o enche de coragem.
Chegando ao altar do 1º Vigilante, repete as batidas, e precipitadamente em tom alto lhe perguntam, quem vem lá?
O guia responde: um profano que pretende nascer de novo, quer iniciar-se Maçom.
E como ele pode conceber tal esperança?
Porque quer instrui-se, aperfeiçoar-se e, estando nas trevas deseja a luz.
Se assim é, seja purificado pela água.
O Guia leva o candidato até o mar de bronze e mergulha as mãos dele na água.
O Guia informa que está feita a segunda viagem.
Passaste pela terceira prova – a da Água.
A água em que mergulhaste é o símbolo da pureza da vida Maçônica. Vossas mãos, jamais devem ser instrumento de ações desonestas. Purificadas, conservai-as limpas. Nas antigas provas de ingresso, a purificação da alma fazia-se pela água, imagem também do oceano da vida, com as furiosas vagas das ilusões.
Ouvistes, nessa prova, o entrechocar de armas, combates a arma branca. Eles simbolizam o perigo que encontrareis para sairdes vitorioso no combate às vossas paixões, no aperfeiçoamento de vossos costumes. Guiado como estáveis, representais o discípulo e o mestre, vivendo harmonicamente, fraternalmente. Um ministrando com desvelo a experiência e a virtude que adquiriu e o outro solícito, deixando-se conduzir.
O amparo que vos foi prestado nessa viagem é a segunda manifestação da solidariedade humana, sem a qual as atuais gerações, não fortalecidas, deixam de concorrer para o progresso das gerações futuras.
Menos penosa que a primeira, essa prova também significa que a constância e a perseverança nas lutas contra os vícios do mundo têm por termo a paz de consciência.
É determinado ao guia que faça a terceira viagem com o profano. Em seguida o seu guia o conduz por um caminho sem obstáculos, chegando a ouvir uma suave melodia. Ao chegarem ao altar do Venerável, onde repete as batidas, e lhe perguntam, quem vem lá?
O guia responde: É um profano que aspira ser nosso irmão e amigo.
E como ele pode conceber tal esperança?
Porque presta culto à virtude e, detestando a ociosidade, promete contribuir com o seu trabalho para a liberdade, a igualdade e a fraternidade social e, porque, estando nas trevas deseja a luz.
Pois que assim é, passe pelas chamas do fogo sagrado para que de profano nada lhe reste.

O guia faz o candidato passar por um estreito caminho, entre as chamas que os envolve, o calor é sufocante.
O Venerável diz: As chamas que vos envolveram, simbolizam o batismo da purificação. Purificado pela água, o fogo eliminou as nódoas do vício. Estais, simbolicamente, limpo. Esse fogo, cujas chamas simbolizam também aspiração, fervor e zelo, deve lembrar-vos que deveis aspirar a verdadeira glória, trabalhando ininterruptamente pela causa em que nos empenhamos e que é do povo e da felicidade humana. Tudo até aqui, passou sem perigo; antes porém de serdes iniciado em nossos mistérios, deveis passar pelo batismo do sangue. Se vos sentis cheio de valor para vos sacrificardes pelo serviço da Pátria, da Ordem e da Humanidade, com risco da própria vida, deveis selar vossa profissão de fé com o vosso sangue, estais disposto a isso?
Candidato: ....
A vossa resignação nos basta. O batismo do sangue não é um símbolo de purificação; é o batismo do heroísmo e da dedicação do soldado e do mártir;vossa resignação é o penhor solene de que jamais faltareis ao cumprimento de vossos deveres de Maçônicos, por medo ou terror do perseguidor ou do tirano. Lembrando-vos do sangue derramado, em todas as épocas, pela perseguição, aumentareis vossa tolerância na defesa dos sagrados direitos da consciência. Vosso valor e vossa dedicação já vos dão o direito a serdes recebido entre nós; antes, porém, devo mandar imprimir em vosso peito o cunho inextinguível que vos tornará reconhecido por todos os Maçons do Universo.
O 1º vigilante diz: Graça, Venerável.
Graça lhe seja concedida, pois, um sinal desta natureza é inútil, porque não penetra no coração onde a mão de Deus imprimiu o selo da Caridade.
Agora quero experimentar vossos sentimentos, antes de realizarmos os vosso desejos. Há Maçons necessitados, viúvas e órfãos a socorrer, sem ostentação nem publicidade, pois, a beneficência Maçônica não se traduz por atos de vaidade, próprios aos que dão com orgulho humilhando a quem recebe. Podeis fazer uma doação de modo que ninguém veja o que doou para os desgraçados que devemos socorrer?
Candidato: ....
Senhor, não foi nosso intuito colocar-vos em situação embaraçosa e, muito menos, humilhar-vos. Quisemos, com o pedido, lembrar-vos duas coisas: 1ª - Que estais despido de tudo que representa valor monetário, a que chamamos metais, estais simbolicamente despido das vaidades e do luxo da sociedade. 2ª - A angustia que deve sentir um coração bem formado quando se encontra na impossibilidade de socorrer a miséria e as necessidades suportadas pelos deserdados da fortuna.
Estas duas interpretações simbólicas de vossa privação de valores, servem, ainda, para demonstrar-vos que só damos valor às qualidades morais, servindo os metais apenas para socorrer os nossos semelhantes.
Deveis, como final de vosso ingresso, prestar uma promessa solene; esta só deve ser prestada livremente. Ouvi com atenção a fórmula desse juramento, que não é incompatível com os deveres morais, cívicos ou religiosos. Se notardes alguma coisa que seja contrária à vossa consciência, o que eu não creio, declarai-o com franqueza, porque, sendo ele tão solene, só deve ser prestado livremente. Prestai atenção e refleti bem antes de vos decidirdes.
Orador: - Juro e prometo de minha livre vontade e por minha honra, em presença do G .’. A .’. D .’. U .’. , e dos membros desta Loja, nunca revelar os mistérios da Maçonaria que me vão ser confiados senão em Loja regularmente constituída, nunca os escrever, gravar, imprimir, ou empregar outros meios pelos quais possa divulga-los.
Comprometo-me defender e proteger meus irmãos esparsos pelo mundo, em tudo que puder e for necessário e justo.
Prometo, também conservar-me sempre cidadão honesto e digno, submisso às Leis do País, amigo de minha Família e Macem sincero, nunca atentando contra a honra de ninguém.
Juro e prometo, ainda, reconhecer nesta jurisdição, a Mui Respeitável (GLM, GOB, COMAB, UNILOJAS, etc...) da qual esta loja depende; seguir suas leis e regulamentos; bem como, todas as decisões ou ordens legais e legítimas dos que vierem a ser ser meus superiores maçônicos, procurando aumentar e aperfeiçoar os meus conhecimentos, de acordo com os Landmarks e as Leis da Ordem e do Rito Escocês Antigo e Aceito; Procurarei tornar-me, sempre um elemento de paz, de concórdia e de harmonia no seio da Maçonaria; repelirei toda e qualquer associação ou seita que, por juramento, prive o homem dos direitos e dos deveres de cidadão e de sua liberdade de consciência.
Tudo isso prometo cumprir sem sofisma, equívoco ou reserva mental e consinto, se faltar à minha palavra, em ser excluído de toda a sociedade de homens de bem, que então, deverão ver em mim um ente sem honra nem dignidade.
Venerável Mestre: - Senhor, ouviste a fórmula do juramento que vos exigimos. Agora refleti sobre a gravidade do ato que ides praticar e das obrigações que deveis assumir. Respondei com toda a franqueza, consentis em prestar este juramento?
Candidato: .....
Venerável: Meus Irmãos, já formastes vossas conclusões sobre o processo de iniciação do profano F........, se o julgais digno de permanecer entre nós e consentis em sua admissão definitiva, manifestai-vos pelo sinal.

Venerável: Senhor, chegou o momento de receberdes o prêmio de vossa firmeza e confiança. Irmão Mestre de Cerimônias, faça o candidato ajoelhar-se ante o altar para prestar seu solene juramento.

De pé e à ordem, meus irmãos, o iniciando vai prestar seu solene juramento. Já ouvistes e meditastes no juramento que ides prestar. Vou lê-lo novamente e a cada uma de minhas perguntas, respondereis: EU O JURO!
Senhor, jurais e prometeis por vossa livre vontade, por vossa honra e vossa fé, em presença do G .’. A .’. D .’. U .’. , e de todos os Maçons espalhados pela superfície da Terra, dos quais somos aqui os legítimos representantes, nunca revelar os mistérios da Maçonaria que vos forem confiados, senão em Loja regularmente constituída; nunca os gravar, traçar, imprimir ou empregar outros quaisquer meios pelos quais possais divulgá-los?
Candidato: EU O JURO
Jurais ainda defender e proteger vossos irmãos esparsos pelo mundo em tudo que puderdes e for necessário e justo?
Candidato: EU O JURO
Jurais, também, conservar-vos sempre cidadão honesto e digno, submisso às Leis do País, amigo de vossa Família e Maçom sincero, nunca atentando contra a honra de ninguém?
Candidato: EU O JURO
Jurais e prometeis reconhecer como Autoridade Maçônica nesta Jurisdição, a ( GLM. GOB, COMAB, UNILOJAS, ETC...), da qual depende esta Loja, seguir suas leis e regulamentos, bem como, todas as decisões ou ordens legais e legítimas dos que vierem a ser meus superiores maçônicos, procurando aumentar e aperfeiçoar os vossos conhecimentos, de acordo com os Landmarks e as Leis da Ordem e do REAA (YORK, ADONIRAMITA, BRASILEIRO, FRANCÊS, MISRAIM, SCHRODER, ETC...) procurando sempre vos tornardes um elemento de paz, de concórdia e harmonia no seio da Maçonaria, repelindo toda e qualquer associação, seita ou partido que, prive o homem de seus direitos e deveres de cidadão?
Candidato: EU O JURO
Agora, senhor, repeti as palavras que vou ditar-vos e que são o complemento de vosso juramento.
As palavras do juramento maçônico são repetidas pelo candidato.
Assim Seja!
Senhor, prestastes vosso juramento solene. De hoje em diante estais ligado para sempre à nossa Ordem e ao Rito... – Jurastes obediência ao Governo da Ordem e aos seus chefes.
Todos ficam de pé, empunhando a espada com a mão esquerda, voltadas em direção ao candidato.
Venerável: Irmão 1º Vigilante, sobre quem se apóia uma das colunas deste Templo, agora que a coragem e perseverança deste candidato fizeram-no sair vitorioso do porfiado combate entre o homem profano e o homem Maçom, que pedis em seu favor?
1º Vigilante: Luz, Venerável Mestre.
Venerável: No princípio do mundo disse o G .’. A .’. D .’. U .’. :
FAÇA-SE A LUZ!
E A LUZ FOI FEITA!
A LUZ SEJA DADA AO CANDIDATO!
O Mestre de Cerimônias: Desvenda o Candidato.
Venerável: Sic Transit Glória Mundi!
Não vos assustem essas espadas voltadas para vós. Elas significam que em todos os Maçons encontrareis amigos dedicados e leais, verdadeiros, irmãos, prontos a auxiliar-vos no transes difíceis da vossa vida, se respeitardes e observardes escrupulosamente as nossas leis. Querem também, dizer que entre nós encontrareis quem zele pelas leis e pela pureza da Maçonaria, quando sejam ameaçadas por faltardes ao vosso dever e aos vossos compromissos. Pela direção que tomam, são as irradiações intelectuais que cada Maçom projetará, de hoje em diante sobre vós. Empunhadas com as mãos esquerdas, lado do coração, aludem ainda, aos eflúvios simpatia que de todos os lados se concentram sobre vós, recebido com grande alegria no seio da Família a que agora pertenceis.
As espadas são embainhadas, e o Mestre de Cerimônias faz o candidato ajoelhar-se.
Venerável: à G .’. do G .’. A .’. D .’. U .’.
Em nome e sob os auspícios da Mui Respeitável GLM (GOB, COMAB, UNILOJAS, ETC...), DE ACORDO COM A Constituição do REAA (YORK, SCHRODER, ADONIRAMITA, ETC... ), e em virtude dos poderes que me foram conferidos por esta Loja, eu vós constituo Aprendiz Maçom e vos recebo como membro ativo de seu quadro. (com a espada por sobre a cabeça do agora neófito, dá três pancadas na lâmina da espada com a mão direita).
Meu Irmão, recebei este avental, a mais honrosa insígnia do Maçom, pois, é o emblema do trabalho, a indicar que nós devemos ser sempre ativos e laboriosos. Deveis usá-lo e honrá-lo, porque, jamais, ele vos desonrará.
Sem ele não podereis comparecer às nossas reuniões, mas, também, não deveis usa-lo para visitar uma Loja em que haja um Irmão contra o qual tenhais animosidade ou com o qual estejais em desarmonia. Deveis antes e nobremente restabelecer vossas relações de fraterna e cordial amizade. Reatadas elas, podereis, revestido de vossa insígnia, trabalhar em Loja. Mas, se, desgraçadamente, não puderdes restabelecer as vossas relações, melhor será que vos retireis, antes que a paz e a harmonia da Loja sejam perturbadas com a vossa presença.
Obedecendo a uma antiga tradição ofereço-vos dois pares de luvas; um é para vós. Pela sua alvura, vos recordará a candura que deve reinar no coração dos maçons, e ao mesmo tempo, vos avisará de que devereis manchar as vossas mãos nas impurezas do vício ou do crime. O outro será para oferecerdes àquela que mais estimardes e quem mais direito tiver ao vosso respeito, afim de que ela vos recorde constantemente os deveres que acabais de contrair para com a Maçonaria. Este oferecimento tem, também, por fim prestar homenagem à virtude d mulher que, mãe, esposa, irmã ou filha, é quem nos traz consolação, conforto e alento nas amarguras, nas atribulações e nos desfalecimentos de nossa vida.
Agora, meu irmão, receba, o abraço fraternal que vos dou por todos os Obreiros desta Loja, os quais crentes na sinceridade de vossas intenções, esperam encontrar em vossa ação maçônico-social, a prática dos sãos e sublimes princípios da verdadeira Maçonaria.
O neófito é conduzido para recompor suas vestimentas fora do Templo. Após o seu retorno, são lhe devolvidos os seus pertences e lhe dito: O falso brilho das coisas não deve, doravante, iludir-vos porque já percorrestes o primeiro ciclo de uma transformação radical de vosso ser, pois, fostes purificado intelectual e moralmente.
Em seguida, o neófito recebe algumas instruções, e é proclamado Aprendiz Maçom..
PEDRO NEVES .’. M .’. I .’. GR .’. 33
PÉRICLES NEVES .’. M .’. I .’. GR .’. 33
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