terça-feira, 13 de maio de 2008

MAÇONARIA - VIRTUDE ( POLIDEZ - HUMOR )

MAÇONARIA
VIRTUDE

Inicialmente, para falarmos sobre virtude, definiremos o que seja Metafísica. Segundo Aristóteles (o pai da metafísica) a palavra vem, etimologicamente, do grego meta = depois de, além de , physis = natureza ou físico. Metafísica é um ramo da filosofia que estuda a doutrina da virtude e a essência do mundo.Ontologicamente, o centro da metafísica estuda as classes das coisas que estão no mundo e suas relações entre si, tentando explicar como as pessoas entendem o mundo e a sua existência, bem como a natureza do relacionamento entre o objeto e suas propriedades, espaços, tempo, causalidade, e possibilidade.
O filósofo Immanuel Kant, estudioso e autor da grande obra sobre a Metafísica do Costume e da Doutrina do Direito e a Doutrina da Virtude, vivendo no século XVIII, em 1797, definiu a Metafísica como: “aquilo que genericamente constitui o conhecimento puro e especificamente o juízo moral, a priori. Kant descola este objetivo, bem como o substantivo correspondente (Metafísica) do plano e disciplina que ocupavam na filosofia pré-Kantiana (com origem na filosofia grega), ou seja, a ontologia, para a gnosiologia”.
Kant, em sua obra, definiu Virtude como uma força máxima (alimentada pelo empenho e a coragem), tendo a coragem como destaque, “Coragem é a disposição ou faculdade moral caracterizada pela determinação e resistência diante da ação injusta do outro”.
O filósofo André Comte-Sponville, em seu livro “O Pequeno Tratado das Grandes Virtudes”,” conceitua virtude como uma força que age ou pode agir. O autor cita o exemplo de uma planta ou de um remédio, que tem a função de tratar, de uma faca, que é a de cortar, ou de um homem, que é a de agir humanamente. Os gregos, por sua vez, dizem que a virtude é poder, mas um poder especifico”.
Aristóteles, o grande e imortal filósofo, define a virtude como a disposição adquirida de fazer o bem, uma vez que ela é o próprio bem, em espírito e em verdade.


O filósofo, Comte-Sponville tem uma visão ampla sobre o assunto. Segundo ele, o indivíduo carrega como virtude, por exemplo:

A Polidez A Gratidão
A Fidelidade A Humanidade
A Prudência A Simplicidade
A Temperança A Tolerância
A Coragem A Pureza
A Justiça A Doçura
A Generosidade A Boa - Fé
A Compaixão O Amor
A Misericórdia O Humor

Aqui vamos, sumariamente, dissertar sobre A Polidez e O Humor.

A POLIDEZ

Alguns filósofos relatam que a polidez é talvez a primeira virtude e a que deu origem a todas outras virtudes.
O autor classifica a polidez como uma pequena virtude. Diz também que a polidez independe da moral.
Os filósofos classificam a polidez como um valor ambíguo, podendo valorizar tanto o melhor como o pior do indivíduo. Citam alguns exemplos desta ambigüidade. “ Que um canalha polido não é menos ignóbil que o outro, talvez o seja até mais”. Este canalha pode ser polido cinicamente. Um bruto crasso, grosseiro, inculto, assustador cuja violência é nativa e bitolada é explicável incultura.
“A moral é como uma polidez da alma, um saber viver de si para consigo (ainda que se trate, sobretudo, do outro.), uma etiqueta da vida interior, um código de nossos deveres, um cerimonial do essencial. Inversamente, a polidez é como uma moral do corpo, uma ética do comportamento, um código da vida social, um cerimonial do essencial”.
A polidez não é uma virtude, mas é secundária e está ao lado da virtude ou da inteligência. Logo, os seres inteligentes são virtuosos e não estão dispensados da polidez.
Enfim, concluímos que todos os seres são virtuosos e possuidores de inteligência e de polidez e que facilmente trabalhamos para melhoria dela.



HUMOR

Define-se humor como uma forma de divertir e comunicar humanamente, fazendo com que as pessoas riam e se tornem felizes.
A terapia antiga grega usa o humor como uma mistura de fluido, humores, controlados pela saúde e emoção humana.
O humor é a principal manifestação do conhecimento cultural, religioso e do costume.
No decorrer dos séculos, o humor expressa o modo de vida da sociedade e é vital para a condição humana.
Alguns filósofos relatam que o humor é amplamente estudado e dificilmente definido. O mesmo se manifesta na psicologia, na arte e no pensamento.
O humor é o contrário da ironia, assim Comte-Sponville diz: “A ironia fere, o humor cura; A ironia pode matar, o humor ajuda a viver. A ironia quer dominar; o humor libertar. A ironia é implacável; o humor é misericordioso. A ironia é humilhante, o humor é humilde”. “O humor transforma a tristeza em alegria, a ironia diz não, humor diz sim, sim apesar de tudo, sim apesar dos pesares, inclusive a tudo o que humorista, enquanto indivíduo, é incapaz de aceitar”.
O humor é determinante na personalidade de quem sorri, podendo ser interpretado filosoficamente no âmbito da moral – social. Torna-se mais profundo quando na intimidade humana e revela a complexidade da consciência dos que o rodeiam.
O humor é uma categoria cômica bem subjetiva e muito individual. Forma cômica é bastante independente, ou seja, não depende da situação sócio – racial – econômica do ser humano. O humor é praticamente genético, por isso “Há tantos humores como humoristas”.
São Thomas Aquino afirma que: “O humor é necessário para vida humana. Segundo ele” o sono está para o repouso corporal assim como humor está para o repouso da alma.”Resumidamente, S. Thomas Aquino diz que o humor é “ o bem útil ”.
Finalmente, o humor não pode ser em excesso, porque aqueles que exageram no brincar tornam-se inoportunos.
O autor Comte-Sponville revela:“o humor é uma virtude leve, virtude inessencial, virtude engraçada, em certo sentido, pois caçoa da moral”.

Bibliografia:
· Comte-Sponville, André. Polidez, humor. In: Pequeno Tratado das Grandes Virtudes. Edição 3, SP, ed.: Martins Fontes, 1995, pág. 13 – 21; pág. 229 – 240.
· Kant,Immanuel. Metafísica dos costumes. SP.Ed.: Edipro,2003.
· http//pt.Wikipedia.org/wiki/Metafisica
· http//pt.wikipedia.org/wiki/humor

CARLOS GOMES DA SILVA .’. M .’. M .’.
PEDRO NEVES .’. M .’. I .’. GR .’. 33
SITE: http://www.pedro/neves.recantodasletras.com.br

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