quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

MAÇONARIA - ORIGENS INICIÁTICAS - 8.1 - MOISÉS

MAÇONARIA
INICIÁTICAS

8.1
MOISÉS

A iniciação hebraica revestiu-se de uma forma decerto mais sombria e mais feroz que as iniciações egípcias e gregas, é certo que ela deve a sua forma atual à direção deste grande homem que foi inspirado por Deus.
O legislador de Israel, era filho de um israelita, mas, no momento de seu nascimento, a quantidade de meninos judeus fez o Faraó temer que o Egito fosse destruído. Havia dado ordem bárbara de que todas as crianças dos hebreus do sexo masculino fossem mortas, logo no momento de nascer.
As mulheres que eram destinadas a estes cuidados sempre cheias de repugnância, infringiam as ordens da autoridade. A criança chamada Asarsiph por sua mãe, não podia ser escondida por mais tempo; um grito ouvido por um guarda egípcio poderia perde-lo. Eis porque a mãe, confiante na bondade dos poderes superiores, colocou-o em uma cesta de rosas e deixou-o flutuar sobre o Nilo, perto do lugar onde a filha do Faraó, Termutos, tinha o costume de se banhar com suas damas. Era em 1705 A . C.
Como a mãe havia secretamente esperado, a jovem princesa viu a criança e teve piedade; procurou uma ama para lhe proporcionar os cuidados e a mãe sentiu-se assaz feliz por isso.
Recebeu, então, o nome de Moisés (salvo das águas) e deram-lhe como protegido da filha do Faraó, uma instrução muito vasta nos santuários do Egito.
A iniciação hebraica se relaciona diretamente com a iniciação egípcia, e isto não foi um mistério para os Judeus, pois que vemos nos Atos dos Apóstolos (cap.VII, v. 22):
“Moisés, tendo sido instruído em toda a Sabedoria dos Egípcios, era um homem poderoso em obras e palavras”.
Estrabão, visitando o Egito, recebeu dos sacerdotes a mesma revelação. Afirmou-se que Moisés tinha sido sacerdote de Osíris. Eis o texto de Estrabão que se refere à existência de Moisés antes que o êxodo tenha tirado os hebreus da terra do Egito:
“Moisés era um padre de Osíris que ocupava uma parte do país meridional”.
“Em dissidência com o culto exterior, deixou o nomo, seguido de uma multidão de homens que adoravam a Divindade à sua maneira. Ele professava que o simbolismo zoológico mantinha o povo no erro, a respeito das coisas sagradas; que o simbolismo andrológico dos Libios e dos Gregos, tinha o mesmo inconveniente; que, se o Deus vivo se manifesta através do Universo inteiro, é uma razão para não particulariza-lo, emprestando-lhe uma das formas parciais do Cosmos”.
“Ajuntava que se devia limitar a adorar o Inefável em um templo digno dele, circundado de um território consagrado, mas desprovido de qualquer imagem representativa, de qualquer signo e de qualquer atributo figurado”.
Recomendava que homens escolhidos dormissem no Templo, para receber as comunicações oneirocríticas ou outras que interessassem ao indivíduo ou à sociedade.
“Segundo Moisés, o homem da sabedoria e da Justiça merecia esta graça, e devia colocar-se sempre em estado de receber o benefício, sempre digno de ser honrado pela manifestação da Suprema Vontade”.
“Nada, em Moisés, indicava intolerância”.
“Deus e as ciências que se ligavam a seu culto: eis qual era a sua força”.
“Um território neutro para fundar um Templo, uma Universidade de Deus: eis qual era o seu fim”.
“Prometia instituir uma religião, uma síntese social, sem exação sacerdotal, sem as fantasias imaginativas, sob o pretexto de revelação, sem sobrecarga de formalismo, sem o impudor das práticas”.
“Moisés adquiriu um grande poder sobre a opinião pública destas paragens”.
Há, pois, apesar das profundas semelhanças nas doutrinas, uma grande diferença na realização entre a iniciação do Egito e a que Moisés levou ao povo hebreu.


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terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

A MAÇONARIA E A IGREJA CATÓLICA

A MAÇONARIA E A IGREJA CATÓLICA
Cícero José da Silveira (*)
Sempre tive um desejo de escrever uma matéria sobre o relacionamento entre a Igreja Católica e a Maçonaria, mas o tempo vai passando, as obrigações vão se avolumando e o esquecimento fez perecer a nossa intenção.
Mas ao ler os jornais locais desta sexta-feira (14/11/2008), na parte “Opinião”, me deparei com a matéria escrita pelo nosso Bispo Diocesano Dom Redovino Rizzardo, intitulada “Sou Católico e Maçom: qual é o problema?.
Pois bem, é uma matéria oportuna, escrita por uma autoridade eclesiástica na qual tenho a maior admiração e respeito, e procurarei sempre admira-lo como sempre o fiz, mas como católico e maçom, não posso deixar de complementar tão importante matéria e dizer o porquê continuo católico e maçom.
Antes de adentrar na maçonaria, como já disse, sempre fui católico e era na ocasião coordenador de grupos de jovens em Montes Claros-MG, ocasião em que recebi o convite para fazer parte da mesma.
Ao ser convidado, estranhei, pois, eu que sou católico, juntamente com toda a minha família, receber um convite desse poderia atrapalhar o meu relacionamento com a Igreja Católica, embora já sabedor que os principais postulados para me tornar maçom seria o de admitir a existência de um criador do Universo, que para mim é Deus e ser proibido de discutir ou criar controvérsias dentro dos templos maçônicos sobre assuntos relacionados a matéria político-partidária, religiosa, racial.
Procurei as autoridades eclesiásticas daquela cidade e comuniquei-lhes sobre o convite que havia recebido e qual seria a posição da Igreja Católica sobre o meu ingresso na referida instituição.
Antes de obter uma resposta sobre o meu ingresso ou não, me orientaram a fazer um estudo mais profundo, iniciando pelo Código Canônico, o qual com muito sacrifício o consegui, pois não é em qualquer livraria que o encontramos.
Ao lê-lo, me deparei com o seu prefácio no qual estava escrito o seguinte: “Durante o tempo dos trabalhos, 105 Padres Cardeais, 77 Arcebispos e 12 Bispos, 73 presbíteros seculares, 47 presbíteros religiosos, 3 religiosas e 12 leigos, oriundos dos 5 continentes e de 31 nações prestaram sua colaboração junto à Comissão, como membros, consultores e colaboradores. ... A Pontifícia Comissão para isso constituída, depois de quase vinte anos de árduo trabalho, concluiu felizmente a tarefa que lhe foi confiada. ... Agora, a lei já não pode ser ignorada; os Pastores dispõem de normas seguras com que dirigir retamente o exercício do sagrado ministério; a todos se oferecem aqui meios suficientes para conhecerem os próprios direitos e deveres, excluindo-se, no agir, a via do arbítrio; os abusos que talvez, por falta de leis, se tenham infiltrado na disciplina eclesiástica, poderão ser mais facilmente extirpados e prevenidos;.. .”
O papa João Paulo II, no preâmbulo do Código Canônico, dirigiu a seguinte mensagem: “AOS VENERÁVEIS IRMAOS CADEAIS, ARCEBISPOS, BISPOS, PRESBÍTEROS, DIÁCONOS E DEMAIS MEMBROS DO POVO DE DEUS, JOÃO PAULO BISPO SERVO DOS SERVOS DE DEUS PARA PERPÉTUA MEMORIA – No decorrer dos tempos, a Igreja Católica costumou reformar e renovar as leis da disciplina canônica, a fim de, na fidelidade constante a seu divino fundador, adaptá-las à missão salvifica que lhe é confiada. Movido por esse mesmo propósito e realizando finalmente a expectativa de todo o mundo católico, determinamos, deste dia 25 de janeiro de 1983, a publicação do Código de Direito Canônico já revisto. ... Ao promulgar hoje o Código, estamos plenamente conscientes de que este ano emana de nossa autoridade Pontifícia, revestindo-se, portanto, de caráter primacial. ... Queira Deus que a alegria e a paz, com justiça e obediência, façam valer este Código, e o que for determinado pela Cabeça seja obedecido pelo Corpo. Confinado, pois, no auxílio da graça divina, sustentados pela autoridade dos Bem-aventurados Apóstolos Pedro e Paulo, com plena consciência e acolhendo votos dos bispos de todo o mundo, que com afeto colegial nos

prestaram, colaboração, com a suprema autoridade de que estamos revestidos, por esta constituição a vigorar para o futuro, promulgamos o presente Código, copilado e revisto como se encontra. Determinamos que de ora em diante tenha força de lei para toda a Igreja Latina, e o entregamos, para ser observado, à guarda e vigilância de todos a quem compete. Dado em Roma, a 25 de janeiro de 1983, na residência do Vaticano, no quinto ano do nosso Pontificado. PAPA JOÃO PAULO II”.
Pois bem, ao examinarmos o Cânone 1374, verificamos que o mesmo expressa o seguinte: “Quem se inscreve em alguma associação que maquina contra a Igreja seja punido com justa pena; e quem promove ou dirige uma dessas associações seja punido com o interdito”.
Na sua nota explicativa encontramos o seguinte:
“1374. O Cãnon 2335 do Código de 1917 citava expressamente, como sociedade que maquinaria ou conspiraria contra a Igreja, a Maçonaria. A Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé, em carta enviada a algumas Conferencias Episcopais, com data de 14 de julho de 1974, admitiu como legítima a interpretação daqueles que afirmavam que o citado cânon 2335 se aplicava unicamente aos católicos que se inscrevessem em associações que, de fato, maquinam contra a Igreja. Perante as conclusões abusivas que daí se tiraram, a mesma Sagrada Congregação publicou a 17 de fevereiro de 1981 (AAS 73, pp 240-241) uma Declaração admitindo que a disciplina nessa matéria não tinha mudado e que apenas se admitia uma interpretação benigna do citado cânon.
O novo Código não cita nominalmente a maçonaria, possivelmente por causa da impossibilidade de dar uma norma geral para a multiplicidade e variedades de “obediências” ou corpos maçônicos. Daí, porém, não se pode deduzir que a inscrição numa loja maçônica seja algo indiferente para o católico.
... Por tudo o que foi exposto, de acordo com este Cânon, corresponde ao Ordinário do lugar apreciar se, de fato, no seu território, a maçonaria ou outras sociedades maquinam contra a Igreja. Em todo o caso, é de seu dever advertir contra os perigos apontados, mesmo que não se trate do caso mais grave, de “maquinação”. Isso não tira a possibilidade e mesmo a conveniência de um diálogo sincero entre Igreja e a Maçonaria, como também se tem instaurado em um diálogo, por exemplo, entre a Igreja e o Islamismo, ou inclusive, a Igreja e ateismo.”
Ao fazer um estudo mais profundo sobre a palavra RELIGIÃO encontrei uma definição que segundo LITTRÉ este afirma que “a religião é um conjunto de doutrinas e práticas que constitui a relação do homem com a potência Divina”, enquanto que para LARROUSSE “a religião é um culto prestado à divindade e as obrigações do homem para com Deus.”
Então, aprendi que a maçonaria não é uma religião, mas sim uma sociedade que tem por objetivo unir os homens entre si. Tem caráter religioso, porque conhece a existência de um único princípio Criador, Regulador, Absoluto, Supremo e Infinito, ao Qual se dá o nome de Grande Arquiteto do Universo, que é Deus.
A Maçonaria não combate, antagoniza ou contradiz com a religião, mas a considera essencial para a evolução e o desenvolvimento do homem. Por abrigar em seu seio homens de qualquer religião e que acreditem em um só Criador, que é Deus, não se exige que haja renuncia de sua religião, mas pelo contrário, que a espiritualidade cresça e aumente a sua crença e religião original.
Portanto, o maçom é obrigado por seu título, a observar a lei moral, e, se compreender bem a Arte, nunca será um ateu ou um libertino religioso.
Assim, se na ocasião em que fui iniciado na Maçonaria não existia nenhum obstáculo que fosse me distanciar da Igreja Católica e hoje já em grau elevado, com conhecimentos mais profundos e com uma aproximação maior entre ambas, estou cada dia mais convicto que não foi em vão a minha opção, pois continuo sendo maçom e católico buscando a cada dia que se passa o polimento da pedra bruta que sou e a aproximação maior de Deus, em busca da salvação da minha alma.
(*) advogado, católico e maçom
(cicero.js@terra.com.br)

REQUISITOS AOS PRETENDENTES À INICIAÇÃO

REQUISITOS AOS PRETENDENTES À INICIAÇÃO

"Por muito que soubermos mui pouco teremos chegado a saber" (Ir.'. Rui Barbosa).

Num clube de futebol, num sindicato de classe ou num partido político, claro é que a campanha de "mais um" seja válida e necessária, porque aí é o "número" o que mais importa. Mas, na Maçonaria, onde os princípios e finalidades são outros, bem diferentes devem ser os processos para admissão de "mais um".
Muitos candidatos são iniciados em nossa Ordem sem os suficientes esclarecimentos sobre o que realmente é e representa. Tal falha resulta em muitas decepções, não só para o Candidato, como para a própria Loja que deveria dar mais amplo conhecimento sobre quem somos e o que fazemos, além de nossos objetivos maiores.
A Maçonaria é um grêmio de teor moral, composto de elementos selecionados no mundo profano. Quase todos são procedentes de um meio social mais elevado e evoluído que o comum. Daí a necessidade da garimpagem maçônica que se assemelha aos cuidados empregados na escolha das "pedras" preciosas e diamantes embrionários, que, tarde ou cedo irão ser transmutados por meio da lapidação, no caso o processo da iniciação.
O que representa maior valor no setor maçônico é a qualidade e não a quantidade de candidatos. A vida e vigor de uma Instituição, sempre dependeram do modo efetivo e reto com que ela cumpra seus objetivos. Para isso acontecer em maçonaria, urge que se faça uma garimpagem profunda acerca dos pretendentes à iniciação nos seus augustos mistérios.
Afinal, o que fazem os Maçons? – Os maçons são dedicados a tornarem-se melhores homens, seja como cidadãos, seja como chefes de família, seja como profissionais, seja em todas as suas demais relações com a humanidade. Os maçons tentam viver e proceder de acordo com elevados princípios éticos e morais ensinados pela maçonaria. Em suas lojas, são constantemente expostos a sessões de instrução e estudos nas quais esses princípios éticos, morais e espirituais são ensinados e debatidos.
Como conseqüência, os maçons são levados a observar, ensinar e praticar os ideais de bondade, honestidade, tolerância, verdade, decência e mútuo entendimento. Preservam e praticam ainda o patriotismo, a benemerência, justiça social e os valores espirituais. Em suas reuniões em loja ou fora dela, os maçons buscam trabalhar para, de alguma forma, se tornarem melhores cidadãos e assim contribuir para uma sociedade melhor.
O que acontece na Iniciação? - Nos casos de pedidos para iniciação, todos os integrantes do quadro social de obreiros da mesma Loja são, tacitamente, havidos como sindicantes aditivos ou complementares.
Fazer de um cidadão um maçom irmão e amigo é uma das obras mais importantes da maçonaria. Por essa razão sugerimos que dentre outras observações, devemos cogitar dos requisitos seguintes:
a) se o candidato exerce profissão honesta e se procede desta maneira, nas suas transações comerciais;
b) se tem instrução suficiente para assimilar e desenvolver o ideário maçônico, uma norma de vida, um objetivo ideal, esforçando-se por discernir a Verdade, através de uma leal e sã investigação, procurando ter uma vida decente e exemplar e trabalhando para o bem-estar geral e a fraternidade entre os homens;
c) se goza no conceito público, nas relações sociais de que disponham, as sociedades ou ambientes que freqüentam, ou se o ingresso desse candidato contribuirá para manter, para elevar o nível da Loja, ou, pelo contrário, a Loja estaria melhor sem ele;
d) se crê no poder das idéias e da nobreza de sentimentos, para reformar o homem e a sociedade, opondo-se, neste sentido, tanto ao materialista quanto ao egoísta;
e) bom será, também, indagar dos seus sentimentos patrióticos, porque são similares com os que devem ser dedicados à Ordem, considerada como designação da segunda pátria dos maçons.
f) se sua conduta é reta e não palmilha o caminho do jogo ou do alcoolismo que causam prejuízos e inconveniências, arruínam a saúde e arrastam aos mais vergonhosos procedimentos. Um alcoólatra caminha desvairado para o abismo onde rolará sua tranqüilidade, sua honra e sua existência. A preservação das virtudes é um mandamento divinizado. Todos os iniciados lutam e labutam no sentido de transformarem os múltiplos aspectos do Mal e das más tendências.
E por fim, se professam ideologia contrária ao espírito da fraternidade humana, se a alma deles está bem formada, se respeitam a Deus, se merecem, ao final, de contas, ser recebidos como irmãos.
São legítimas essas exigências. Nenhuma vantagem ocorrerá à Maçonaria na admissão de um indivíduo tardo de inteligência, cheio de problemas ou dificuldades financeiras, incorreto nas suas transações e que não tenha vida familiar bem orientada.
Ninguém deverá se esquecer que, a partir da iniciação, todos os integrantes da Loja assumem sérios compromissos com o neófito. Mas, é justo que não sejam elementos que lhe possam ser pesados de imediato ao ingresso na Oficina. Mas, para propor-se à iniciação, é exigido, preliminarmente, que o candidato sinta-se libertado dos dogmas do mundo profano, desobrigado das convenções que constituem a base da sociedade humana, bem como descarregado de preconceitos de qualquer natureza.
Então, ele passará, se aceito a uma nova casta de criaturas privilegiadas, com personalidade especial, visto não atender mais à superstições vulgares, não se dobrar a simples interesses de terceiros, não se fazer servil a quem quer que seja.

Quem são os Maçons? – Muitos homens de bem, de diferentes classes sociais, têm pertencido à maçonaria. Políticos, governantes, empresários, líderes religiosos, intelectuais, militares, educadores e benfeitores da humanidade são contados entre os maçons. No Brasil estima-se em 230 mil o número de maçons em todo o território nacional. A Grande Loja Maçônica do Estado de São Paulo (GLESP) tem sob sua jurisdição mais de 600 lojas com um total de aproximadamente 19 mil maçons.
Alguns exemplos de maçons notáveis no Brasil:
Presidentes do Brasil: 1) – DEODORO DA FONSECA, foi o 13º Grão-mestre do Grande Oriente do Brasil; 2) -FLORIANO PEIXOTO,; 3) - PRUDENTE DE MORAES; 4) - CAMPOS SALLES; 5) - NILO PEÇANHA; 6) - HERMES DA FONSECA; 7) - WENCESLAU BRÁS; 8) - DELFIM MOREIRA; 9) - WASHINGTON LUÍS e 10) - JÂNIO QUADROS.
Vultos proeminentes da Maçonaria: José Bonifácio de Andrade, D. Pedro I, Américo Brasiliense, Benjamim Constant, Bento Gonçalves, Casemiro de Abreu, Cipriano Barata, Frei Caneca, Padre Diogo Antônio Feijó, Eusébio de Queiroz, Saldanha Marinho, Rangel Pestana, Francisco Gê de Acaiaba Montezuma (Visconde de Jequitinhonha), Hipólito da Costa, José da Silva Lisboa (Visconde de Cayru), José do Patrocínio, Joaquim Nabuco, José Maria da Silva Paranhos (Juca Paranhos, Visconde do Rio Branco), Lauro Sodré, Luiz Alves de Lima e Silva (Duque de Caxias), Nunes Machado, Quintino Bocaiúva, Castro Alves, Giuseppe Garibaldi, Silva Jardim, Rui Barbosa, Antonio Carlos Gomes, Hervê Cordovil e muitos outros.

Valdemar Sansão – M.’. M.’.
vsansao@uol.com.br

Fontes: Folheto “A Maçonaria Universal “ (GLESP).

TRONCO DE BENEFICÊNCIA

TRONCO DOS POBRES, DE SOLIDARIEDADE OU BENEFICÊNCIA.



No Pontifício do Papa Inocêncio III, 1198 a 1216, surgi o TRONCO DE SOLIDARIEDADE, que era destinado à dádiva. O curioso é que naquela época o tronco de solidariedade continha uma tampa.

Na maçonaria sua introdução é deste a maçonaria operativa, tendo a sua origem na IGREJA CATÓLICA (Igreja dos Judeus), a sua obrigatoriedade de pagamento era denominada de DIZÍMO.

Na maçonaria medieval fazia-se a coleta com muita discrição e colocava-se em uma caixa, em saco ou em outro recipiente, a dádiva era dada de acordo com a condição e a vontade de cada irmão sem prejuízo econômico e sem revelar a quantia dada de cada um, o valor espiritual era aceito na mesma proporção daquele que não contribuía, este valor era dedicadas às viúvas, segundo MARCOS 12: 47, LUCAS 21:1- 4.

Na ritualística maçônica, principalmente a do tronco de solidariedade, ate hoje segue a mesma seqüência da maçonaria operativa onde a discrição, a espiritualidade, a dádiva para as viúvas e o sigilo na contribuição de cada irmão e seu giro procede com a mesma seriedade, mas sendo atribuído somente para solidariedade.

“Para que tua esmola fique em segredo e teu Pai, que tudo vê em segredo, de compensará.” (Mateus 6:41)

A palavra TRONCO origina-se do Francês “TRONC” e denominada pelos irmãos (maçônicos) Francês e consagrado a ação de graça e a pratica da caridade.

Na maçonaria operativa os salários dos Companheiros e Mestres eram pagos com as dádivas do tronco de solidariedade.
Na maçonaria especulativa, a maçonaria atual, não houve muita modificação em sua ritualística em seu giro e sim em sua contribuição da dádiva, ela é feita em comum acordo com todos os irmãos da loja para onde direcionar o tronco, não podendo direcionar para fim festivo ou cobrir gasto da loja.


Carlos Gomes da Silva - M.'. M.'.
paloma@vet.ufmg.br


Bibliografia:


Ardito, João Antônio. O Tronco dos Pobres, de Solidariedade ou de Beneficência. In. Maçonaria Lendas, Mistérios e Filosofia Iniciativa. Editora: Madras, São Paulo, 2002, pág. 83.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

MAÇONARIA - ORIGENS INICIÁTICAS - 7.15 - A GRÉCIA - OS MISTÉRIOS DE ELEUSIS - 3ª PARTE

MAÇONARIA
ORIGENS INICIÁTICAS

7.15
A GRÉCIA
OS MISTÉRIOS DE ELEUSIS
3ª PARTE

Fora dos Grandes Mistérios e dos Pequenos Mistérios, a iniciação antiga compreendia também a Epoptia.
Era uma iniciação superior absolutamente reservada a uma elite recrutada entre os iniciados que manifestassem uma inteligência ou poderes superiores.
Sêneca fala a este respeito nestes termos:
“Há mistérios religiosos que não se revelam de uma só vez; Eleusis reservou segredos para aqueles que a visitarem outra vez”.
A Epoptia só era concedida aos iniciados que se conheciam perfeitamente e, se dermos crédito a Plutarco, precisava ser admitido depois de um ano ao menos aos Grandes Mistérios para ser iniciado.
Se os Mistérios eram defendidos da curiosidade pelos juramentos mais terríveis, acontecia que os Epoptas não podiam mais – e menos ainda, pois que seus segredos tocavam a um domínio mais elevado: - revelar o que havia sido ensinado.
Desde os primeiros graus da iniciação, revelou-se uma certa parte do simbolismo, mas esta revelação se estende com a confiança que se tomava de um adepto melhor conhecido.
Para os Epoptas, operava-se:
1º - É certo que existem relações entre o ser e o Universo. Por exemplo, aproximavam-se por novas e mais decisivas demonstrações as etapas que a alma deve passar para chegar à vida perfeita; estabelece-se sem dúvida, um paralelo entre as mortes sucessivas e os sucessivos renascimentos das estações; adaptavam-se estes nascimentos ao mito de Perséfone, prisioneira nos Infernos e reaparecida à luz para dar vida a tudo que germina, cresce e floresce sobre a terra.
Eis aí matéria para admiráveis desenvolvimentos.
2º - Os iniciados conquistavam, em seguida, uma visão mais nítida do que lhe tinha sido primitivamente revelado por processos psíquicos ou sugestivos, como vimos na representação teatral dos Mistérios divinos, que terminavam na Luz incriada.
3º - Supõe-se também que os últimos segredos concedidos a Epoptia se referissem a métodos de desenvolvimento pessoal.
Este aperfeiçoamento vinha a ser para os homens instruídos a fim da vida e dos renascimentos que os depuram.
Da mesma forma que os iniciados nos Grandes Mistérios, os epoptas tinham uma fórmula de passe. Clemente de Alexandria conservou-nos está fórmula:
“Comi no tímpano. Bebi no címbalo. Levei o Kernos (o van) e me deslizei sob o pastos (câmara nupcial)”.
Tais foram os Mistérios de Eleusis na sua glória.
Foi nestes Mistérios, que o pensamento helênico resumiu o que ele possuía de mais alto na sua iniciação e os maiores espíritos reclamavam a sua entrada em Eleusis como a nota mais certa que eles podiam dar da altura de seu pensamento e da pureza de sua doutrina.
A Grécia caiu nas mãos de Roma, quando cessou de compreender que a união de seus diversos povos era o único elo que podia resistir aos conquistadores que usurpavam sobre a liberdade do mundo inteiro, conduzindo a brutalidade de sua religião, exclusivamente admirativa da força romana; aceitaram a intervenção dos romanos nos negócios de todos os Estados e é neste momento que a glória helênica acabou de declinar.
A religião cristã não tinha conseguido evitar as homenagens e os pedidos de iniciação do que tinha sido o lugar mais santo da terra.
Subia a atais e tão grandes lições este recanto da Ática!
Lá viviam os deuses felizes; os mortais podiam aproximar-se deles e compreender, no esplendor da luz elisiana, a beleza mística da alma pagã em toda a grandeza de seus ensinamentos.
O imperador Teodósio ordenou que o Templo fosse arrasado e suas pedras dispersadas. O pensamento dos deuses gregos estava morto.
E, entretanto, a Grécia tinha fornecido uma constituição bem importante à história iniciática do espírito humano.
Sob a magnífica vestimenta das formas mais harmoniosas, instruíra as nações sob a direção dos mais belos gênios que tenham vivido.
Orfeu transpôs o pensamento em forma de arte, especialmente da música.
Seja como for, dirigiu-se primeiramente ao sentimento pela forma verdadeiramente mais elevada da Arte.
Mais seco e mais preciso, o ensino de Pitágoras não se faz notar por esta beleza que tinha sido o encantamento dos mitos órficos. O que ele queria era a formação do espírito puro na sua forma sem dúvida mais intelectual, e as matemáticas foram o seu seguro ponto de apoio.
A própria intuição era baseada para ele sobre a inteligência.
Orfeu quis fazer sentir o divino; Pitágoras pôs todo o seu cuidado em fazê-lo compreensível. Era um fim mais elevado, porém ele se dirigia, por isso mesmo, para um público mais restrito.
Os Mistérios de Eleusis deram ao conhecimento, uma certamente mais realista, pela reconstituição das lendas, cujo simbolismo era, muitas vezes, comentado pelos adeptos, de maneira que penetrassem, pouco a pouco, nas maravilhosas profundezas; mas, sobretudo, se lhes fazia ver, no curso das belas cerimônias que reuniam tudo o que a Grécia possuía de superior, como ordem e como pensamento..
Desta tríplice iniciação, resulta que, por todos os meios possíveis, os segredos haviam sido transmitidos a todos aqueles que eram dignos.
O mistério essencial dos renascimentos era-lhes revelado na forma perfeita em que lhes era acessível.
Se os modos de ensinamento diferiam, os modos de ação, nas suas grandes linhas, não diferiam absolutamente.
Por toda parte, o primeiro passo dado era a necessidade de se conhecer, de se ver em paralelo com o imenso universo, o que é para o espírito a melhor lição de humildade.
Esta iniciação nada tinha de austera como no Egito. Aqueles que enfrentavam as experiências iniciáticas, sabiam que as passariam e que o feliz resultado de seu pedido não dependia senão deles mesmos.
Eis o que fazia a doçura da iniciação grega.
Certamente, os iniciados habitam perto da morada de Hades, mas não penetram nunca neste lúgubre palácio.
Diodoro da Sicília se exprime nestes termos:
“Diz-se que aqueles que têm participado dos mistérios tornam-se mais piedosos, mais justos e melhores em todas as coisas”.
Plutarco assimila a iniciação à morte: “Morrer – diz ele – é ser iniciado”.
É neste sentimento que todas as iniciações comportavam um arremedo de morte, de estar metido em um sepulcro, de sofrer o julgamento, porque se operava realmente uma incursão nos mundos interditos ao vulgo.
Tal foi este país maravilhoso, onde a recompensa do general e do poeta era uma coroa de oliveira ou de loureiro e onde o amor da pátria traduzia-se para os ricos pelo fato de entreter sua cidade, suportando os incômodos de tal ou tal serviço, para que tudo fosse belo e perfeito, segundo as forças de cada um.

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