domingo, 30 de novembro de 2008

MAÇONARIA - ORIGENS INICIÁTICAS - 7.9 - A GRÉCIA - PITÁGORAS - 3ª PARTE - VERSOS ÁUREOS

MAÇONARIA
ORIGENS INICIÁTICAS
7.9
A GRÉCIA
PITÁGORAS - 3ª PARTE
VERSOS ÁUREOS
PURIFICAÇÃO
O CULTO DA FAMÍLIA – Amar a seus pais – Cumpre bem os teus deveres de respeito para com teu pai, tua mãe e todos os teus parentes.
Para preencher estes deveres tão caros ao coração de todo homem de bem, é necessário que o adepto desenvolva em si os sentimentos afetivos, que sinta profundamente o reconhecimento que devemos a todos aqueles que nos deram a vida e cujos cuidados nos conservaram durante os débeis anos de nossa vida.
Aquele que caminha em uma boa estrada, deve criar e manter a harmonia da família, a fim de que a terna atmosfera que deve reinar não seja perturbada. Aquele que realiza esta doçura íntima em torno do lar, pode atingir logo às harmonias superiores, porque começou a realizar no domínio que lhe era submetido.
O laço que está criado ao redor do lar, deve chegar até Deus, origem e fim de toda a harmonia.
É nesta harmonia superior, que se devem contrair as mais doces amizades e, alargando sem cessar as fronteiras de seu coração, aquele que ama os seus amigos, chega a prezar em todo o ser, a sua parte afetiva, a sofrer em tudo o que geme, a participar das exaltações em tudo o que vibra.
O adepto deve amar tufo; sentir profundamente a dor, qualquer que ela seja, e mesmo no misterioso animal que é o enigma para o homem.
O coração do iniciado deve abrir-se à Natureza inteira; porém, para amar a Natureza, não basta sentir-se transportado por sua beleza em certos lugares, em certas horas, é preciso ser comovido pelo trabalho e o sofrimento, que são todos os graus da escala dos seres, mesmo daqueles que nos parecem insensíveis.
"Um espírito puro cresce sob o malho das pedras" – diz Gerard de Nerval, em um dos seus poemas, onde comenta esta parte especial dos Versos Áureos, que tanto apaixonaram os sábios.
Encontramos aí, uma das mais belas formas existentes deste amor universal, que deveria unir todos os seres, criando uma harmonia que, se fosse realizada, conduziria um auxílio poderoso à evolução, não somente de cada homem, porém, ainda, da humanidade e do mundo.
Mas não é preciso limitar-se a uma ternura vaga para criaturas muita distantes, para pedir um efeito direto de nossa parte.
Certamente, o homem deve amar a família e expandir o seu coração na imortalidade da Natureza, mas deve escolher amigos e ama-los com devotamento.
O CULTO DA AMIZADE – Amar aos seus semelhantes – Escolhe para teu amigo o homem melhor e mais virtuoso. Obedece aos seus doces conselhos e segue o seu exemplo salutar. Esforça-te para não te afastares dele por um erro mesmo leve, na medida do possível, pois a Vontade está ao lado do Destino como poder diretor da nossa evolução.
Vemos por este que, segundo o ensinamento de Pitágoras, é preciso ampliar o círculo da família, mas antes de se contrair um amigo, aquele que quer uma afeição durável, deve começar por escolher com muito cuidado este amigo, ao qual ele se decide a confiar. Não é preciso ceder a uma impulsividade, mãe da desilusão; é preciso perguntar se é preciso achar um amigo seguro no companheiro adotado. Para chegar a esta alegria, não é preciso consultar nem egoísmo nem interesse, nem procurar qualidades e virtudes que nos torne aproveitável, sob o ponto de vista de nosso aperfeiçoamento, a assistência do ser escolhido.
Existe apenas a necessidade de sublimar a importância de nossos amigos sobre o nosso espírito, especialmente na mocidade. Vimos, todos, exemplos deploráveis de seres encantadores perdidos, por seus erros, por sua fraqueza para com os seus amigos indignos.
É preciso eleger um amigo de sólidas virtudes, de uma retidão a toda prova, de um julgamento que nos possa servir de guia nas nossas incertezas.
É preciso escutar o conselho da amizade; se o conselho de nosso amigo nos irrita no momento em que não podemos duvidar da sua sinceridade, é que estamos percorrendo um caminho errado e que nos desviamos para um caminho agradável, porém perigoso. É preciso aceitar a reprimenda de um amigo prudente, refletindo no perigo que ele nos mostra; devemos, muitas vezes, a um amigo fiel a nossa salvação, sendo que a nossa amizade aumentará por esse novo serviço que nos desgostava primeiramente, porque a nossa tendência preferia que nos lisonjeassem em vez de nos servirem.
Há dois fatores na vida; certamente o Destino é poderoso, mas, a vontade é também uma fonte diretora e ela é capaz de modificar o que o Destino nos anuncia como ciladas e entraves.
É necessário, pois, fazer a educação de sua vontade e rodear de sua amizade daqueles que, nos momentos em que o espírito se obscurece pela paixão, a dor ou a cólera, nos traz a sua clarividência como um farol no meio dos recifes.
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quarta-feira, 19 de novembro de 2008

MAÇONARIA - ORIGENS INICIÁTICAS - 7.8 - A GRÉCIA - PITÁGORAS - 2ª PARTE - VERSOS ÁUREOS

MAÇONARIA
ORIGENS INICIÁTICAS

7.8
A GRÉCIA

PITÁGORAS – 2ª PARTE

VERSOS ÁUREOS

PREPARAÇÃO

O CULTO DA DIVINDADE – Ter uma Religião. – Antes de tudo, rende aos deuses imortais o culto prescrito pela lei. Guarda também a tua fé jurada. Reverencia depois, como convém, aos heróis sublimes e os espíritos semideuses.

Primeiramente, rende aos deuses imortais o culto prescrito pela lei.
O sábio pede aos seus adeptos que não se separem da religião na qual foram educados. Todos os cultos valem ao olhar daquele ao qual são prestados. É, pois, um dever participar das cerimônias que lhe são prestadas em homenagem.
Mas, ainda que a religião seja o nosso primeiro dever, o adepto deve reconhecer o seu Deus por toda a parte, sempre presente na natureza.
Os ritos têm por fim criar uma harmonia entre os cidadãos, em os animar em conjunto à concepção de um ideal elevado.
Pelos pensamentos que esta harmonia impõe, em todas as horas e épocas, sempre os mesmos, o povo encontra-se mantido sempre acima do nível de seus interesses materiais.
Eis porque os ritos são necessários.
Mas não é preciso imaginar que a Ciência e a Fé, sejam termos antínomos. À base da Ciência, uma idéia preconcebida, portanto uma fé, impõe.
Sem o conhecimento de Deus, a Ciência não saberia remontar a esta Causa inicial, origem de todas as coisas, que é o seu verdadeiro fim.
Para que o mundo exista, é preciso o exercício de uma vontade criadora. É, pois, de toda a necessidade conhecer e admirar Deus em si mesmo, para encontra-lo em suas obras.

Guarda a tua fé jurada.
Aí existe o sinal de uma das altas virtudes pelas quais os pitagóricos se distinguem. Como os “quakers” da América do Norte e da Inglaterra, alguns mesmos não admitem o juramento; bastava que eles tivessem prometido ou afirmado alguma coisa, para que o conhecimento que se devia ter de alguma dignidade, não permitisse dúvida a ninguém.
Não somente a mentira era-lhes proibida, mas ainda a menor infração à palavra dada.
Um verdadeiro adepto morreria antes que faltasse à palavra.
É um exemplo que não seria muito seguido. Aquele que abaixa a seus próprios olhos, a ponto de poder transgredir a verdade, por qualquer interesse que fosse, abaixaria a sua própria alma e decaia no seu ideal, que é, portanto, o fim de sua vida.

Venera como convém, os Heróis sublimes e os Espíritos dos semideuses.
Como tantos outros textos, este preceito demonstra que os antigos acreditavam na existência de seres intermediários entre os homens e os deuses. Tais seres eram os grandes homens que produziam ações acima da humanidade ordinária. São os matadores dos monstros, os fundadores das cidades, os benfeitores d humanidade.
Estes heróis, enviados pelos deuses como apoios ou instrutores, formavam o objeto das grandes lendas e suas proezas voavam sobre a lira harmoniosa dos poetas. Aquele que tinha compreendido a sua vida magnânima, enfeitada de todas as belezas de forma poética e da música, sentia-se encorajado a imitar as suas empresas, a dar a sua vida à sua cidade, por sua pátria; tinha o desejo de se distinguir por atos magnânimos, e o nome dos poetas iniciadores como Orfeu, sustentava aqueles que teriam talvez caminhado em um gênero inferior.
Os heróis, sábios e gênios, eram para a antiguidade, o que os santos são em nossos cultos. Eles são, para todos os modelos de que o homem pode fornecer quando é sustentado pelo sentimento do divino.
Eis porque a lenda dos heróis não deve deixar jamais de ser espalhada; eis porque o grego os venera, porque ele sabe que não atingirá senão tardiamente o mundo das Forças infinitas que os deuses representam. Mas Hércules, Teseu e Orfeu, são homens e, entretanto, a glória e a veneração os rodeiam, porque têm mérito e enfrentam friamente a morte, libertando-se do mundo dos desordeiros e das feras que terrificam os seres sem defesa. Um tal ideal merece um culto. É a esta necessidade de admiração dos seres que nos servem de modelos, que corresponde o culto dos heróis e dos semideuses.


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domingo, 16 de novembro de 2008

MAÇONARIA - ORIGENS INICIÁTICAS - 7.7 - A GRÉCIA - PITÁGORAS - 1ª PARTE

MAÇONARIA
ORIGENS INICIÁTICAS

7.7

A GRÉCIA
PITÁGORAS
1ª PARTE

Pitágoras que foi posterior a Orfeu, ensina as mesmas verdades, com o mesmo fim a atingir.
Aquele que segue os seus ensinamentos pela ambição gloriosa de vir a ser Deus, não é submetido à morte e ao renascimento.
A prática de sabedoria conduz aos mesmos resultados, mas o que é típico em Pitágoras, é a ausência de toda preocupação ritual. O ensinamento de Pitágoras, posto que respeitando as práticas religiosas e seus adeptos, desenvolve-se mesmo em uma certa medida, é, em si mesmo, exclusivamente, laico. É o único exemplo que encontramos na antiguidade. No Egito, o culto estende as suas cerimônias; na Grécia, os ritos de Orfeu em honra de Dionísio, o culto de Demeter e de Perséfone, tal como se praticavam em Eleusis, revestiam um caráter essencialmente religioso.
O ensinamento iniciático não se separa da religião, contenta-se em magnificar, penetrando em seus símbolos, em que se descobre o sentido oculto mais belo do que todas as imagens.
Pitágoras conheceu a existência de Deus, mas não lhe eleva altares. Ele não dá forma ao culto que o homem deve à divindade. Deus está em toda a parte, em todas as coisas, e o iniciado deve-lhe as suas homenagens e o seu respeito, mas na própria natureza.
Não lhe consagra, pois, ritos, festas solenes, nem sacrifícios. Deus está presente, sem cessar, no pensamento do adepto, e esta preocupação constante força-o a fazer uma homenagem de todas as suas ações ao Criador que as vê e as julga.
Pitágoras nasceu em Samos em 569 A . C. Seus pais eram opulentos; fizeram-lhe dar uma instrução muito vasta.
Não ignorava nada do que se ensinava no seu tempo: filosofia, matemáticas, poesia, música e todos os exercícios do corpo, sem os quais um grego não vivia. Esta educação terminada, o jovem, impelido pelo desejo de se instruir, empreendeu uma viagem de estudos. Visitou sucessivamente Lesbos, Mileto e toda a Fenícia.
Conheceu ele os mistérios órficos? Foi ele iniciado? Nada permite supor tal coisa.
O que podemos contar como certo é que ele voltou ao Egito e aí fez uma longa estadia. Recebeu certamente a iniciação nos Templos de Isis e Osíris.
E no decorrer de um período de 22 anos que ele passou nesse país, de 547 a 526 antes da nossa era, que a sua iniciação e seus trabalhos fizeram-lhe adquirir estes profundos que fizeram dele um dos mais maravilhosos, senão o maravilhoso espírito da Humanidade.
O Egito era reputado por seus mistérios e todos aqueles que desejavam possuir a sabedoria corriam a esse país para obter a iniciação. Pitágoras foi e obteve todo o saber que possuíam em seu tempo.
Os Egípcios – diz ele - eram reservados e contrários à profanação da sua sabedoria, tornando público o que revela o conhecimento de Deus. Os mais sábios e prudentes dos Gregos testemunharam: Sólon, Tales, Platão, Eudoxio, Pitágoras e, depois de alguns deles, Licurgo mesmo, iam pedir a sua instrução aos sacerdotes deste país.
“Sabe-se que Eudoxio teve conselhos de Chonofeus, que era de Menfis, Sólon foi dirigido por Sonchis de Sais e Pitágoras por Enufeus que era de Heliopolis”.
“Pitágoras era tido em grande estima por seus antigos mestres e deu lugar a que se acreditasse que ele era muito estimado porque quis imitar a maneira mística de falar em palavras encobertas e de ocultar a sua doutrina e as suas sentenças sob palavras figuradas e enigmáticas, porque as cartas que se chamam hieroglíficas no Egito, são todas semelhantes aos preceitos de Pitágoras”.
É assim que ele ordena: “não comer nunca sobre uma cadeira, não sentar nunca sobre uma medida, não plantar palmeiras e não atiçar fogo, no interior de uma casa, com uma espada na mão”. (Traité d´Isis et d´Osiris).
No momento em que Cambises levou todos os desastres e todas as desordens da mais brutal invasão, Pitágoras partilhou da sorte dos sacerdotes egípcios aos quais estava ligado.
Foi transportado à Babilônia e foi aí que se ligou aos sacerdotes caldeus, que lhe revelaram muitos conhecimentos na parte da iniciação em que eles eram senhores do mundo conhecido, a astronomia e a astrologia, das quais não se separavam.
Foi ao curso desta comunhão com os magos (comunhão que durou 12 anos), que ele foi iniciado na magia e nos conhecimentos especiais dos colegas iniciados caldeus, sobretudo no que se relacionava à adivinhação.
Depois de uma ausência de 34 anos (22 no Egito e 12 na Caldéia), Pitágoras voltou à Grécia. A sua intenção era formar uma escola onde pudesse ensinar a doutrina que ele formara ao curso de longos estudos. Entregou-se, pois, à Crotona, onde os poderes públicos o autorizaram a fundar esta escola, cuja reputação veio a ser tão grande em toda a Grécia antiga.
O ensinamento pitagórico comportava experiências como todas as iniciações antigas, mas estas experiências não eram as mesmas que eram impostas aos adeptos de outros agrupamentos.
O fim era o mesmo. Era a ascensão do homem para a sabedoria divina e imortal beleza.
Quanto às provas, o lado material tinha sido grandemente simplificado. Nada de terrores nas intermináveis galerias subterrâneas, nada de poços, cuja vertigem houvesse de enfrentar-se, nada de lutas materiais contra o Fogo, a Água e o Ar; era preciso, todavia, assegurar-se da resistência física e moral do novo adepto, da sua persistência, da vontade. Fisicamente, os exercícios do estágio compensavam. Moralmente, o silêncio imposto fazia função dos trabalhos eliminatórios.
Este silêncio durava de dois a cinco anos.
O estágio de preparação tinha grande importância, porque nenhum adepto o aceitava sem ter sofrido um exame minucioso.
Proibia qualquer manifestação muito viva, todo abalo inconsiderado. Não eram propícios à meditação, à seriedade, à profundeza de julgamento incompatível com o transporte das idéias. Era a prática do adágio: “CONHECE-TE A TI MESMO”.
Pitágoras falava a esses novos eleitos da Causa primordial, daquele que é, ao mesmo tempo, Um e Todo, que os povos figuraram sob mil formas, porém, que não possui nenhuma e cujos aspectos são apenas símbolos que se admitem para tornar mais acessível o impenetrável conhecimento divino.
É a Um e ao Todo, que é preciso fazer começar a origem das coisas e, se ela nos parece misteriosa, é devido à inferioridade de nossa inteligência, incapaz de se elevar a semelhantes alturas.
Instruía também seus discípulos sobre o objeto da vida atual.
Para Pitágoras, esta vida é o resultado de muitas outras; ela é somente um estágio de aperfeiçoamento na senda que nos dirige para o divino.
As alegrias e penas que nos acontecem são apenas o resultado das nossas ações passadas. É fácil, como se vê, aparentar o ensinamento pitagórico com a teoria búdica do Carma.
O dever da existência presente era, pois, eliminar o mal adquirido nas vidas anteriores e preparar-se para as vidas futuras pelo exercício das virtudes.
Era necessário submeter-se a uma ascese severa e a uma forte disciplina; elevar o pensamento e abrir o coração aos sentimentos altruístas; assim viria a reparar os erros do passado, a abrir o espírito à senda triunfal do futuro.
Uma parte muito importante do ensinamento de Pitágoras era o estudo dos números sob o ponto de vista simbólico e místico.
A crer no sábio de Samos, “os elementos dos Números são os elementos de todas as coisas”.
Importava conhecer os Números em si mesmos e nas suas relações com a natureza, de tal maneira que se pudessem penetrar, quanto estivesse nas possibilidades do espírito humano, os ritmos essenciais que modificam a matéria.
Por infelicidade, tudo o que pôde ser escrito sobre o ensinamento dos números e de suas leis foi absolutamente perdido e nós não poderemos possuir mais nada, senão textos vagos de lembranças que nos permitem reconstruir o pensamento do sábio.
O terceiro grau da iniciação pitagórica era a senda da perfeição.
Aquele que havia passado com sucesso os dois primeiros estágios, que tinha escutado no silêncio absoluto os ritmos da criação, que era identificado à vida dos seres, devia agora se identificar a Deus, para revestir-se, segundo a palavra de Pitágoras, “da forma de Um Deus Imortal”.
A recompensa deste esforço magnânimo era a sabedoria que é sobre a terra, a promessa da imortalidade. Nada mais lhe era oculto. Ele adquiria novos deveres. Os verdadeiros adeptos deviam espalhar-se pelo mundo para fazer conhecer a doutrina que haviam recebido.
Foi assim que, em muito pouco tempo, a escola se tornou conhecida no mundo inteiro e que a mais alta moral de Pitágoras ganhou terreno rapidamente.
Mas este belo clarão devia ser de pouca duração. Em seguida uma revolução, uma luta ardente estabeleceu-se em Crotona, entre o povo e a aristocracia, à qual pertencia a escola pitagórica.
Aqueles que não compreendessem a sublimidade de um tal ensinamento eram naturalmente opostos. Por isso, o seu primeiro cuidado foi por fogo neste Templo do Espírito que eles não sentiam o dever de lhe pertencer.
Aqueles que eram discípulos, que não tinham sido massacrados pela plebe furiosa e que não conseguiram fugir, pereceram nas chamas.
Alguns dizem que Pitágoras sofreu esta sorte, outros afirmam que o ilustre velho pôde refugiar-se em Taranto, e que morreu 470 anos A . C.
Salvo tradições bastante incertas, não nos resta grande coisa da iniciação pitagórica. O único documento ao qual podíamos ajuntar como importante, é aquele que nos foi conservado por Lisias: Versos Áureos, que parecem ser uma coleção de máximas morais e iniciáticas para uso dos discípulos que deviam decora-las, como dissemos.
Para tomar ao menos parte no ensinamento de Pitágoras, é necessário notar-se este documento. Ele foi traduzido em diversas partes por adeptos cuidadosos em conservar-nos este alto ensinamento de um espírito dos mais puros que a terra pôde conhecer. Hiérocles, publicou-os no começo da era cristã. Relativamente, Fabre d´Olivet, traduziu-os e comentou-os. Mais recentemente ainda, o Dr. Paulo Carton, deu uma excelente tradução de que nos serviremos nas nossas citações.

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